O projeto “Farrapos – a revolta riograndense” é aprovado.
1 – Identificando-se como “CONFRARIA DA PRODUÇÃO”, com sede em Pelotas, o produtor cultural do projeto “A REVOLTA RIOGRANDENSE”, na área de Tradição e Folclore, a ser realizado na Faculdade Dom Alberto em Santa Cruz do Sul, somente com recursos através do Pró-Cultura, propõe a realização de um documentário radiofônico dividido em 20 episódios, tratando da formação política e cultural e a ocupação territorial do Rio Grande do Sul, nos séculos XVII e XVIII, tratando das causas e o estopim do conflito e seu desenrolar, conhecido como Revolução Farroupilha.
Durante 20 dias, o referido documentário será transmitido pelo maior número possível de emissoras de rádio de todo o estado do Rio Grande do Sul, refazendo o caminho daquela revolução, aproveitando o depoimento de historiadores, pesquisadores, ensaístas e demais estudiosos do assunto, ao longo de uma década, desde a explosão do conflito até o Tratado de Poncho Verde que a ele deu fim.
Sua distribuição será gratuita e exclusiva, e, logo que se complete este plano inicial de divulgação, será disponibilizado para audição e “download”.
Concomitante com este processo, na “radiosul.net”, uma rádio na “web”, serão realizados programas especiais relativos à pesquisa e produção da série, quando serão ouvidos produtores, artistas e historiadores que contarão aos ouvintes sobre a produção e como foi a repercussão da série, enriquecendo portanto o trabalho e trazendo mais informações.
No “site” o público poderá acompanhar o chamado “making of”da produção e das gravações, através de vídeos, entrevistas e ensaios fotográficos especiais.
Todas as gravações serão feitas nos estúdios da Faculdade Dom Alberto, em Santa Cruz do Sul.
Buscando maior integração com o público, grandes nomes da música nativista do Rio Grande, vozes conhecidas do cenário musical estadual e da cultura regional, farão parte do elenco, e a própria narração do documentário será feita pelo artista Luis Marenco, um dos grandes nomes do setor.
E, para exemplificar, o general Bento Gonçalves da Silva, o maior líder desta revolução conhecida como “Farroupilha” ou “A guerra dos farrapos”, será interpretado pelo poeta, compositor e intérprete Lisandro Amaral.
Para ser fonte do estudo da história do Rio Grande do Sul, da Revolução Farroupilha e da própria formação do povo gaúcho, o trabalho, prometem os produtores, será trazer diferentes pontos de vista para esclarecer a história, fazendo uma tarefa profissional e extremamente cautelosa e bem cuidada.
É o relatório.
2 – É um campo vasto e fértil a ser explorado por interessados cheios de seriedade e boa vontade, e que pode propiciar um debate largo e profundo sobre os próprios ideais rio-grandenses tão pouco discutidos, mas sempre tão valorizados em diversos instantes, que justificam o verdadeiro fascínio que exerce sobre a população do estado.
Além disso, será a primeira experiência conhecida usando o rádio em larga escala, o que será uma novidade tanto no campo da divulgação como do próprio estudo da história gaúcha, podendo contribuir de forma valiosa e decisiva para a compreensão e aprofundamento da abordagem aqui mesmo no sul e fora dele.
O seriado será apresentado diariamente, e a divulgação coincidirá com o início da transmissão, de forma a que o público possa acompanhar, com a mesma paixão que costuma despertar no Rio Grande do Sul, a simples apresentação e discussão das razões dos farrapos e suas motivações para os atos que tiveram dez anos de duração e marcaram, como em nenhum outro estado da federação brasileira, o afastamento do poder central e a luta por ideais próprios, no caso gaúcho, com símbolos, bandeira, exércitos próprios e convicções, refletidas até na escolha de “slogans” definidores, desligados da nação brasileira, como a inscrição na própria bandeira, que dizia “Liberdade, Igualdade e Humanidade”.
O responsável legal é Jamile Pereira, e fazem parte da equipe principal, Leôncio Severo, Gabriel Webber e Luciana Brito.
Considerando o período eleitoral, alerta-se ao produtor que candidatos a cargos eletivos não poderão receber qualquer forma de pagamento oriunda de verbas públicas atendendo ao que estabelece a legislação específica.
3. Em conclusão, diante do exposto e da descrição dos objetivos e metodologia do trabalho e o ineditismo da ação, o projeto “FARRAPOS – A REVOLTA RIO-GRANDENSE”, por seu mérito cultural, relevância e oportunidade, é aprovado, podendo vir a receber benefícios até o valor de R$ 230.400,00 (duzentos e trinta mil e quatrocentos reais) do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais, Pró-Cultura/RS.
Porto Alegre, 8 de setembro de 2014.
Walter Galvani da Silveira
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
Em razão do Of. N° 06/14 da SEDAC, os projetos aprovados por este Conselho são considerados prioritários, sendo, portanto, dispensados da Avaliação Coletiva.
Sessão das 14 horas do dia 8 de setembro de 2014.
Presentes: 18 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Maria Eunice Azambuja de Araújo, Leandro Artur Anton, Adriana Donato dos Reis, Élvio Pereira Vargas, Franklin Cunha, Fabrício de Albuquerque Sortica, Hamilton Dias Braga, Leoveral Golzer Soares, Daniela Carvalhal Israel, Lisete Bertotto Corrêa, Rafael Pavan dos Passos, Jacqueline Custódio, Susana Fröhlich (13)
Abstenções: Luiz Carlos Sadowski da Silva (01)
Ausentes no momento da votação: Vinicius Vieira, André Kryszczun (02)
Neidmar Roger Charao Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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