PRÓ-CULTURA - Sistema Unificado

Legislação

Parecer do Conselho Estadual de Cultura

O Livro enquanto Instala��o: o registro da obra de H�lio Fervenza.

Protocolo SPI: 001394-11.00/15-6

Parecer aprovado - Conselheiro Ant�nio Carlos C�rtes

<h2 align=\"center\">Processo nº 1394-11.00/15-6</h2>

<h2 align=\"center\">Parecer nº 250/2015 CEC/RS</h2>

O projeto “O LIVRO ENQUANTO INSTALAÇÃO: REGISTRO DA OBRA DE HELIO FERVENZA” é recomendado para a avaliação coletiva.

1. O projeto epigrafado, habilitado pela SEDAC e encaminhado a este Conselho com distribuição a nossa relatoria em 21.08.2015, prevê a edição de O Livro enquanto Instalação: Registro da Obra de Hélio Fervenza o qual é dos raros artistas acreditados em nosso estado dedicado a criação de instalações e intervenções artísticas. Em tal gênero, o registro fotográfico é importante. Após cada exposição, os trabalhos deixam de existir, uma vez que são realizados em contexto único, sendo efêmeros e transitórios. Em 30 anos de trajetória não há sequer catálogo ou registro impresso crítico de suas obras organizado. Assim o projeto prevê a publicação de livro com 20 anos de sua produção, disponibilizando a informação de maneira acessível e contribuindo para a preservação da memória artística contemporânea. As abordagens críticas textuais de professores-pesquisadores universitários de renome incluídas no livro servirão de orientação a outros artistas e estudantes que desejem seguir ou conhecer o trabalho de Hélio. A publicação conta também com tratamento fotográfico digital e design gráfico. Realizarão no lançamento Encontro com o artista e design gráfico, além de Workshop prático com o Artista.

Proponente: HÉLIO CUSTÓDIO FERVENZA

CPF 426.060.800-25

Pessoa Física

CEPC: 5549

Área do Projeto: LITERATURA

Equipe  Principal  além do proponente:

LEOCÁDIA  RIO PINTO COSTA

PESSOA JURÍDICA

CNPJ: 07.094.827/0001-50

Produtora Executiva

CONTADOR: LEANDRO OLIVEIRA DE OLIVEIRA

-CRC 59805

Santander Cultural Porto Alegre será espaço  físico do lançamento e da oficina.

CNPJ 04.536.327/0001-33

RESPONSÁVEL: Carlos Eugênio Trevi

CPF 038.384.218-25

Receita Prevista com a comercialização de bens e serviços: R$12.500,00

LIC:                          R$ 87.500,00

TOTAL                     R$ 100.000,00

Livro -exemplares      2.000

Oficina 1

Lançamento antecedido de Encontro 1

Publicação crítica s/obra –textos 3

É o relatório.

2. O projeto terá 09 meses de realização. O mapeamento do público que receberá de forma gratuita 500 exemplares. Terá por base: Museus; ateliers; críticos; historiadores das artes e bibliotecas. Hélio Custódio Fervenza nasceu  na cidade de Santana do Livramento RS  em 1963. Artista Visual e professor. Conclui mestrado em artes plásticas pela Université de Sciences Humaines de Estrasburgo, em 1994, e faz doutorado nessa área pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne, França, em 1995. É professor do Instituto de Artes da UFRGS, Porto Alegre. Em suas obras, desenvolve conceitos como vazio/cheio e continente/contido. Elas se inserem no espaço de exibição como espécie de pontuação do mesmo, conseguindo com esse balizamento uma fusão entre obra e espaço.

Sempre que surgem projetos de livros é de se aplaudir quando bem formatados e enxutos com a realidade.  Desnecessário destacar a importância para a sociedade. A proposta apresentada vem instruída com anexos esclarecedores.  A sinopse da ideia do boneco do livro. De outra banda editoração e diagramação ficará a cargo de profissionais de comprovada capacidade o que dá a certeza para exame acurado do mérito cultural da obra.  Assim o projeto pode e deve ser apreciado na relevância e oportunidade por este Conselho Estadual de Cultura.

Hélio Fervenza atua nas Artes há quase 30 anos e, neste tempo, não houve catálogos, publicações ou textos críticos abrangentes que abordassem significativamente sua trajetória. Por isso a publicação do livro. O trabalho de Fervenza tem por característica o efêmero. As instalações de Hélio Fervenza duram o tempo que cada exposição acontece. Em face da transitoriedade do aspecto material da produção, a publicação constitui-se no meio propício para organizar e disponibilizar o acesso ao registro e às propostas que permitem olhar sobre a Arte Conceitual (Anexo 1). Assim, a publicação revela diferentes configurações que adquire uma mesma instalação a cada montagem, e ainda as relações com os lugares onde é realizada. Organizados os trabalhos no livro trará a sua produção dos últimos 20 anos. Assim esse registro seu permanecerá acessível para outros artistas, bem como pesquisadores, educadores e estudantes contribuindo assim com a compreensão e divulgação da Arte Contemporânea Gaúcha. Mesmo com os adventos tecnológicos e a absorção da peça gráfica livro para os meios digitais, em alguns casos o livro impresso se faz importante e necessário, porque ele chega aos espaços educacionais acadêmicos e de acesso nas Artes (Bibliotecas, Ateliers, Historiadores e Críticos das Artes) e gerará acesso coletivo, gratuito e dirigido aos estudantes e educadores.

Por fim quando Hélio se refere: conceitos como vazio/cheio e continente/contido. Elas se inserem no espaço de exibição como espécie de pontuação do mesmo, conseguindo com esse balizamento uma fusão entre obra e espaço.

Lembramos-nos da obra o intelectual brasileiro Prof. Milton santos de saudosa memória tão bem explicada por Denise Elias do Dpto. De Geociências-Universidade Estadual do Ceará (sic):

“Em muitos aspectos, Milton Santos foi um homem à frente de seu tempo. Na era na qual muitos proclamavam o 'fim da história', ele introduziu o pensamento geográfico no centro do pensamento social do país, deu visibilidade à geografia brasileira e autoestima aos geógrafos. Sua própria visibilidade e de sua obra extrapolaram os muros acadêmicos em 1994, quando ganhou o maior prêmio internacional da Geografia, o Vautrin Lud, uma espécie de Nobel da especialidade, atribuído por universidades de vários países. Naquele momento, sua visibilidade atingiu campos antes não imaginados, ultrapassando em muito o da Geografia e o do mundo acadêmico.

Privilegiados fomos os que pudemos desfrutar, de alguma forma, do seu cotidiano. A dor da partida é forte. Mas, ele continua vivo em sua obra. Resta-nos, assim, o consolo de senti-lo presente em cada um dos seus escritos e sua vasta obra continua nos instigando à descoberta, à pesquisa, ao novo e esta é uma forma de encontrá-lo, de aplacar as saudades e de ter esperança.

São muitas as lições que Milton Santos nos deixou e com ele aprendíamos não só sobre a geografia, mas sobre a vida, como a de que o talento para a vida acadêmica é construído com muito trabalho metódico e cotidiano; que o verdadeiro intelectual não cede aos modismos da época e aos 'cantos de sereia' do sucesso fácil; que devemos lutar por uma universidade não atrelada ao mercado ou à técnica e que sem a curiosidade, o homem não chegará a lugar nenhum. Enumerá-las exige a reflexão de toda uma vida. De suas metáforas, conceitos e categorias ainda há muito por ser processado.

Sua colaboração para a construção epistemológica da ciência geográfica é nítida. Pensar o espaço, o território, o território usado era o objeto de seu trabalho. O uso da periodização; o imbricamento do teórico com o empírico, já que 'é através do estudo do lugar que o mundo é empiricamente percebido'; o estudo dos sistemas técnicos e dos sistemas normativos; assim como a ideia de que o mundo não se explica sem as suas diferentes partes são algumas das ferramentas imprescindíveis para o estudo da empiricização do tempo no espaço, nas diferentes escalas geográficas.”.

3.  Em conclusão o projeto “O LIVRO ENQUANTO INSTALAÇÃO: O REGISTRO DAOBRA DE HELIO FERVENZA” é recomendado para avaliação coletiva, em razão de seu mérito, relevância e oportunidade, podendo vir a receber incentivos do Sistema Estadual de Financiamento – Pró-Cultura até o valor de R$ 87.500,00(oitenta e sete mil e quinhentos reais).

Porto Alegre, 21 de setembro de 2015.

Antônio Carlos Côrtes

Conselheiro Relator

Ata de vota��o

Informe:

O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.

O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.

A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.

Sessão das 14 horas do dia 21 de setembro de 2015.

Presentes: 16 Conselheiros.

Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Adriana Donato dos Reis,  Marco Aurélio Alves, Daniela Carvalhal Israel, Maria Silveira Marques, Rafael Pavan dos Passos, Neidmar Roger Charão Alves, Vinicius Vieira, Susana Fröhlich (09)

Abstenções: Luiz Carlos Sadowski da Silva, Fabricio de Albuquerque Sortica e Walter Galvani (03)

Ausentes no momento da votação: Élvio Pereira Vargas e Jacqueline Custódio (02)

Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia XX/XX/2015 e considerados prioritários.

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul
Departamento de Fomento
Centro Administrativo do Estado: Av. Borges de Medeiros 1501, 10º andar - PORTO ALEGRE - RS

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O Livro enquanto Instala��o: o registro da obra de H�lio Fervenza.

Protocolo SPI: 001394-11.00/15-6

Parecer aprovado - Conselheiro Ant�nio Carlos C�rtes

Ata de vota��o