Processo nº 0290-11.00/18-0
Parecer nº 101/2018 CEC/RS
O projeto TUM TUM INSTRUMENTAL - 6ª EDIÇÃO é recomendado para avaliação coletiva.
1. O projeto Tum Tum Instrumental - 6ª Edição foi distribuído a este conselheiro em 15/02/2018, dentro das normas legais. O valor habilitado pela LIC-RS é de R$ 175.980,00. Tem como produtor cultural Roberto Scopel, cujo cadastro de produtor é de número 4478. Seu endereço é Rua Fioravante Miranda, 588, bairro Santa Catarina, em Caxias do Sul. Exerce a função de diretor artístico. Tum Tum Instrumental - 6ª edição é classificado na área de música. O projeto acontecerá na cidade de Caxias do Sul, nos seguintes locais: Teatro Pedro Parenti, na Rua Dr. Montauri, 1313, no centro da cidade; Teatro da FSG R, na Rua Os 18 do Forte, 2366, bairro São Pelegrino; Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho, Rua Luiz Antunes, 312. Constituem a sua equipe principal Juliana Pandolfo da Silva, produtora executiva, Ângela da Costa Martins, diretora geral, e Aspec Contabilidade, CRC é 3344, que é responsável pela contabilidade. Saliente-se que a Prefeitura Municipal de Caxias do Sul contribui com R$ 60.000,00 para a realização do projeto.
Apresentação:
O projeto Tum Tum Instrumental 6ª Edição pretende realizar 7 shows de música instrumental com entrada franca na cidade de Caxias do Sul durante o ano de 2018 e 2019. Os grupos serão selecionados pelo diretor artístico Roberto Scopel, músico trompetista, arranjador, compositor e produtor cultural. Serão selecionadas em todo o Brasil e América Latina, via edital e curadoria direta. Quanto ao cachê dos músicos que serão selecionados via edital e por curadoria direta, 4 bandas via edital e 1 banda com curadoria direta, será em torno de R$ 2.800,00 a R$ 3.800,00 por grupo, sendo estabelecido o valor do cachê conforme cidade de onde vierem ou país e quantidade de músicos no grupo. Além dos grupos, ocorrerá os espetáculos de Letieres Leite, Orkestra Rumpilezz e Hique Gomez. Na sua sexta edição, o evento terá a duração de 13 meses e atingirá um público direto de 5 mil pessoas e indireto de 100 mil pessoas. Esta edição trará para a Serra Gaúcha o melhor da música instrumental latino-americana. Em suas edições anteriores, o evento trouxe atrações internacionais, como Ernesto Holmann Etno Jazz, Jacques Morelenbaun, Bianca Gismondis e Tamborbeat e Quarteto Sur da Argentina — esse último indicado ao Grammy Latino - 2017. Ampliar os horizontes musicais dos músicos participantes é o que de melhor se pode salientar da dimensão simbólica do projeto.
Alguns aspectos da carreira do diretor artístico, Roberto Scopel, devem ser salientados: possui CDs e DVDs gravados, participou de diversos eventos musicais, como MIMO (Mostra de Música de Olinda), Porto Alegre Jazz Festival e Canoas Jazz Festival. A dimensão econômica e aquela da chamada economia da cultura que reúne um grupo variado e substantivo de profissionais das mais diversas áreas desde o músico, o arranjador e o profissional que monta o espetáculo dando assim oportunidade de emprego a pessoas da chamada área criativa.
A dimensão cidadã sintetiza-se em demonstrar e mostrar diferentes modalidades de repertórios para grupos musicais instrumentais.
Sem dúvida o público de Caxias do Sul e cidades próximas serão brindados com música da melhor qualidade.
Além disso, no largo fronteiro do Centro Municipal de Cultura, ocorrerá durante dois dias uma feira de produtos agrícolas sustentáveis, além de prática de yoga.
Ocorrerão também 2 espetáculos: Sbornia Kontraataka, com Hique Gomes, em 17/06/2018, e a Orquestra Rumpilezz, em 15/07/2018.
É o relatório.
2. O projeto está corretamente formatado e dentro das normas legais. Entretanto, quanto à curadoria, seria, a nosso ver, razoável que nas próximas edições do projeto tivesse um número maior de curadores, ampliando, assim, o universo da escolha dos participantes do evento. Quanto aos cachês dos conjuntos selecionados, pareceu-nos um pouco modesto em seus valores. Sugere-se que nas próximas edições esses valores sejam mais generosos.
Em relação aos dois shows inaugurais, podemos dizer que Hique Gomez dispensa apresentações pelo sucesso alcançado junto a Nico Nikolaievsky no legendário Tangos e Tragédias.
A Orquestra Rumpilezz merece uma apresentação neste relatório. Ela é dirigida por Letieres Leite, músico baiano. A orquestra — e aí a Wikipédia veio informar — é um conjunto de percussão e sopros criado em 2006. O nome do conjunto resulta da aglutinação de três atabaques usados no candomblé (rum, rumpi e lé), com as últimas letras da palavra jazz. Trata-se de uma orquestra de música popular instrumental que acrescenta à música ancestral baiana uma roupagem harmônica, moderna, com percussão de matriz africana e sob a influência do jazz moderno. Tanto as composições como os arranjos de Letieres Leite são de autoria do mesmo. A Orquestra Rumpilezz já realizou trabalhos com Gilberto Gil, Lenine, Steve Bernstein, Toninho da Horta e muitos outros.
Na avaliação deste conselheiro, trata-se de um conjunto musical de alta qualidade.
Finalmente, dentro de uma análise retrospectiva do sucesso das outras edições do projeto Tum Tum Instrumental, somos de parecer que o mesmo deva ser incentivado. Desenvolvimento de novos talentos, oportunidade às novas bandas se apresentarem, incremento da geração de renda da economia da cultura, formação de novas plateias, experimentação e a divulgação do fazer musical são algumas das qualidades que o projeto se propõe.
3. Glosas
A análise da planilha de custos autoriza as seguintes glosas:
1.1. Direção-geral, R$ 2.250,00 (25%)
1.2. Coordenação de produção, R$ 1.000,00 (25%);
1.3. Direção artística, R$ 4.500,00 (50%);
1.4. Locação equipamento adicional, R$ 3.000,00 (50%);
1.9. Músico Hique Gomez, R$ 3.200,00 (20%);
1.19. Músico Letieris Leite, R$ 8.750,00 (25%).
1.21. Traslado, R$ 1.080,00 (20%);
2.1. Redação e gerenciamento de redes sociais, R$ 2.500,00 (50%);
2.2. Impresso material gráfico, R$ 1.500,00 (100%);
2.4. Desenvolvimento de site, R$ 1.000,00 (25%);
3.1. Produção executiva, R$ 1.400,00 (20%).
Total as Glosas: R$ 30.180,00
4. Condicionantes
A liberação dos recursos é condicionada a:
Prover aos locais dos eventos facilidades de acessibilidade às pessoas com necessidades especiais, cadeirantes, idosos e pessoas com algum tipo de deficiência, localizando-os em locais com boa visibilidade, de fácil acesso e com possibilidade de movimentação segura;
Dotar todos os locais dos espetáculos com o Plano de Prevenção a Incêndios - PPCI;
Providenciar banheiros químicos, lixeiras e outras facilidades para o espetáculo que será realizado no largo fronteiro ao Centro Municipal de Cultura, em conformidade com as preocupações de sustentabilidade;
Apresentar as cartas de anuência de todos os locais onde serão realizados os eventos.
5. Em conclusão, o projeto Tum Tum Instrumental – 6ª Edição é recomendado para a avaliação coletiva em razão da relevância e oportunidade, podendo vir a receber incentivos no valor de até R$ 145.800,00 (cento e quarenta e cinco mil e oitocentos reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento às atividades Culturais - PRÓ-CULTURA.
Porto Alegre, 18 de março de 2018, ano do cinquentenário do Conselho Estadual de Cultura.
Claudio Trarbach
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 19 de março de 2018.
Presentes: 21 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Paula Simon Ribeiro, Ruben Francisco Oliveira, José Mariano Bersch, Plínio José Borges Mósca, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Erika Hanssen Madaleno, Paulo Cesar Campos de Campos, Dael Luis Prestes Rodrigues, Gilberto Herschdorfer, Maria Silveira Marques, Rafael Pavan dos Passos, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Dalila Adriana da Costa Lopes e Walter Galvani.
Abstenções: André Venzon e Luiz Carlos Sadowski da Silva.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 28/03/2018 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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