O projeto “CARAVANA DO ROCK 51 – 1ª EDIÇÃO” não é recomendado para a avaliação coletiva.
Produtor Cultural: AERL Gravadora e Produções Artísticas Ltda
Período de Realização: Evento não vinculado a data fixa
Área do Projeto: Música
Contador: Cristiano Cunha Melo
1. O Projeto- propõe realizar um circuito de shows das bandas gaúchas “Cartolas e Identidade“. Este, terá cobertura fotográfica e audiovisual, com narrativa on line nas redes sociais e portal do projeto, brindando os internautas com um registro diário por cada cidade. O evento unirá as bandas com outros músicos locais convidados. Prevê ainda um dia de atividades pela manhã, com oficinas de capacitação sobre economia criativa e produção cultural – 240 vagas, 60 por cidade - De tarde, encontros colaborativos com músicos da localidade, direcionada à todos os presentes no livre espaço público. A tardinha haverá apresentações gratuitas em Teatros, Centros Culturais e Casas de Shows. Nestes, sempre um músico local abrirá o espetáculo.
Em relação ao desenvolvimento cultural do estado e importância para a sociedade.
Ganho imediato e a valorização dos artistas gaúchos, mostrando que o Rio Grande do Sul historicamente é terra de grandes artistas. Centenas de novas bandas, cantores e cantoras trilham por estas trajetórias! Quanto a importância para a sociedade está no estímulo de horizontalizar as ações e experiências coletivas, compartilhar informações e tecnologias no fomento a produção musical independente no estado, em diálogo com outras linguagens – web, audiovisual, artes visuais, etc - Além de levar um dia de atividades para todas as faixas etárias, estas ações através do evento, buscam construir produção musical e intercâmbios, com investimentos que aos poucos vai imprimindo um legado. Quatro cidades serão contempladas com oficinas, apresentações musicais e troca de estilos!
Objetivo geral :
30 dias de viagens, com shows musicais, para quatro cidades, além de Porto Alegre, com as bandas autorais da capital denominadas “Cartolas e Identidade“ com registro audiovisual, intercâmbios e artistas locais convidados para as suas apresentações e o lançamento de um EP de 7 polegadas com 2 faixas.
Objetivos específicos:
Valorizar a arte autoral gaúcha, promover o bem estar da população com eventos gratuitos, valorizando a troca de experiências em diferentes regiões do estado.
Metas:
Produzir um portal da Turnê com registros fotográficos e audiovisuais.
Realizar 8 oficinas gratuitas com 240 vagas no total
Lançar um EP 07 polegadas com 2 faixas- uma banda para cada lado do EP .
Realizar 5 apresentações musicais gratuitas em centros culturais e/ ou casa do shows na cidades do circuito, com duração de 2 horas cada.
Realizar 5 pocket shows , com músicos locais, em espaços públicos, democratizando o acesso a bens culturais, com 1 hora de duração.
No ítem 9- Metodologia- Pelas palavras do proponente: (...) As bandas já possuem um público formado no Rio Grande do Sul,...
Maiores detalhes nos anexos do projeto.
Peças de Distribuição: 30 EP 7 polegadas para o SEDAC
30 para o Patrocinador
30 para Banda Cartola
30 para Banda Identidade
15 para Imprensa
(nada para escolas)
Peças para comercialização: 165 EP 7 polegadas com 2 faixas, para venda nos shows, 30,00 - vlr unitário. Total: 4.950,00.
É o relatório.
2. O que vejo nesta “Andança Musical é apenas uma bela oportunidade de um MUSIC ON THE ROAD!” Explico: 86.135,00 divididos por 5 dá um vlr de 17.227,00 por show.
Estes, serão em Teatros, Centros Culturais e Casa de Shows.
É sabido e notório que as cidades do interior não tem teatros (salvo, raras exceções) e nestas os mesmos são pequenos e praticamente em restauro. Na sua grande maioria existem Centros Culturais e suas acomodações são inferiores a 300 lugares. Casas de Shows sobrevivem com 4 pessoas habitando o metro quadrado. Boate KISS e sua sinistra antropometria a parte. Fica incomensurável para este relator calcular o custo por pessoa para este projeto (não tem estimativa de público). Quanto ao intercâmbio musical no interior não tem este culto do ROCK de GARAGEM! Tenho uma certa dificuldade em imaginar os acordes do VARIFUM do Gaúcho da Fronteira, influenciarem os RIFFs do Keith Richards ou vice -versa. Tampouco o Yamandú Costa “discípulo maior do Lúcio Yanel” tocar rock com seu violão de 12 cordas no saudoso estilo” Mamonas “. As oficinas são generosas em número e os temas são ricos, mas não há registro de carga horária! Peço desculpas as BANDAS e ao PRODUTOR pelas minhas dissonâncias interpretativas.
3. Em conclusão, o projeto “O Caravana do Rock 51 - 1ª Edição” não é não é recomendado para avaliação coletiva.
Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2016.
Élvio Pereira Vargas
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
Sessão das 10 horas do dia 25 de fevereiro de 2016.
Presentes: 17 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Aldo Gonçalves Cardoso Junior, Adriana Donato dos Reis,Antônio Carlos Côrtes, Marco Aurélio Alves, Lisete Bertotto Corrêa, Maria Silveira Marques, Rafael Pavan dos Passos, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Neidmar Roger Charão Alves e Walter Galvani.
Abstenções: Jacqueline Custódio, Vinicius Vieira e Susana Fröhlich.
Impedimentos: Leticia Maria Lau.
Dael Luis Prestes Rodrigues
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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