PRÓ-CULTURA - Sistema Unificado

Legislação

Parecer do Conselho Estadual de Cultura

Lupi, o Musical � Uma Vida em Estado de Paix�o

Protocolo SPI: 000942-11.00/14-5

Parecer aprovado - Conselheiro Loma Berenice Gomes Pereira

<h2>                                                         Processo n.º 0942-11.00/14-5</h2>

<h2 align=\"center\">Parecer n.º 091/2014 CEC/RS</h2>

O Projeto “Lupi, o Musical – Uma Vida em Estado de Paixão” é Aprovado.

1 – O projeto “Lupi, O Musical – Uma Vida em Estado de Paixão – 1º Edição”, encaminhado ao Pró Cultura/LIC, foi habilitado pelo Setor de Análise Técnica da Secretaria de Estado da Cultura e encaminhado a este Conselho nos termos da Legislação em Vigor. O proponente é o Produtor Cultural: Grupo Letra Comércio De Brindes e Representações LTDA, CEPC nº5335.

Trata-se da montagem de um espetáculo musical inédito sobre a vida e a obra de Lupicínio Rodrigues. O espetáculo é uma homenagem ao artista e um elogio à paixão. Não especificamente a um, ou vários, casos de paixão, mas à paixão idealizada, pré-existente na alma de Lupicínio Rodrigues. Paixão vivida, até mesmo, nas histórias que observava. Paixão exaltada e devotada. Por isso, geradora de desilusões, sofrimentos e canções de valor inestimável, para a cultura brasileira, a partir da nossa terra. As apresentações estão programadas para os palcos do Theatro São Pedro (estréia), para o Auditório Araújo Vianna, com ingressos a preços populares, e para o Teatro Renascença, durante o ano de 2014.

Este espetáculo conta com um elenco de 10 atores e 6 músicos gaúchos, com direção Cênica de Zé Adão Barbosa, direção musical de Juliano Barreto e dramaturgia/texto de José Artur Pinto, sendo que este projeto integrará as comemorações do centenário do artista Lupicínio Rodrigues, cuja história será contada a partir da infância. Mesmo sendo uma peça sem intervalos, a reunião da música com o teatro, realizará uma fusão entre as linguagens de comunicação, recriando, pela primeira vez, a vida e obra do artista que compôs as canções que estão no inconsciente popular dos brasileiros. A dramaturgia será dividida em três atos.

O Projeto apresenta roteiro do espetáculo, assinado pelo Dramaturgo Artur José Pinto, sinopse, repertório e documentação completa para a análise de seu mérito cultural. Em sua Metodologia, as etapas de trabalho discriminam a pré-produção, a elaboração e a assinatura de contratos com todos os serviços relacionados ao projeto; o desenvolvimento de dramaturgia; os arranjos para as canções e trilha sonora do espetáculo; ensaios de elenco; ensaios com os músicos e preparação vocal com todos os atores do elenco; assinatura de confirmação de pauta com o Teatro São Pedro e Auditório Araújo Vianna (aquiescências em anexo); a contratação de técnicos e equipamentos de som e luz, aprovação de croqui de cenário; aprovação de croqui de figurino; aprovação de croqui de maquiagem/caracterização; produção de cenários; produção e prova dos figurinos; ensaios de elenco junto com os músicos; finalização da montagem do espetáculo também com a sonorização, iluminação elencados ao cenário e as projeções; sincronia de produção executiva e geral para a estréia, assim programada: 02 apresentações no Teatro São Pedro; 02 apresentações no Teatro Renascença e uma no Auditório Araújo Viana. Entre ingressos vendidos e distribuídos como contrapartida à SEDAC, à Imprensa e aos patrocinadores e convidados, a previsão de público é de 4.289 pessoas. Para a Assessoria de Comunicação será contratado o jornalista Luis Sant’Anna, que submeterá à aprovação da Produção Executiva e Equipe o release de divulgação, o desenvolvimento de identidade visual do projeto, produzirá as fotos para divulgação, o lançamento do site do projeto, ao qual subirá informações sobre a biografia de Lupicínio Rodrigues, informações sobre o espetáculo, elenco e músicas integrantes, curiosidades, fotos dos ensaios, croquis de cenários e figurinos, além de outras informações pertinentes. A Assessoria de Comunicação também se encarregará, ainda, da produção de conteúdo para redes sociais, internet, para fomentar um número maior de acessos, e da produção de material de divulgação.

O elenco é composto por importantes nomes do teatro e da musica produzida no sul e no Brasil, a saber: Nádya Mendes, Nanni Medeiros, Pâmela Amaro, Gabriel Pinto, Lucas Krug, Mário Ballenti, César Pereira, Raul Voges e Cintia Ferreira. Juliano Barreto, o Diretor Musical e Protagonista, iniciou seus estudos na Escola de Música Prelúdio da Universidade Federal do Rio Grande do sul em 1989. Neste período, passou a desenvolver também o Canto Coral. Participou como cantor e solista dos coros Infanto-Juvenil de Encantado – RS, do Projeto Prelúdio, Infanto-Juvenil do Centro Cultural 25 de Julho e do Grupo Vocal Expresso 25. Em 2003, Juliano Barreto mudou-se para o Rio de Janeiro a convite da Banda Black Rio, fundada na década de 70 pelo saxofonista Oberdan Magalhães, hoje liderada pelo seu filho William Magalhães. Dividindo o palco no show “Banda Black Rio Convida” com Luís Melodia, Ed Motta, Sandra de Sá, Jards Macalé, Paula Lima, Arthur Maia, Fito Paes, Léo Gandelman, B Negão, Cláudio Zóli, Robertinho Silva, Gerson King Combo, Gabriel Grossi, entre outros.  Juliano esteve em cartaz, na capital gaúcha com o show “Influência do Jazz” que contou com os convidados especiais: Toninho Horta, Léo Gandelman, Arthur Maia e Paula Lima. Em Julho de 2009, o artista lançou seu primeiro disco “Canto Prometido” e com este conquistou o Prêmio Açorianos, nas categorias Melhor Intérprete de MPB e  Melhor Espetáculo do Ano. Em 2010, com a participação especial de ED Motta apresentou o repertório do CD no palco do Theatro São Pedro.  Já o álbum “Conexión”, selo da Bizarro Records, segundo disco de Juliano, foi lançado no Uruguay e na Argentina, em parceria com a cantora Israelita Sara Sabah e participações especiais dos renomados  Hugo Fattoruso e Jaques  Morelembaum.  Em 2012, Juliano foi convidado a dirigir o musical e cena do Prêmio Açoriano de Música realizado no Theatro São Pedro. Aquela edição homenageou a cantora  Elis Regina e contou com a participação de artistas importantes de porto-alegrense. O regional que acompanhará as cenas deste projeto são: Guilherme Sanches – Percussão; Lucian Korlow – Flauta; Samuca do Acordeon; André do Trombone e Luis Barcelos – Bandolim. Assina os arranjos e a execução dos violões de 6 e 7 cordas o  compositor Mathias Behrends Pinto, Licenciado em Música pelo Instituto Porto Alegre e, conforme seu currículo é tarimbado em regionais de choro e de samba.  É um dos arranjadores do projeto “Tom, Chico e Vinicius”, participa dos projetos “Resgate” e “Central do Samba”, do Grupo Isto é Nosso e, em 2010, fundou o Choro do Rio Grande, onde os integrantes se aplicam na pesquisa sobre os chorões do século passado como Otávio Dutra.

O valor total deste Projeto é orçado em R$ 325.760,87 (trezentos e vinte e cinco mil setecentos e sessenta reais com oitenta e sete centavos). A previsão de receita com a comercialização de bens e serviços compreende a venda de ingressos orçada em R$ 80.490,00 (oitenta mil quatrocentos e noventa reais) e o valor de financiamento solicitado e habilitado pelo SAT é de R$ 245.270,87 (duzentos e quarenta e cinco mil duzentos e setenta reais com oitenta e sete centavos).

O Contador é a pessoa jurídica Fortaleza Organizações Contábeis CRC: 51342.

É o relatório.

2 – Lupicínio Rodrigues é reverenciado no Brasil como um dos poetas/compositores mais fecundos e proficientes. Aos 100 anos de sua passagem, ainda é vivo na memória de nosso povo, e suas obras continuam sendo gravadas por cantores de todas as gerações. Considerando a importância desta proposta, no formato como está apresentada, seu significado cultural abrange o lúdico, o resgate, bem como o fomento à perpetuação da memória como ferramenta de inclusão histórica no universo da diversidade de gênero. O espetáculo “LUPI, O Musical - Uma Vida em Estado de Paixão” tem seu mérito cultural no relevante serviço que pode prestar à cultura brasileira, a partir de sua terra natal, fator que pode vir a conferir o reconhecimento do público gaúcho a um dos mais importantes nomes da Música Popular Brasileira. O projeto contem todas a informações necessárias e esclarece amplamente sua concepção. Na diligência, o proponente apresenta declarações que “autoriza a produção, montagem e apresentação do espetáculo em temporada”. A Relatora sugere, entretanto, que o proponente solicite aos dois filhos de Lupicínio Rodrigues autorização para uso do repertório musical do artista.

No roteiro e sinopse podemos constatar reverência à música popular gaúcha, o resgate de uma paisagem antiga e a vivência comunitária na Ilhota; a era do rádio, único instrumento de contato com o centro do país. Elementos, estes, que permearam um modo de viver humilde e simples, e a obra de Lupicínio Rodrigues, desenvolvida a partir de uma cultura bem própria da nossa cidade: entre amigos e boemia. Ao mesmo tempo em que o projeto referencia a música popular brasileira através da obra de Lupicínio, estimula o acesso à cultura e o fomento a criação de espetáculos pluriculturais, ou seja, com artistas que atuem como atores e cantores e o incentivo a realização de espetáculos no estado do Rio Grande do Sul que enalteçam os feitos de artistas do nível de Lupi e que ganharam o Brasil e o Mundo antes do advento da televisão. Lupi, O Musical, constitui um centro de convergência entre profissionais renomados de diferentes aéreas da cadeia cultural, assim como o público, que, a partir do espetáculo biográfico, conhecerá em detalhes a vida e obra de Lupicínio Rodrigues.

Os objetivos e metas deste projeto estão claramente identificados com a finalidade deste sistema público de incentivo à cultura que são os de: conscientizar os interessados pelo patrimônio musical e teatral brasileiro, que, sendo a arte cênica e musical um dos principais fatores formadores da cultura nacional, cabe à sociedade, à produção artística, ao Estado e à iniciativa privada os papeis de incentivadores, difusores e promotores da democratização dos bens culturais, resgate e perpetuação da cultura no que tange ao regional gaúcho, e fomentar a formação de plateia e acesso à arte e reconhecimento da importância de cultura produzida no Rio Grande do Sul, para a sociedade brasileira.

No intuito de dar prosseguimento às apresentações deste projeto, e para um melhor aproveitamento do financiamento solicitado, será captado som e imagens dos espetáculos para posterior lançamento em DVD.

3. Em conclusão, o projeto “LUPI, O MUSICAL - UMA VIDA EM ESTADO DE PAIXÃO 1ª EDIÇÃO”, por seu mérito, relevância e oportunidade, é aprovado, podendo vir a receber recursos em incentivos fiscais até o valor de R$ 245.270,87 (duzentos e quarenta e cinco mil duzentos e setenta reais e oitenta e sete centavos) do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró-Cultura – RS.

Porto Alegre, 9 de maio de 2014.

Loma Berenice Gomes Pereira

Conselheira Relatora

Ata de vota��o

Informe:

O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.

O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.

A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.

Em razão do Of. Nº 06/2014 da SEDAC, os projetos aprovados por este Conselho são considerados prioritários, sendo, portanto, dispensados da Avaliação Coletiva.

Sessão das 10 horas do dia 9 de maio de 2014.

Presentes: 16 Conselheiros.

Acompanharam o Relator os Conselheiros: Alcy Cheuiche, Adriana Donato dos Reis, Paula Simon Ribeiro, Adriano José Eli, Franklin Cunha, Gilberto Herschdorfer, Hamilton Dias Braga, Leoveral Golzer Soares, Milton Flores da Cunha Mattos, Antônio Carlos Côrtes, Loma Berenice Gomes Pereira, José Mariano Bersch, Vinicius Vieira de Souza, Gilson Petrillo Nunes, Susana Fröhlich (15).

Neidmar Roger Charão Alves

Conselheiro Presidente do CEC/RS

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