O projeto “Rock de Galpão”, em grau de recurso, não é recomendado para a avaliação coletiva.
1. O Projeto “Rock de Galpão – Edição 2015” em grau de recurso, não é acolhido.
O projeto “Rock de Galpão – Edição 2015”, habilitado pela Secretaria de Estado da Cultura e encaminhado a este Conselho, nos termos da legislação em vigor consiste em diversas atividades, incluindo palestras, oficinas e show, e irá circular por quatro cidades do RS - Uruguaiana, Santa Maria, Pelotas e Rio Grande. A proposta tem início com uma palestra para estudantes de escolas públicas, a qual irá destacar a musicalidade Rio-grandense de forma contemporânea. Durante a tarde nos Teatros acontecerão oficinas de música para jovens, com os integrantes da banda Estado das Coisas. O show ocorrerá à noite. É composto de novos arranjos para clássicos da música gaúcha como Milonga para as Missões e Canto dos Livres. Conta ainda com a participação de um bailarino que realizará a dança das boleadeiras, projeção de um cenário 2D no palco e um cenário ambientado com Obras do Artista Plástico Mai Bavoso.
O parecer que não recomendou o projeto e foi respaldado pelo Pleno que em síntese se fundamentou na ausência da relevância e oportunidade.
Tempestivamente o proponente maneja recurso com intuito de ver revertida aquela decisão.
É o relatório.
2. Em que pese à presença do elemento volitivo do proponente o que de plano destacamos em homenagem ao esforço apresentado, não traz a lume os objetivos a ser colimados que possam ter força para alterar o bem lançado parecer exarado que não o recomendou, o qual não vai reproduzir para não nos tornar repetitivos. O projeto foi reexaminado na sua integralidade, inclusive considerando os seus aspectos técnicos. É da competência do Conselho analisar o caráter meritório do projeto e o faz com fulcro na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul no seu Art. 225: - O Conselho Estadual de Cultura, visando à gestão democrática da política cultural, terá as funções de:
I - estabelecer diretrizes e prioridades para o desenvolvimento cultural do estado;
II - fiscalizar a execução dos projetos culturais e aplicação de recursos;
III - emitir pareceres sobre questões técnico-culturais.
Trata-se de modelo de gestão pública da cultura que visa a estabelecer diretrizes perenes e democráticas e fiscalizar as atividades culturais dos órgãos estatais e projetos financiados com recursos públicos. Foi o que o fez o relator cujo parecer ora guerreado pelo proponente, foi ainda aprovado pelo Pleno do Conselho Estadual de Cultura.
Enfim, os argumentos do proponente não têm força e vigor para alterar o parecer que o rejeitou.
3. Em conclusão o projeto “Semana Rock de Galpão – Edição 2015”, em grau de recurso, não é recomendado para participar da avaliação coletiva em face de não apresentar pelo menos na forma como está, relevância e oportunidade para vir a receber incentivos do Sistema Estadual de Financiamento - Pro-Cultura.
Porto Alegre, 07 de outubro de 2015.
Antônio Carlos Côrtes
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
Sessão das 10 horas do dia 09 de outubro de 2015.
Presentes: 18 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Aldo Gonçalves Cardoso Junior, Ruben Francisco Oliveira, Adriana Donato dos Reis, Élvio Pereira Vargas, Marco Aurélio Alves, Maria Silveira Marques, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Neidmar Roger Charão Alves, Jacqueline Custódio e Walter Galvani.
Não acompanharam o Relator:Fabricio de Albuquerque Sortica, Rafael Pavan dos Passos e Susana Fröhlich.
Abstenções: Demétrio de Freitas Xavier e Letícia Maria Lau
Dael Luis Prestes Rodrigues
Conselheiro Presidente do CEC/RS
O projeto “Rock de Galpão - primeira edição - 2015” não é recomendado para a avaliação coletiva.
Produtor Cultural: Joner Produções Artísticas e Eventos Ltda
Período de Realização: Evento não vinculado a data fixa
Área: Música
Contador: Leonardo Menelau Duarte- ME
1. O projeto “Rock de Galpão – Primeira Edição – 2015” traz no seu catálogo várias atividades, entre elas: palestras, oficinas e shows que irão circular por quatro cidades gaúchas. Estes serão apresentados nos teatros das respectivas cidades: Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa de Uruguaiana (capacidade para 1.232 pessoas); 13 de Maio em Santa Maria (338 pessoas); Guarany em Pelotas (1.279 ocupantes); FURG – Rio Grande (200 pessoas).
Pelas palavras do proponente: Rock de Galpão é um projeto especial da banda Estado das Coisas que mescla as sonoridades regionais do Sul do país com as mais contemporâneas e universais formas de fazer música. As culturas espanhola, africana e indígena, entre outras que formam o Rio Grande do Sul, deixaram um grande legado ao cancioneiro gaúcho.
(...) aproximando o público das diversidades de ritmos como a milonga, o xote, e o chamamé, da linguagem poética, característica da região. Destaca-se no projeto os grandes autores que compõem o repertório como Lupicínio Rodrigues, Vitor Ramil, Jayme Caetano Braum, Noel Guarany, Mário Bárbara, Nico e Bagre Fagundes, Elton Saldanha, Luiz Coronel, Almondêgas, Apparício Silva Rillo, Atahualpa Yupanqui, Gildo de Freitas e Cenair Maicá, entre outros.
(...) Tais aspectos são destacados nas palavras do Diretor Artístico Hique Gomez: “são excelentes músicos, capazes de entender sua natureza e se situar no seu tempo de forma adequada. Uma música, cheia de esperança. Um conceito aberto para o diálogo universal, com influência de todo seu passado cultural, mas de frente para o hiperespaço”.
Quanto à importância para a sociedade:
(...) Por isto a Mandala ancestral dos índios guaranis (interpretada pelo artista visual Mai Bavoso especialmente para o Rock de Galpão) é o elemento que fundamenta os preceitos do Rock de Galpão. Ele representa a união, a cooperação e a valorização do talento de cada um dos integrantes do grupo e seus parceiros que, juntos, formam a totalidade. Representa também os valores culturais, sociais e estéticos do Rock and Roll como forma de expressão inovadora, impulsiva, enérgica e vibrante.
Objetivo Geral: (...) Fortalecer a identidade gaúcha através da música revitalizada, homenageando o cancioneiro popular gaúcho e cativando novas gerações (...)
Objetivos específicos:
Propor uma inter-relação cultural histórica através da música, explorando a riqueza e a diversidade sonora da música regional; produzir novos arranjos para os clássicos da nossa música; proporcionar um diálogo régio universal; preservar o folclore, os clássicos do regionalismo e o interesse das futuras gerações.
MAIORES DETALHES NO PROJETO E NOS SEUS ANEXOS.
Metas: 4 shows, 4 palestras e 12 oficinas de música.
Essas atividades estão um pouco vagas, pouco explicadas quanto a local e duração de cada uma delas.
2. Trata-se de um belo projeto! Assisti a “Tangos e Tragédias”, e já faz parte de nossos grandes clássicos, com alta consagração de público e crítica. Nas últimas horas, ouvi com atenção a bela trilha do curta Boa Ventura, inspirado num fragmento do livro “Porteira Fechada”, de Cyro Martins. Nos créditos finais, quem assina a partitura é o Hique Gomez. Direção e roteiro de Guilherme Castro. Lendo o prólogo deste projeto para analisá-lo e emitir o meu parecer, ocorreu-me a seguinte reflexão: Mais Além Produções Artísticas... dado ao estado das coisas, vou me socorrer por uma válvula de escape. Cada qual com su trabajo. R$ 388.602,80 divididos por 3.049 pessoas, com mais algumas crianças que talvez consigam assistir, pois moram longe e estes teatros localizam-se no centro de suas cidades, chegaremos ao custo de R$ 127,45 por pessoa via LIC. Ainda que este custo caia um pouco, é notório que terá lotação esgotada e serão contemplados os mesmos de sempre. Uma pergunta, MAESTRO: será que este espetáculo não iria melhor e ao encontro de uma música da esperança numa praça ou local de fácil acesso? A concentração de recursos ficou alta para um retorno pequeno.
Eles se encontram no cais do porto
Pelas calçadas.
Fazem biscates pelos mercados
Pelas esquinas.
Carregam lixo, vendem revistas
Juntam baganas.
E são pingentes das avenidas da capital.
Sergio Napp- Letra
Mário Barbará- Música
3. Em conclusão, o projeto “Rock de Galpão - primeira edição-2015” não é recomendado para a Avaliação Coletiva.
Porto Alegre, 13 de agosto de 2015.
Élvio Pereira Vargas
Sessão das 10 horas do dia 13 de agosto de 2015.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Aldo Gonçalves Cardoso Júnior, Ruben Francisco Oliveira, Adriana Donato dos Reis, Antônio Carlos Côrtes, Fabrício de Albuquerque Sortica, Dael Luis Prestes Rodrigues, Lisete Bertotto Corrêa, Maria Silveira Marques, Rafael Pavan dos Passos, Jacqueline Custódio, Vinicius Vieira, Walter Galvani da Silveira (13)
Não acompanharam o Relator: Susana Fröhlich (01)
Abstenções: Luiz Carlos Sadowski da Silva (01)
Ausentes no momento da votação: Daniela Carvalhal Israel (01)
Neidmar Roger Charao Alves
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