O projeto “INCORPORE – FESTIVAL DE MÚSICA INCLUSIVA” é recomendado para a avaliação coletiva.
1. O projeto, evento não vinculado à data fixa. É da área: Artes Cênicas: dança. Prevê a realização de Festival de Dança Inclusiva com a participação de amadores e profissionais, além de oficinas oferecidas aos participantes do festival, que ocorrerá durante 03 dias na cidade Porto Alegre. Todas as atividades terão acesso gratuito. O Proponente é Gilnei Fernando Kreiber (Gaia Cultura e Arte).
O proponente informa que o projeto pretende ampliar os diálogos acerca da arte contemporânea, abrir espaços para grupos artísticos iniciantes, possibilitar o intercâmbio entre amador e profissional, realizar oficinas formativas para que os grupos possam enriquecer seu vocabulário artístico, realizar um evento de grande importância cultural e social, valorizar o trabalho de grupos amadores através de estrutura de qualidade e pagamento de cachês, contribuir para o fomento do diálogo acerca da dança inclusiva; Romper com os conceitos padronizados acerca das limitações de pessoas com deficiência; Promover uma significativa ação de inclusão que possa ter continuidade ao longo dos anos.
O relatório de atividades apresentado nas metas informa as seguintes atividades:
45 apresentações de grupos artísticos das Apaes da região metropolitana, 01 apresentação da CIA Pulsar, 01 apresentação Cia Crepúsculo, 01 apresentação de Carla Vendarin, 03 horas de oficinas de dança inclusiva para professores, 03 horas de oficina de dança inclusiva para alunos.
O valor total do projeto é R$ 265.150,00 O proponente está solicitando o 100% do valor através da LIC. Não possui apoio da prefeitura
É o relatório.
2. O projeto está estruturado adequadamente em relação às metas e aos objetivos propostos e contém informações suficientes. Apresenta equipe qualificada, apresenta os currículos, cartas de anuências e programa das oficinas em anexo. O projeto será realizado em 07 meses.
A dança por si só gera múltiplas expressões, desenvolve habilidades, criatividade e também tem o poder de inclusão. Pensar em inclusão é refletir sobre as relações humanas, os contextos históricos, políticos, sociais e econômicos das civilizações. Este projeto está em consonância com o pensamento contemporâneo de respeito e valorização a diversidade, buscando um olhar mais consciente das limitações físicas do corpo humano e rompendo com conceitos tradicionais de corpo perfeito dançante, através da dança e valorizando a participação de todos. Parte da premissa de que a arte é ferramenta fundamental para a quebra de paradigmas.
Neste projeto o festival contará com a participação de 45 grupos artísticos de Porto Alegre e região metropolitana, oriundos das Apaes, que trabalham e desenvolvem performances na área da dança, através da orientação de pedagogos habilitados. Os grupos profissionais convidados, Grupo Crepúsculo de Belo Horizonte, Carla Vendramin e o Grupo Pulsar do Rio de Janeiro, possuem ampla experiência com o tema dança inclusiva e qualificam o festival.
O festival acontecerá paralelamente em dois locais: durante o dia, as Apaes apresentarão seus trabalhos no espaço Multipalco (15 instituições por dia) e a noite haverá apresentações com os grupos convidados no Theatro São Pedro. Importante destacar que cada instituição Apaes que participar da mostra, receberá o montante de R$ 500,00 de cachê.
Sobre as oficinas, a primeira será realizada logo no início do festival, como primeira atividade com vagas para 60 alunos. Esta oficina acontecerá no Multipalco São Pedro e se estenderá durante toda a manhã, encerrando-se no meio dia. Tem como objetivos na interação entre os corpos a criação de movimentos, encorajando corpos muitas vezes embotados e contidos, estimulando a sensibilidade ao toque e a interação com outras pessoas; jogos rítmicos e coletivos, em que se trabalha a musicalidade no movimento dançado e senso de grupo e busca desenvolver o potencial criativo do participante.
Para participar desta oficina, os interessados deverão encaminhar também um e-mail demonstrando interesse, sendo que as vagas serão preenchidas, de acordo com a ordem de inscrição de cada aluno. A segunda oficina ocorrerá no segundo dia do festival, esta é focada no público de professores, ocupando 40 vagas, que poderão servir de multiplicadores da proposta. Sugerimos que nas oficinas para os alunos sejam reservadas uma vaga para cada Apae, afim de assegurar melhor participação de todas as unidades Apaes inscritas no projeto.
O projeto demonstra preocupação no acompanhamento e atendimento aos participantes com necessidades especiais, disponibilizando uma equipe responsável, “monitores devidamente habilitados”, por entrar em contato com hotéis, restaurantes e transporte, para que todas as necessidades sejam atendidas.
O evento será realizado no espaço do Theatro São Pedro e Multipalco, o proponente informa medidas de acessibilidade. “Ambos os espaços que serão utilizados para a realização do festival adequam-se às normas de acessibilidade, oferecendo banheiros adaptados, elevador e rampas para cadeirantes, sendo reservados também assentos para idosos, gestante e pessoas com necessidades especiais. Vale ressalvar que o projeto tem como escopo fundamental atender a pessoas com necessidades especiais”.
Em outro momento do texto informa “O espaço do evento receberá atenção especial para enquadrar-se às normas de inclusão e acessibilidade”.
Em relação à democratização de acesso, o proponente informa no plano de distribuição, que não haverá venda de ingressos e o acesso ao local se dará através de ordem de chegada. As Apaes serão convidadas a participar do festival via telefone, e-mail e pessoalmente.
O plano básico de divulgação contará com assessoria de imprensa, pacotes de veiculação da divulgação do evento (“o orçamento individual de uma veiculação é muito mais oneroso para um projeto, portanto busca-se fechar pacotes com as empresas de comunicação”), conforme especificado em diligência. Com relação ao material de divulgação cartazes, folders com a programação e camisetas. O evento apresenta repercussão local.
O projeto contribui para o alcance dos objetivos da Lei 13.490/2010 e para o desenvolvimento da área ou segmento cultural em que se insere o projeto.
Os custos previstos alcançam valor total é de R$ 265.150,00. No entanto, devido a demanda de projetos e para um melhor ajuste da proposta, o projeto recebe glosa de R$ 53.600,00 nos seguintes itens:
1.1 restando R$ 5.250,00
1.2 restando R$ 1.250,00
1.3 restando R$ 0,00
1.4 restando R$ 0,00
1.5 restando R$ 0,00
1.8 restando R$ 900,00
1.10 restando R$ 4.500,00
1.11 restando R$ 0,00
1.33 restando R$ 1.800,00
1.35 restando R$ 2.900,00
2.1 restando R$ 2.000,00
2.2 restando R$ 3.000,00
2.3 restando R$ 800,00
3.2 restando R$ 0,00
NOTA: Ressaltamos que a análise se deteve nas informações disponibilizadas no projeto, sendo estas de inteira responsabilidade do proponente.
3. Em conclusão, o projeto “Incorpore – Festival de Dança Inclusiva”, é recomendado para avaliação coletiva, em razão do seu mérito, relevância e oportunidade, podendo receber incentivos até o valor de R$ 211.550,00 (duzentos e onze mil e quinhentos e cinquenta reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento as Atividades Culturais – Pró Cultura RS.
Porto Alegre, 07 de abril de 2016.
Letícia Maria Lau
Conselheira Relatora
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13:30 horas do dia 11 de abril de 2016.
Presentes: 17 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Aldo Gonçalves Cardoso Junior, Ruben Francisco Oliveira, Lisete Bertotto Corrêa, Adriana Donato dos Reis, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Valéria Tovar Verba, Marco Aurélio Alves, Maria Silveira Marques, Jacqueline Custódio, Vinicius Vieira, Susana Fröhlich e Walter Galvani.
Contrários: Rafael Pavan dos Passos e Luiz Carlos Sadowski da Silva.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 28/04/2016 e considerados prioritários.
Dael Luis Prestes Rodrigues
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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