O projeto “PUA DE OURO - 9ª EDIÇÃO” é recomendado para a Avaliação Coletiva.
1. O Projeto “Pua de Ouro 9ª edição”, habilitado pela Secretaria de Estado da Cultura e encaminhado a este Conselho nos termos da legislação em vigor, trata da realização de um festival voltado à arte da trova em suas três modalidades. É um evento competitivo no município de Caçapava do Sul. O evento está inserido no segmento de Tradição e Folclore e não é vinculado à data fixa.
Tem como objetivo geral: “fortalecer a cultura gaúcha por intermédio da trova galponeira, na região central do estado do Rio Grande do Sul, no município de Caçapava do Sul, com o intuito de promover o intercâmbio e a integração cultural”.
Como objetivos específicos:
- Realizar um concurso de Trova Galponeira (Campeira, Martelo e Estilo Gildo de Freitas);
- Promover três shows musicais e um show de dança;
- Incentivar trovadores, cantores e músicos a defender a cultura do povo gaúcho;
- Promover a valorização, criação e incentivo, tanto dos artistas como do público presente;
- Integrar tradicionalistas, público presente e competidores nas apresentações artísticas e musicais, assim proporcionando aos participantes o aprendizado de nossa arte e da história de nosso povo.
- Beneficiar aos concorrentes com o pagamento de prêmio na forma de incentiva-los a dar continuidade no processo de valorização da arte e da cultura gaúcha.
O produtor apresenta o projeto informando que pretende reunir em Caçapava do Sul grandes nomes da trova gauchesca, objetivando dar continuidade e fruição dos bens culturais de raiz, com resgate a arte da trova. Mais adiante, fala da preocupação com a continuidade deste fato tradicional no RS que é a trova, pois, como nos relata, existem no estado em torno de aproximadamente apenas 100 trovadores se apresentando e cultivando esta arte tradicional. Desses 100, seis são jovens de até 15 anos e outros 8 jovens de até 21 anos. Os demais são adultos e veteranos. Continua informando que esta estimativa foi feita em conversas informais com trovadores que estão na atividade e que demonstram preocupação com a escassez de incentivos a esta arte tradicional no RS.
Deverá ocorrer intercâmbio entre os trovadores, artistas que virão abrilhantar o evento, e o público, sendo que o acesso gratuito facilita este entrosamento.
Dimensão Simbólica: o 9º Pua de Ouro pretende fortalecer a continuidade da trova, através do simbolismo de expressar uma das artes mais autenticas dos gaúchos, vindo a impulsionar os artistas amadores e novos talentos da trova na expansão e qualificação destes com o meio artístico. O proponente coloca que “O meio cultural gaúcho depende muito de atividades como esta para que continue a se desenvolver e criar novos talentos, os quais certamente surgirão destes festivais amadores, (...). Como fator determinante no desenvolvimento artístico e como atrativo cultural, o festival trará três shows gaúchos na linha nativa e campeira, proporcionando uma interação musical junto aos trovadores, fortalecendo laços de irmandade e propiciando o intercâmbio cultural, necessário para todos nós crescermos artisticamente”.
Dimensão econômica: O produtor acredita que o evento terá extrema importância, pois a aplicação de recursos em um evento de trova vai beneficiar os artistas desta modalidade cultural e marcar a cidade como gestora cultural de evolução, incentivo e desenvolvimento da arte da trova, beneficiando também o comercio local, rede hoteleira e demais atividades econômicas da região.
Dimensão Cidadã: é dito pelo proponente que “O Pua de Ouro como festival puramente de “trovas”, que é uma das mais antigas artes gaúchas, serve para relembrar que no aspecto de direitos básicos de nossa sociedade, temos como propósito de não deixar esta modalidade ir aos poucos sendo esquecida, pois temos um pouco de dever e responsabilidade como gestores culturais de propiciar a arte como um direito de todos e que possamos usufruir todas as atividades gratuitamente”.
O produtor cultural é JESPROART Produções Artísticas, CEPC 4209, cuja responsável legal é Ileida Maria Vasconcelos de Souza.
Da equipe principal consta JESPROART na coordenação.
O contador é Vantuil Santos de Lima, CRC 56466.
Não tem outros participantes.
O valor do projeto é de R$ 101.360,00, que é totalmente solicitado ao Sistema LIC.
Não tem recursos próprios, nem receitas originárias da Prefeitura.
Não tem previsão de receitas de comercialização de bens e serviços.
O evento tem entrada franca para o público.
Encontra-se em anexo o Conteúdo Programático da Oficina de Trova, que será ministrada por Paulo Rogerio Lima Chaves, Trovador Cravinho.
As imagens captadas com valor mencionado na rubrica 1.7 servirão para registro em DVD que será distribuído gratuitamente como consta no plano de distribuição devidamente descrito na rubrica 12.2.
Estão previstas 12 premiações em dinheiro e 20 troféus para participantes e colaboradores.
É o relatório.
2. O projeto está adequadamente formatado, instruído com os documentos necessários para a apreciação do seu mérito. Apresenta o contrato entre produtor, plano de divulgação, programação, orçamentos, currículos, anuências.
Concursos de Trova têm público específico que vem ao local para acompanhar, apoiar e torcer pelos participantes. É um momento de encontro e de confraternização entre trovadores, famílias e público em geral.
Não se refere a lugares reservados para idosos e pessoas com deficiências. Percebe-se que, ao redigir o projeto, houve um engano quanto a “medidas de acessibilidade”, que não estão privilegiadas no mesmo. No campo da dimensão cidadã devem estar especificadas as questões de acessibilidade e conforto para pessoas com necessidades especiais.
Não apresenta plano de prevenção de incêndios, nem de redução de impacto ambiental.
Os valores solicitados ao Sistema LIC no projeto em tela estão compatíveis com os de outros eventos similares.
Por fim, condiciona-se a liberação dos incentivos da LIC à apresentação junto ao gestor de um plano de acessibilidade, de prevenção de incêndios e de redução de impacto ambiental.
3. Em conclusão, o projeto “Pua de Ouro - 9ª Edição” é recomendado para a Avaliação Coletiva em razão do seu mérito cultural, relevância e oportunidade, podendo receber incentivos no valor de R$ 101.360,00 (cento e um mil, trezentos e sessenta reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró-Cultura RS.
Porto Alegre, 12 de agosto de 2017.
Paula Simon Ribeiro
Conselheira Relatora
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 14 de agosto de 2017.
Presentes: 18 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Ivo Benfatto, Ruben Francisco Oliveira, Élvio Pereira Vargas, Erika Hanssen Madaleno, Paulo Cesar Campos de Campos, Marco Aurélio Alves, Dael Luis Prestes Rodrigues, Gilberto Herschdorfer, Maria Silveira Marques, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Claudio Trarbach, Dalila Adriana da Costa Lopes, André Venzon e Walter Galvani.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 22/08/2017 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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