O projeto “FEIRA DO LIVRO DE CAMPO BOM” 30 ª EDIÇÃO é aprovado.
1 – “O Município de Campo Bom, localizado a cerca de 50 km de Porto Alegre, realiza anualmente a sua Feira do Livro. Tradicionalmente reconhecida por oferecer um espaço de difusão e convívio com a literatura e demais segmentos artísticos, a “30ª Feira do Livro de Campo Bom” será realizada de 21 a 26 de outubro de 2014, no Largo Irmãos Vetter, no centro da cidade. O evento proporciona à comunidade escolar e público em geral o acesso às obras literárias de baixo custo com desconto mínimo de 10% sobre a capa. A feira oportunizará o acesso gratuito a cerca de 25 espetáculos teatrais e musicais, além de mais de 20 sessões de oficinas literárias, palestras, capacitações para professores e comunidade, narração de histórias, e, ainda, a interação do leitor com os autores presentes na feira. Nessa perspectiva, a Feira do Livro em nossa cidade representa um importante momento cultural, social e pedagógico, uma vez que possibilita às pessoas de todas as idades e segmentos sociais o acesso gratuito a todos os espaços e atividades da programação.
O Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, iniciativa do Ministério da Cultura, mostrou que a frequência dos usuários nas bibliotecas do Rio Grande do Sul é 1,6 vezes por semana, menor que a média nacional, 1,9. Segundo a Câmara Riograndense do Livro, o Rio Grande do Sul é também o estado brasileiro com maior realização de feiras de livros. Nesse sentido, a Feira do Livro de Campo Bom soma-se a essas iniciativas de promoção e difusão do livro e da literatura. Na última edição realizada (2013), o público foi de cerca de 50 mil pessoas e venderam-se 35 mil livros. Os expositores são de diferentes regiões do estado. Em termos econômicos, pode-se dizer que a feira é um importante momento de negócios e parcerias para esse segmento. Além deste, outros são beneficiados, por exemplo, os artistas envolvidos direta e indiretamente na programação. Economicamente a feira representa um momento vital de negócios para pequenos e médios empreendedores do estado, que contam com esse evento. Já pelo viés artístico, a feira do livro é um evento de importante intercâmbio cultural. Isso ocorre basicamente pela situação geográfica, pois Campo Bom configura-se como um local de intersecção entre a região metropolitana, Vale dos Sinos, Vale do Paranhana e Serra Gaúcha.
Para o ano de 2014 a distribuição do vale-livro terá continuidade, cada vez mais semeando pequenos e novos leitores.
No evento, outros projetos estão sendo pensados para marcar esta data, como por exemplo: realização de um Concurso Cultural de fotos e poesias sobre a cidade, organizado pela Secretaria de Educação e Cultura; Documentário Cultural sobre os 30 anos de Feira do Livro, organizado pela Biblioteca Pública Municipal Professor Antônio Nicolau Orth e Centro Municipal de Informação”.
Metas
Intervenção cênica do Mascote Leiturino: 07 sessões;
Palestras e bate-papo com escritores: 11 sessões;
Participação de autores independentes: 04 sessões;
Hora do Conto – Biblioteca Pública Municipal;
Professor Antônio Nicolau Orth: 06 sessões;
Apresentações artísticas: 09;
Escritores convidados:
Ziraldo – Custos com o Proponente;
Léa Cassol;
Beatriz Matiotti;
Fabrício Carpinejar;
Charles Kiefer, todos com custos pela LIC/RS.
Análise do orçamento
Produção/Execução: R$ 138.930,00 – 80,53%
Divulgação: R$ 32.815,00 – 19,02%
Imp./Taxas/Seguros: R$ 775,00 – 0,45%
TOTAL DOS CUSTOS: R$ 172.520,00
Financiamento:
Recursos próprios do proponente: R$ 80.625,00 – 46,73%
Sistema LIC RS R$ 91.895,00 – 53,27 %
TOTAL R$172.520,00
Na análise dos valores referentes à estrutura técnica do evento, o relator os julgou compatíveis com os valores do mercado.
O processo deu entrada no sistema em data de 10/04/14, foi habilitado pelo SAT em 03/07/14 e chegou às mãos deste relator em 16/07/14.
De resto, o processo encontra-se corretamente instruído, nele constando toda a documentação necessária para sua análise.
É o relatório.
2 – UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS
"Nos livros está fixada toda a experiência humana. É por meio deles que os avanços do espírito se perpetuam”. Monteiro Lobato
Na entrada da Companhia Editora Nacional, fundada por ele em 1921 lia-se em seu pórtico: “QUEM NÃO LÊ, MAL FALA, MAL OUVE, MAL VÊ”.
José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (SP), em 1882.
Advogado, jornalista e escritor, diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1904. Durante alguns anos atuou como procurador público e promotor em Taubaté e Areias (SP), ao mesmo tempo em que colaborava com pequenos jornais do interior paulista.
Em 1918 adquiriu a Revista do Brasil, conferindo à publicação uma orientação nacionalista. Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro livro: Urupês, que obteve grande repercussão. Assumiu, então, a defesa do saneamento básico do meio rural como forma de se melhorar as condições de vida e de saúde do homem do campo. Ainda em 1918, fundou a Editora Monteiro Lobato.
Fundou em 1920 a Companhia Petróleos do Brasil e passou a acusar o governo de forjar laudos que afirmavam a não existência de petróleo no Brasil no intuito de beneficiar as grandes empresas estrangeiras interessadas em manter inexploradas as reservas petrolíferas brasileiras. Em 1934, criticou o Código de Minas elaborado pelo governo e, dois anos depois, publicou o livro O escândalo do petróleo.
Com a implantação da ditadura do Estado Novo em 1937, e a consequente censura à imprensa, passou a se dedicar prioritariamente à literatura infantil. Apesar disso, em 1940 escreveu à Vargas acusando o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) de perseguir as empresas nacionais. Por conta disso, foi preso em março 1941, sendo libertado somente no mês de julho.
Em 1944, participou da fundação da Editora Brasiliense, em São Paulo, ao lado de Artur Neiva e Caio Prado Júnior. No ano seguinte, com o fim do Estado Novo e a redemocratização do país, passou a criticar o capitalismo e defender posições simpáticas ao socialismo. Decepcionado com o governo Dutra transferiu-se para a Argentina, onde fundou a Editora Acteon, em Buenos Aires. De volta ao Brasil, aproximou-se do Partido Comunista Brasileiro. (PCB).
Morreu em São Paulo, em 1948.
Gostaria e até mesmo ouso sugerir que nesta 30ª edição da FEIRA DO LIVRO DE CAMPO BOM seja organizada uma homenagem a este grande brasileiro que foi Monteiro Lobato, na forma de palestras sobre sua vida, obras, exposição e vendas de alguns de seus livros.
Enfim, penso que as Feiras dos Livros são realizadas também para expor e vender a boa literatura nacional.
3. Em conclusão, o projeto “FEIRA DO LIVRO DE CAMPO BOM 30ª EDIÇÃO” é aprovado por seus méritos, relevância e oportunidade, podendo vir a receber o incentivo de até R$ 91.895,00 (noventa e um mil, oitocentos e noventa e cinco reais) do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró-Cultura, LIC/RS.
Porto Alegre, 13 de agosto de 2014.
Franklin João Marcantonio Cunha
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
Em razão do Of. N° 06/14 da SEDAC, os projetos aprovados por este Conselho são considerados prioritários, sendo, portanto, dispensados da Avaliação Coletiva.
Sessão das 10 horas do dia 13 de agosto de 2014.
Presentes: 18 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: André Kryszczun, Adriana Donato dos Reis, Demétrio de Freitas Xavier, Élvio Pereira Vargas, Fabrício de Albuquerque Sortica, Hamilton Dias Braga, Leoveral Golzer Soares, Daniela Carvalhal Israel, Milton Flores da Cunha Mattos, Rafael Pavan dos Passos, Luis Carlos Sadowiski da Silva, Jacqueline Custódio, Vinicius Vieira, Susana Fröhlich, Walter Galvani da Silveira (15)
Ausentes no momento da votação: Leandro Artur Anton (01)
Neidmar Roger Charao Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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