Processo nº 1634-1100/17-5
Parecer nº 354/2017 CEC/RS
O projeto “EXPERIÊNCIA PIRATA - 2018” é recomendado para avaliação coletiva.
1. O processo trata de um pedido de financiamento para a realização da parte artístico-cultural do Experiência Pirata – 2018 – 1º edição, cujo projeto foi devidamente habilitado. O projeto se enquadra na área de ARTES CÊNICAS: teatro e será realizado em 2018.
A proposta do projeto é realizar um espetáculo cênico, literário, interativo e sensorial na cidade de Porto Alegre. Com roteiro de Simone Saueressig, a Experiência Pirata contará a história de uma conquista capaz de realizar desejos. Dividido em diferentes cenários, o espetáculo contará com atores que conduzirão o enredo, mas também com os espectadores, que serão personagens da história.
Será disponibilizado um link na internet através do qual atores profissionais poderão se inscrever para os testes de elenco. Os profissionais da Makki irão selecionar os 20 atores que tiverem o melhor desempenho e tiverem o perfil adequado aos personagens. O processo de seleção deve ocorrer com antecedência mínima de dois meses do início do projeto. Será necessário o grande grupo de atores para que haja revezamento contínuo durante as apresentações. O intuito é de que haja sessões ocorrendo concomitantemente: quando um grupo estiver no quarto cenário, outro já iniciará a sessão no primeiro.
Está previsto cachê teste de R$ 60,00 para 60 artistas. Mais 10 ensaios para 20 atores a R$ 1.200,00 para cada artista. Ter-se-á R$ 2.400,00 para cada um dos 20 atores para as 20 apresentações. Estão orçadas as refeições dos artistas. Registros fotográficos e videográficos. A execução do projeto terá duração de 30 dias, com sessões realizadas no horário do shopping, das 10h às 21h. Estima-se a realização de 20 sessões por dia, com um público de 20 pessoas em cada uma.
Espetáculo Experiência Pirata vai realizar 500 sessões do espetáculo e Oficinas de desenho com 60 sessões.
Localizada na cidade de Estância Velha/RS, tem em seu currículo apresentações em mais de 300 cidades da região sul do país, com seus espetáculos:
QUEDA DE BRAÇO: QUEM É QUE MANDA NO PEDAÇO? (2008);
A CLAUDINHA ESTÁ LÁ FORA (2009);
O FILHO QUE AMAVA A MÃE E A MÃE QUE AMAVA... (2009);
A PRINCESA ENGASGADA (em cartaz desde 2004);
PUM! HISTÓRIAS MAL CHEIROSAS (em cartaz desde 2010);
COMO PAPAI E MAMÃE SE APAIXONARAM (em cartaz desde 2012);
#MARIA VAI COM AS OUTRAS... (em cartaz desde 2014);
HISTORICLETAS (em cartaz desde 2016).
Plano de comercialização e distribuição de ingressos: público total estimado: 12.000 pessoas. Distribuição gratuita: Sedac: 1.200 ingressos; divulgação: 1.200 ingressos; patrocinadores: 1.200 ingressos; escolas públicas e entidades: 1.200 ingressos.
As oficinas serão realizadas de forma integralmente gratuita para um público aproximado de 1.000 pessoas. Haverá registro em vídeo das atividades, que será posteriormente disponibilizado nas redes sociais que serão criadas para o projeto. Comercialização: público em geral: R$ 30,00 (3.600 pessoas); meia-entrada: R$ 15,00 (3.600 pessoas). Para contribuir com a viabilização do projeto, é prevista a cobrança de ingressos a preços populares de R$ 30,00, praticando-se a lei da meia-entrada.
O recurso dos ingressos será destinado a rubricas do próprio projeto. Caso seja possível, a formação de parcerias para cobrir as despesas inicialmente previstas com fonte de comercialização, a receita será destinada para outros itens orçamentários que serão informados ao Pró-cultura. O local planejado para realização é o Centro de Eventos do Barra Shopping Sul. O shopping conta com a visitação de 1.500.000 pessoas ao mês, possibilitando um público estimado em 12 mil visitantes à Experiência Pirata.
COMUNICAÇÃO - Assessoria de imprensa: envio de releases aos principais veículos de comunicação do estado — em especial, aos cadernos de cultura, entretenimento, variedades e lazer. Destacamos os veículos: Zero Hora, Correio do Povo, O Metro, Jornal do Comércio, Jornal ABC Domingo, Jornal NH e demais do Grupo Editorial Sinos, Rádio Itapema, Rádio Gaúcha, Rádio Guaíba, RBSTV, entre outros. Envio de relatórios de mensuração de clipagens ao final do projeto. Redes sociais: posts diários nas redes sociais do projeto (Facebook e Instagram). Outdoor: serão instalados 10 outdoors nas principais vias de acesso à cidade de Porto Alegre e em pontos estratégicos das rodovias da Região Metropolitana que ligam a capital ao interior. Busdoor: serão instalados 30 busdoors em ônibus que transitarão em Porto Alegre. Mídia impressa: Serão publicados anúncios em jornais da capital e/ou jornais da Região Metropolitana
O custo para realização do projeto financiado pelo Sistema LIC/RS é de R$ 240.000,00. De receitas previstas com a comercialização de bens e serviços, há R$ 162.000,00, e de receitas originárias do MinC, R$ 548.000,00.
É o relatório.
2. Um projeto que já conseguiu tantos reconhecimentos, algum mais poderia ter. O evento trata de uma possibilidade de se ofertar mais trabalhos para os atores, condicionando que as atuações que fosse feitas por profissionais ou por pessoas com graduação na área de artes cênicas — por mais que isso já seja dito no projeto. Os atores são o eixo principal da uma produção. Sempre que possível, se for readequado, deve-se colocar mais valores para os atores. É muito importante o incentivo para o profissional. Uma produção que é financiada com recursos públicos e que acontece dentro de um shopping parece muito adequada, pois valoriza cada vez mais os artistas envolvidos. Compreendo as questões de segurança da infraestrutura neste mesmo local que já recebeu uma das melhores atrações culturais do mundo, o Cirque du Soleil, também com lei de incentivo.
Está previsto cachê teste de R$ 60,00 para 60 artistas, que se trata do primeiro contato em forma de entrevista e teste com os possíveis selecionados, uma pratica que a categoria artística de Porto Alegre tem lutado muito para acontecer.
O projeto pode ser encarado também como uma forma de trabalho para as artes cênicas. Além de formação do interesse do público infanto-juvenil, tão carente de atrações cênicas, as crianças, tão ligadas às questões tecnológicas em seus celulares, tablets e computadores, teriam a oportunidade de vivenciar performances de artistas e de serem motivadas por outras práticas culturais. Imagino que tentar buscar isso dentro de um shopping também é tentar capturar eles em lugares que são muito frequentados hoje em dia em função da insegurança das pessoas em relação à violência crescente na cidade. Já que é normal e natural a área de cinema estar em shoppings, será que as artes cênicas não poderiam usar mais estes meios?
Um pouco sobre a autora Simone, responsável pelo texto. Ela nasceu em Campo Bom (RS), em 1964. Publicou seu livro de estreia, O mistério do formigueiro (Kuarup), em 1987. Trabalhou como editora de páginas infantis do Jornal NH e do Diário Ya de Madri (Espanha). Desde a década de 80 atua como professora de dança. Simone tem vários títulos publicados para o público infantil e infanto-juvenil, entre eles O palácio de Ifê (L&PM, 1989), Fortaleza de Cristal (L&PM Editores, 1993), que finalista do Prêmio Tibicuera de Literatura Infantil em 1994, A máquina fantabulástica (Scipione, 1997), Receita para um dragão (Scipione, 1999) e Um vulto nas trevas (2004).
Apesar do espaço privado de acesso público contar com a infraestrutura necessária para receber o projeto e com as devidas condições de segurança e acessibilidade, recomendo e condiciono o espetáculo à apresentação de PPCI no projeto cênico. Recomendo que o projeto possibilite a recepção de todas as pessoas com necessidades especiais.
Devido aos apoios já existentes do Minc e das arrecadações provenientes da venda, acho adequado uma glosa de 30%, ficando vedada a glosa em cachês artísticos.
3. Em conclusão, o projeto “Experiência Pirata - 2018” é recomendado para Avaliação Coletiva, em razão de seu mérito, relevância e oportunidade, podendo vir a receber incentivos até o valor de R$ 168.000,00 (cento e sessenta e oito mil reais) do Sistema Unificado Estadual de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró-cultura – RS.
Porto Alegre, 05 de dezembro de 2017.
Luciano Fernandes
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 05 de dezembro de 2017.
Presentes: 22 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Ivo Benfatto, Paula Simon Ribeiro, Ruben Francisco Oliveira, José Mariano Bersch, Plínio José Borges Mósca, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Erika Hanssen Madaleno, Paulo Cesar Campos de Campos, Dael Luis Prestes Rodrigues, Gilberto Herschdorfer, Maria Silveira Marques, Liana Yara Richter, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Marlise Nedel Machado, Claudio Trarbach, Dalila Adriana da Costa Lopes e Walter Galvani.
Não Acompanharam o Relator os Conselheiros: André Venzon.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 13/12/2017 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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