O projeto “RISCOS NO AR” é recomendado para a avaliação coletiva.
1. O projeto “RISCOS NO AR”, habilitado pela Secretaria de Estado da Cultura e encaminhado a este Conselho, nos termos da legislação em vigor, trata da gravação de CD e exposição de estruturas sonoras relativas ao repertório da obra.
PROJETO: RISCOS NO AR
PROPONENTE: SOFIA RODRIGUES FERREIRA
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: não informado
ÁREA DO PROJETO: ARTES INTEGRADAS
MUNICÍPIO – LOCAL DE REALIZAÇÃO: Porto Alegre, e São Paulo
FINANCIAMENTO SISTEMA LIC: R$ 185.613,00 100%
O projeto consiste na gravação de disco da artista Carina Levitan. Para cada uma das oito composições do disco, a artista construirá esculturas sonoras, instrumentos artesanais que além de dialogar com criações visuais da artista, trazem especificidade sonora única a cada canção. Propõe também a realização de duas exposições, ao longo de um mês cada, nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, para realizar o lançamento do disco e expor as esculturas sonoras que virão a compor as faixas do disco.
A proponente justifica seu projeto afirmando que Carina Levitan desenvolve seu trabalho nas esferas artísticas musicais e visuais. Desenvolve estudos em artes plásticas e arquitetura, e encontra na University of the Arts London, um caminho híbrido e experiencial que contempla suas múltiplas áreas de interesses e torna-se bacharel em Sound Art & Design. Estuda arquitetura por 5 anos e como parte dos seus trabalhos constrói um parque musical para crianças utilizando materiais do ferro-velho.
O trabalho de desenvolvimento e conceituação do disco emerge em uma etapa de realização da trajetória de Carina como artista, amadurecendo elementos de interesses primários e característicos, tais como o diálogo da sonoridade com a visualidade, o encontro do som e da imagem e seus possíveis. A artista trabalha com conceitos que flertam com a materialidade, maquinaria, movimento, física, onda sonora, caixa acústica, tensão, vibração, enfim: uma busca que se configura como uma pesquisa sonora de possíveis sons e suas fisicalidades, resultando em um disco sui generis.
Para o disco proposto neste projeto, a artista apresenta oito canções de sua autoria e, como complementação à busca sonora, a artista compõe um universo visual - conforme demonstra em anexo -, criando uma atmosfera específica para cada canção, através de esculturas sonoras mecânicas, que representam a visualidade potencial da música.
Para o lançamento do disco, Carina faz uma exposição das esculturas sonoras, acompanhadas cada uma de sua respectiva canção, apresentadas ao público através de fones de ouvidos. Para a abertura da exposição, um show de Carina com os músicos que a acompanham na criação de arranjos das músicas. Ressalta-se por fim, a relevância de se ter um projeto com tais propostas a ser inaugurado na cidade de Porto Alegre, que dialoga com tendências artísticas internacionais, propõe inovações para o cenário artístico rio-grandense e que tem como diretriz o desenvolvimento de diálogo aberto, subjetivo e direto com o público.
Tem como objetivo realizar atividades culturais de caráter contemporâneo e acessível, integrando música e artes visuais a fim de fortalecer o cenário cultural do RS e aproximar o público de proposições artísticas inovadoras. Como metas, mil unidades de CD, duas exposições de esculturas sonoras, videoclip, dois espetáculos de lançamento do disco e abertura da exposição, criação e desenvolvimento de um site, criação, captação e edição de cinco vídeos/teaser de divulgação, impressão de cem catálogos das obras artísticas da exposição, criação e impressão de sete mil postais artísticos, realização de seis oficinas, para a exposição em Porto Alegre para crianças de seis a doze anos de escolas estaduais da Cidade, com atividades pedagógicas. Observe-se que no website todos os produtos audiovisuais serão disponibilizados gratuitamente, bem como as faixas do disco disponibilizadas para download.
É o relatório.
2. Na originalidade da obra proposta e formação artística da autora, vislumbra-se a relevância do Projeto. Um projeto que contém uma obra artística que enlaça música e artes visuais, por ser pouco comum, e este pelo seu grau de ineditismo tem, certamente, preferência neste tipo de certame, pois recursos públicos de incentivo à cultura devem, ao nosso ver, priorizar projetos com tais características.
É oportuno, tendo em vista a parcimônia e racionalização dos recursos financeiros empregados advindos de fonte pública, já que tem como único financiador o Sistema Estadual de Incentivo à Cultura. É, enfim, SMJ, uma proposta de mérito cultural.
3. Em conclusão, o projeto “Riscos no Ar” é recomendado para avaliação coletiva, podendo a vir a receber incentivos, do Sistema Pró-Cultura, até o valor de R$185.613,00 (cento e oitenta e cinco mil e seiscentos e treze reais).
Porto Alegre, 12 de abril de 2016.
Luiz Carlos Sadowski da Silva
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 12 de abril de 2016.
Presentes: 16 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Aldo Gonçalves Cardoso Junior, Ruben Francisco Oliveira, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Marco Aurélio Alves, Rafael Pavan dos Passos, Neidmar Roger Charão Alves, Vinicius Vieira, Susana Fröhlich e Walter Galvani.
Abstenções: Maria Silveira Marques.
Ausentes no Momento da Votação: Leticia Maria Lau, Lisete Bertotto Corrêa e Adriana Donato dos Reis.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária dos dias 28/04/2016, 31/05/2016, 17/06/2016 e 22/06/2016 e considerados não prioritários, retornam para arquivo.
Dael Luis Prestes Rodrigues
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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