O projeto “Toque Serrano da Música Instrumental - 2017” é recomendado para a avaliação coletiva.
Produtor Cultural: JBA Produções Culturais Ltda
Período de realização: 01.12 a 02.12. 2017
Área do Projeto: Música
Contadora: Cristiane de M Araújo Contabilidade
1. O Projeto Toque Serrano da Música Instrumental, idealizado pela comunidade cultural de Boa Vista do Sul/RS — Produção Cultural JBA —, pretende realizar nos dias 01 e 02 do mês de dezembro, no Ginásio Poliesportivo da cidade, sua mostra de música instrumental, edição inédita para qualquer compositor do Brasil. Logo após trinta dias, período para recebimento das inscrições com total gratuidade, três pessoas idôneas, com largo conhecimento musical, realizarão uma triagem. 15 serão classificadas para o festival, das quais 10 retornarão ao palco para concorrer às finalistas. Além do festival, há três shows com artistas do regionalismo gaúcho e uma oficina intitulada Violão Gaúcho. 5.000 pessoas são esperadas. 1.000 CDs serão gerados para distribuir às pessoas de baixa renda e para toda a rede escolar.
Dimensão simbólica e os seus desdobramentos:
O Rio Grande do Sul, por tradição, sempre produziu grandes músicos e segue produzindo (rock, MPB, música clássica, entre outros). Estava na hora de um Festival Competitivo Instrumental! Talento, domínio musical e técnica definirão os finalistas.
Dimensão econômica e seus desdobramentos:
Qualquer evento sempre movimenta a rede criativa da cultura e os seus entornos.
Dimensão cidadã e os seus desdobramentos:
O Primeiro Toque Serrano da Música Instrumental irá difundir um conhecimento musical sobre o regionalismo gaúcho, valorizando e preservando com sua mostra competitiva o turismo e outros atrativos da cidade de Boa Vista do Sul. Acesso democrático, gratuidade, lazer, qualidade e cultura para todas as classes sociais serão contempladas pelo evento.
Entre os objetivos específicos e geral há:
Realizar do Primeiro Toque Serrano da Música Instrumental - 2017, reunindo compositores, instrumentistas e arranjadores nas dependências do Ginásio Poliesportivo de Boa Vista do Sul, numa integração entre este município, estado e demais partes do Brasil; beneficiar as pessoas com uma programação de alta qualidade, com shows gratuitos de renomados nomes do tradicionalismo gaúcho; propiciar a difusão da arte e da cultura, fomentando o crescimento de novas plateias.
Metas
Apresentação musical de 15 composições inéditas;
Apresentação de 3 espetáculos contratados;
1 oficina Violão Gaúcho;
Gravação, edição e prensagem de 1000 CDs;
Premiar as 3 melhores composições em primeiro, segundo e terceiro lugar;
Premiar os 3 melhores instrumentistas;
Premiar o melhor arranjo;
Premiar a música mais popular;
Toda a metodologia está amplamente exposta nos anexos do projeto.
Plano de distribuição:
100 CDs para os patrocinadores;
100 CDs para a Sedactel;
250 CDs para as escolas e Secretaria Municipal de Educação;
150 CDs para os concorrentes;
100 CDs para imprensa e divulgação;
50 CDs para o acervo do proponente.
Não haverá comercialização. Total gratuidade.
Carga Horária da oficina de violão: 1 hora.
Houve uma diligência por parte do SAT e foi rigorosamente respondida.
Anuências, regulamento, foto do Local e os demais documentos estão nos anexos do SAT.
No regulamento, tudo sobre os cachês para incentivos e premiações está devidamente explicado.
* É de vital importância que a produção planeje lugares bem localizados para os DEFICIENTES FÍSICOS, tanto para sua cômoda estada e total visibilidade quanto para eventual e rápida desocupação em caso de sinistro (entende-se por tal: incêndio, vendaval e outros). Esta preocupação refere-se ao PPCI, à acessibilidade e a seguros para terceiros.
É o relatório.
2. Existem poucos festivais de música instrumental no Brasil, e menos ainda no Rio Grande do Sul. É bem-vinda e com bons olhos a iniciativa de Boa Vista do Sul ao pensar um festival instrumental com os moldes aqui detalhados; com 15 composições inéditas, premiando os 3 primeiros lugares, os 3 melhores instrumentistas, o melhor arranjo e a melhor música popular. Como se não bastasse, todos receberão prêmios em dinheiro e irão para o CD contendo todas as melodias do festival.
Considerações Finais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais.
Onde eu possa ficar no tamanho da paz (...)
Fragmentos iniciais da letra de Casa no Campo (1973), de Sá, Rodrix e Guarabira, na voz de Elis Regina.
Num festival.nunca se sabe o que vai vir, nem como virá, quem serão os premiados, quais os instrumentos das várias preferências, que desafio encontrarão os jurados, ou se o público gostará ou não dos resultados. Qual será a tendência dos estilos? Os dados serão jogados em dezembro.
Sabe-se que o músico Lucio Dalla, quando de sua apresentação em Sorrento, cidade italiana frente ao mar mediterrâneo, hospedou-se na suíte preferida do TENOR CARUSO. Ventava naquela noite e as cortinas da janela balançavam pelo sopro marinho.Magicamente, ele se sentou ao piano, compondo CARUSO — um dos mais belos clássicos da música contemporânea! No mesmo HOTEL VITTÓRIA, em 1921, Enrico Caruso internou-se neste cômodo, apaixonado por uma aluna de suas aulas de canto. Domenico Modugnho mais tarde trilha pelo mesmo pecado capital e compõe um dos seus clássicos. Pavarotti não se limitou apenas em cantá-las nas suas apresentações… Apaixonou-se e viveu seus últimos dias com uma mulher mais jovem. 28 anos mais tarde, o compositor espanhol Joaquin Rodrigo compõe Aranjuez Mon Amour — composição musical para violão clássico. Notabilizou-se! Um lindo dia de verão… um Jardim… um terraço… uma mulher e um homem sob as árvores e um vento suave… Imagens da abertura do filme Os Belos Dias de Aranjuez. Sempre são recorrentes estes sopros da natureza — ventos… ventanias! Aranjuez, com seu adágio singularmente popular acariciado num violão, pode remeter para uma Andaluza… Claro que na quietude moura dos espanhóis todos os romances pertencem aos inventários do silêncio, se é que houve… o que ficou está na música, no violão e no concerto.
Em dezembro, o que todos nós queremos, além da Casa no Campo, é um festival ao lado dos amigos do peito no exato tamanho da paz, com a certeza dos ilimitados poderes dos músicos e nada mais.
Glosas:
1.1 Apresentadora: glosa de R$ 500,00. Valor final: R$ 2.500,00;
1.2 Diretor de Palco: glosa de R$ 500,00. Valor final: R$ 2.500,00;
1.3 Produtor Executivo: glosa de R$ 1.500,00. Valor final: R$ 4.500,00;
1. Equipamento de sonorização: glosa de R$ 3.000,00. Valor final: R$ 7.000,00;
1.5 Equipamento de iluminação: glosa de R$ 1.000,00. Valor final: R$ 7.000,00;
1.24 Espetáculo-Milton Ferreira: glosa de R$ 4.000,00. Valor final: R$ 7.000,00;
1.25 Espetáculo César Oliveira e Rogério Melo: glosa de R$ 5.000,00. Valor final: R$ 7.000,00;
1.26 Oficina Violão Gaúcho - Marcello Caminha: glosa de R$ 3.000,00. Valor final: R$ 1.000,00;
3.2- Coordenação Geral: glosa de R$ 4.000,00. Valor final: R$ 8.000,00.
Total das Glosas: R$ 22.500,00.
Assim ficou a planilha:
Valor original: R$ 234.208,00.
Valor das glosas: R$ 22.500,00.
Valor final depois das glosas: R$ 211.708,00.
3. Em conclusão, o projeto “Toque Serrano da Música Instrumental – Primeira Edição - 2017” é recomendado para a avaliação coletiva por seu mérito, relevância e oportunidade, estando apto a receber incentivos até o valor máximo R$ 211.708,00 (duzentos e quatorze mil, setecentos e oito reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento à Cultura - Pró-Cultura RS.
Porto Alegre, 19 de julho de 2017.
Élvio Pereira Vargas
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 19 de julho de 2017.
Presentes: 20 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Paula Simon Ribeiro, José Mariano Bersch, Plínio José Borges Mósca, Erika Hanssen Madaleno, Paulo Cesar Campos de Campos, Marco Aurélio Alves, Dael Luis Prestes Rodrigues, Gilberto Herschdorfer, Liana Yara Richter, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Claudio Trarbach, Lucas Frota Strey, André Venzon e Walter Galvani.
Abstenções: Luiz Carlos Sadowski da Silva.
Ausentes no Momento da Votação: Rafael Pavan dos Passos.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 21/07/2017 e considerados prioritários.
Antônio Carlos Côrtes
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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