O projeto “PORTO ALEGRE MUSICAL - 2ª EDIÇÃO - 2017” é recomendado para a avaliação coletiva.
1. O projeto cultural “Porto Alegre Musical, 2ª. Edição 2017” está apresentado pelo produtor Diogo k. Severo Produções, CEPC 5314, que terá a função de captar recursos. O projeto está inscrito na área da música e tem sua realização prevista para o período de 30 de março a 02 de abril de 2017, no largo Glênio Peres em Porto Alegre. Todas as atividades previstas terão entrada franca. Na equipe principal consta Vitor Ortiz como diretor administrativo do projeto, Pedro Henrique Longhi como captador de recursos e Diogo K Severo como coordenador geral. O contador será Milton Dinor Deconto e o orçamento do projeto prevê um investimento de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).
O proponente informa que em um palco montado à rua, no Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado Público, Centro de Porto Alegre, serão realizadas duas noites de shows gratuitos integrados à programação da 2ª edição da Virada Sustentável - festival de mobilização e educação para a sustentabilidade — o projeto amplia seu escopo e agrega a seu valor intrínseco — artístico e sociocultural — o valor da conscientização para a sustentabilidade.
Vislumbrando um público que circula e trabalha próximo ao centro da capital, mas que nem sempre se dirige aos bairros centrais nos finais de semana — onde boa parte da programação da Virada Sustentável será desenvolvida — estes espetáculos do projeto Porto Alegre Musical são a ponta de contato da Virada com esse público mais carente de oportunidades culturais e de lazer. Por isso, novamente espetáculos populares e de qualidade artística foram escolhidos para esta 2ª edição do projeto. Na primeira noite, a Orquestra da Ulbra fará um concerto especial com a participação de 5 dos maiores cantores dos gêneros gaúcho/tradicionalista/nativista: Shana Muller, Sérgio Rojas, Chico Saratt, Marcelo Caminha e Neto Fagundes. A segunda noite novamente será reservada ao samba. Nesta edição serão convidados para uma celebração dois dos maiores blocos de carnaval de rua de Porto Alegre: Bloco da Laje e Turucutá vão agitar o centro de Porto Alegre e comemorar a chegada da 2ª edição da Virada Sustentável.
O projeto que pretende atingir 5.000 pessoas contempla, também, 01 oficina de tamborim e 01 curso sobre os grandes festivais nativistas.
O projeto Porto Alegre Musical pretende repetir o sucesso alcançado em sua primeira edição, qualificando ainda mais sua proposição. Em essência busca oferecer, gratuitamente, oportunidades de fruição artística e cultural através de espetáculos musicais de grande qualidade estética, privilegiando estilos musicais intrinsecamente ligados à nossa formação identitária do sul do Brasil.
Privilegiando o samba e a tradicional música gaúcha, nesta segunda edição inova propondo para a primeira noite um espetáculo concebido pelo maestro Tiago Flores. Para a segunda noite, aprimora a celebração promovida pelo Bloco da Laje e sua alegria que convidou todos a brincar, agregando a percussão contagiante do Bloco Turucutá. A qualidade, a originalidade e o apelo provocado pelos ritmos gauchescos.
O local escolhido é ponto de encontro de diferentes comunidades, assim como é local de passagem, de grande circulação de moradores da Grande Porto Alegre. O projeto pretende sensibilizar artisticamente um público que não tem o hábito de frequentar teatros e casas de espetáculos e favorecer a convivência em espaços culturais públicos — no caso do Largo Gllênio Peres, circundado pelo Mercado Público, Chalé da Praça XV, Abrigo dos Bondes e Paço Municipal, de reconhecido valor histórico-cultural, e um dos mais importantes da área central da cidade.
É o Relatório.
2. Apresentado dentro do que preconiza o sistema estadual de financiamento e incentivo Pró-Cultura RS, o projeto permite, através de seus anexos, justificativa, metas e planilha orçamentária compreender a amplitude da proposta, assim como elaborar o presente relato.
As viradas culturais estão sendo realizadas em vários estados brasileiros, conquistando expressivo público e grandes espaços de divulgação nos meios de comunicação, aproveitando a tendência comportamental do público adolescente e jovem que vem mostrando preferência por atividades culturais em horários alternativos e, muitas vezes, com longa duração.
Uma das questões relevantes para que os espetáculos do Porto Alegre Musical integrem a Virada Sustentável é a de comunicar e ser exemplo in loco das ideias e práticas sustentáveis, tanto no que diz respeito ao correto tratamento e destinação dos resíduos produzidos durante as apresentações, quanto nas práticas quotidianas do público. Para isso, o proponente irá contratar a “Cooperativa Mãos Verdes” a fim de desenvolver uma estratégia especial para esse fim: desenvolver os conteúdos do Placar da Virada — que funciona desde a tarde nos dois dias de shows dando dicas de uso racional dos recursos, compensações possíveis e a gestão do resíduo recolhido no local do evento.
O mérito das atividades artístico-culturais deste projeto reside na união de gêneros e estilos musicais diferentes e que primam pela qualidade. Uma ação envolvendo o erudito, o nativismo e o samba terá para além do resultado sonoro ou de palco, a integração de públicos diversos que poderá ampliar sua visão sobre a música produzida no Rio Grande do Sul e isto já é suficientemente meritório para que um projeto receba recursos públicos.
O curso e a oficina acontecem na semana que antecede os espetáculos, servindo de atividade motivadora e também como oferta de conteúdo. O curso sobre os Grandes Festivais Nativistas será desenvolvido no StudioClio, em um turno, para aproximadamente 50 pessoas, com entrada franca, mas inscrição prévia, sob coordenação do professor doutor Francisco Marshall. Já a oficina de tamborim acontecerá ao ar livre, em um espaço público central da cidade, também em um turno.
Estranha que um projeto com tal amplitude e visão tão apurada para as questões ambientais e de segurança não contemple nenhuma ação voltada a pessoas com deficiência ou idosos, no mínimo, para cumprir com o que preconiza o Estatuto do Deficiente e do Idoso para projetos que pretendem utilizar recursos públicos. Sem a menor interferência na essência do projeto, sugiro ao proponente que se ocupe também destas premissas a fim de tornar seu projeto ainda mais atraente e relevante.
A oportunidade de tal iniciativa, que chega com a chancela da Secretaria de Estado da Cultura, será ainda maior com a participação de outras fontes de financiamento como o Ministério da Cultura, Ministério do Meio Ambiente e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, considerando que se trata de evento de importância singular, porém com custos elevados para serem bancados exclusivamente pelo Sistema Pró-Cultura.
Objetivando que a planilha orçamentária esteja em consonância com grande parte dos projetos aprovados pelo Conselho Estadual da Cultura, os itens nominados a seguir receberão uma glosa, a saber:
Item
Valor Proposto
Glosa
Valor que permanecerá
1.1 – locação de palco
40.000,00
8.000,00
32.000,00
1.7 – locação de camarin
16.400,00
3.280,00
13.120,00
1.8 - Roadies
5.200,00
1.040,00
4.160,00
1.9 – aluguel de gerador
10.000,00
2.000,00
1.10 – locação banheiros quimicos
3.400,00
680,00
2.720,00
1.11 – locação de grandes de conteção
8.500,00
1.700,00
6.800,00
1.12 – produção executiva
1.13 Fundo de palco lonas
6.500,00
1.300,00
1.14 – Diretor de Palco – apresentador
6.000,00
1.200,00
4.800,00
1.16 – Locação de telões de led
23.000,00
4.600,00
18.400,00
1.17 – Decoração camarins
5.420,00
0
1.28 – serviço de formulação de conteúdos
4.500,00
900,00
3.600,00
impressa
18.000,00
14.400,00
2.4 – Assessoria de Imprensa e divulgação
5.800,00
1.160,00
4.640,00
2.5 – Assessoria para mídias sociais
720,00
2.880,00
3.1 – Captador de recursos
28.000,00
5.600,00
22.400,00
3.2 – Diretor Administrativo
9.000,00
1.800,00
7.200,00
3.3 – Auxiliar administrativo
5.500,00
1.100,00
4.400,00
3.4 – Coordenação geral
9.130,00
1.826,00
7.304,00
Total
51.626,00
Cabe considerar que a relevância deste projeto consiste no universo de público a ser contemplado, assim como a movimentação na economia da cultura em momento em que as ações abertas a todos os públicos necessitam ser estimuladas a fim de estimular novas e diferenciadas propostas.
Para que o projeto esteja apto a captar recursos, deverá apresentar carta de anuência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para sua realização no local pretendido.
3. Em conclusão, o projeto “Porto Alegre Musical - Segunda Edição - 2017” é recomendado para a avaliação coletiva, em razão de seu mérito, relevância e oportunidade, podendo captar recursos do Sistema Pró-Cultura até o limite de R$ 312.374,00 (trezentos e doze mil, trezentos e setenta e quatro reais).
Porto Alegre, 06 de outubro de 2016.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 10 de outubro de 2016.
Presentes: 20 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Ivo Benfatto, Paula Simon Ribeiro, José Mariano Bersch, Élvio Pereira Vargas, Erika Hanssen Madaleno, Dael Luis Prestes Rodrigues, Maria Silveira Marques, Ieda Gutfreind, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Vinicius Vieira, Lucas Frota Strey e Walter Galvani.
Abstenções: Bibiana Mandagará Ribeiro e Gilberto Herschdorfer.
Impedimentos: Luiz Armando Capra Filho.
Ausentes no Momento da Votação: Ruben Francisco Oliveira.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 31/10/2016 e considerados prioritários.
Antônio Carlos Côrtes
Conselheiro Presidente do CEC/RS
1.20 – Trabalho fotográfico
20.000,00
4.000,00
16.000,00
2.3 – Midia impressa
3. Em conclusão, o projeto “Porto Alegre Musical - Segunda Edição - 2017” é recomendado para a avaliação coletiva, em razão de seu mérito, relevância e oportunidade, podendo captar recursos do Sistema Pró-Cultura até o limite de R$ 308.374,00 (trezentos e doze mil, setecentos e dez reais).
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