O projeto “Feira do Livro de Campo Bom – 31ª. edição” é recomendado para a avaliação coletiva.
1. Há trinta anos, o município de Campo Bom, localizado cerca de 50 km de Porto Alegre, realiza anualmente sua Feira do Livro, seguindo um belo exemplo lançado pela capital há exatos 61 anos. Nessa sua versão campobonense, tradicionalmente reconhecida por oferecer um espaço para a difusão do livro e da leitura e seu convívio com os demais segmentos artísticos, se realiza este ano entre os dias 20 e 25 de outubro, no Largo Irmãos Vetter, no centro daquela cidade. O evento proporciona ao público em geral e de modo particular à comunidade escolar, o acesso às obras literárias com o abatimento de no mínimo 10% sobre o preço de capa, afim de aprofundar as possibilidades de alcançar um público maior e ao mesmo tempo proporcionar acesso gratuito a espetáculos teatrais e musicais, além de oficinas, palestras, sessões de entrevistas com os autores presentes, contação de histórias e interação dos leitores com as pessoas que fazem literatura e trabalho editorial. Trata-se, pois, de um importante momento cultural, social e até pedagógico, sempre aguardado e que se repete, no caso de Campo Bom, há trinta anos, possibilitando às pessoas de todas as idades, segmentos sociais, profissões e tipo de atividades, o acesso gratuito a todos os espaços e programações.
Na última edição, em 2014, o publico circulante na Feira, foi estimado em 50 mil pessoas, o que dá bem uma ideia da importância dada à leitura por esta população que acolheu em número bastante razoável às promoções realizadas e comprovou, com uma aquisição de aproximadamente 60 mil livros, que a Leitura está sim, entre suas preferências pessoais.
Esta alta média configura o acerto dos que criaram a primeira feira em 1983 e desde então vem procurando manter a promoção, levando à cidade, mais e mais iniciativas, como fizeram os promotores, implantando o Projeto Vale-Livro e procurando beneficiar alunos praticamente desde o Berçário ao 9º. Ano da Rede Municipal de Ensino, semeando cada vez mais pequenos e novos leitores.
Assim, para manter e ampliar o interesse dos leitores e futuros leitores, realizam-se sessões como Hora do Conto, na Biblioteca Pública Municipal “Prof. Antonio Orth”, oficinas teatrais, 10 sessões de apresentações artísticas, intervenção cênica de um “Mascote Leiturino” (interpretado por Sandra Volkmer), doze bate-papos com escritores e uma sessão litero-musical.
Agendando visitas das escolas municipais, estaduais e particulares, abrangendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Médio, a Feira foi organizada pelos integrantes da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e todo o apoio na estrutura e na divulgação através das rádios locais e dos jornais que se editam e circulam na região.
É o relatório.
2. Procurando se manter dentro dos padrões e objetivos municipais, a Feira do Livro de Campo Bom tem uma equipe enxuta e dedicada, coordenada por Graziely Schu Schilling Dias, que tem a função de Coordenadora do Departamento de Cultura do Município e está com sua equipe muito atenta ao desenvolvimento da preciosa promoção que cresce gradativamente e se desenvolve há trinta anos, cumprindo com suas metas e objetivos.
Em razão disso e dessa opção local, a parte do leão desta realização está com a proponente, a própria prefeitura municipal de Campo Bom, que arca com 73,69% dos recursos necessários para a realização da Feira: R$ 231.555,00 (duzentos e trinta e um mil, quinhentos e cinquenta e cinco reais). Sendo que outros 4,37% dos custos ficam com as “Receitas previstas com a comercialização de bens e serviços”, num total de R$ 13.340,00 (treze mil, trezentos e quarenta reais) e pelo Sistema LIC, 21,94% ou seja, R$ 68.926,42 (sessenta e oito mil, novecentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos).
É tal a modéstia das solicitações que não me atrevo a propor qualquer redução nos pleitos da proponente, Prefeitura Municipal de Campo Bom, que, aliás, se vê que responde por 73,69% dos custos.
3. Em conclusão, o projeto “Feira do Livro de Campo Bom – 31ª. Edição” é recomendado para a avaliação coletiva, em razão do seu mérito, relevância e oportunidade, podendo receber incentivos até o valor de R$ 68.926,42 (sessenta e oito mil, novecentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento de Atividades Culturais – Pró-Cultura RS.
Porto Alegre, 23 de outubro de 2015.
Walter Galvani da Silveira
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 10 horas do dia 23 de outubro de 2015.
Presentes: 16 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Leticia Maria Lau, Aldo Gonçalves Cardoso Junior, Adriana Donato dos Reis, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Alessandra Carvalho da Motta, Marco Aurélio Alves, Lisete Bertotto Corrêa, Maria Silveira Marques, Rafael Pavan dos Passos, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Neidmar Roger Charão Alves e Susana Fröhlich.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária dos dias 29/10/2015, 30/11/2015 e 21/12/2015 e considerados não prioritários, retornam para arquivo.
Dael Luis Prestes Rodrigues
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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