O projeto “YANGOS: BRASIL, SIM SENHOR! 1ª EDIÇÃO 2018” é recomendado para avaliação coletiva.
1. O projeto inscrito na área da música com período de realização previsto entre os 31de maio de 2018 à 10 de novembro de 2018, tem como Produtor, Tomás Paese Savaris com CEPC 6019, acumulando, neste projeto, as funções de Produtor e Músico. Em sua equipe principal figuram: Luciano Balen ME, com a Função de Diretor Artístico; César Alexandre Casara, Rafael Antunes Scopel, Cristiano Neto Klein, todos ocupando as Funções de Músico; Natália Biazus como produtora Executiva; Paulo Pretz como fotógrafo; ZPH Comercio e Servicos Eireli - Ponto Quatro Digital que será responsável pela Prensagem do Disco com Encarte; Alta Voz Producoes Artisticas LTDA, empresa incumbida da Gravação, Mixagem e Masterização do CD e Produção do Vídeo de divulgação; Gabriela Belnhak na Assessoria de Comunicação; Thiago Wilbert na função de Elaboração dos Materiais Gráficos e Artes Gráficas para Divulgação do Álbum e dos Shows; Tendo ainda como Contador, Ricardo Bertoldo CRC 089679/O RS.
O projeto aporta Recursos próprios do proponente no valor de R$ 3.420,00 correspondendo a 2,9% do valor total e solicita ao do Sistema Unificado de Apoio e Fomento à Cultura R$ 114.600,00 equivalente a 97,1% do valor total de R$ 118.020,00 (100%).
O projeto em tela prevê a gravação do disco Brasil, sim senhor! com onze músicas inéditas e a realização de cinco shows de lançamento além da produção de um vídeo de divulgação. YANGOS é um dos grupos referência da música instrumental gaúcha, sua sonoridade ultrapassa fronteiras e estabelece uma conexão entre ritmos folclóricos sul-americanos e uma vibração contemporânea jazzística. Com apresentação nada protocolar e intensa, as composições do quarteto agregam característica ímpar a chamamés, milongas, chacareras, zambas e rasguidos. A realização do projeto está prevista para o decorrer de 2018, e os shows de lançamento em cinco cidades: Caxias do Sul, Porto Alegre, Pato Branco, São Paulo e Belo Horizonte.
Brasil, Sim Senhor! remete a uma nova roupagem harmônica e melódica da música feita no sul da América. Mais que um trabalho, trata-se de um estado de espírito que une linguagens musicais distintas. O repertório do álbum prevê músicas autorais inéditas com base na raiz musical do sul da América do Sul (chacareras, zambas, rasguidos, chamamés, valsas, huaynos e milongas), pois são ritmos e gêneros usualmente tocados no Rio Grande do Sul, e integram a cultura e identidade rio-grandense. A concepção criativa deve respeitar a temática do projeto, ou seja, a união de elementos culturais do povo gaucho (sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) com uma perspectiva urbana que remete à ousadia dos arranjos musicais propostos pelo quarteto. YANGOS acredita na música sem fronteiras, assim como, na ideia que a música gaúcha também é brasileira. Nas palavras de Vitor Ramil, na obra a Estética do Frio, ´Somos a confluência de três culturas, encontro de frialdade e tropicalidade. Qual é a base da nossa criação e da nossa identidade se não essa? Não estamos à margem de um centro, mas no centro de uma outra história´. Por isso, Brasil, Sim Senhor!
A realização do projeto é motivada pelo desejo de romper as fronteiras da musicalidade feita no sul do Brasil proporcionando a novos públicos o contato com o diálogo nada comum entre ritmos e gêneros característicos do povo latino-americano acrescidos de uma fusão com a contemporaneidade musical. Levando o álbum e os show de lançamentos para importantes cidades de nosso país, o acesso aos espetáculos será realizado com entrada franca, visando assim, a democratização do acesso do público. Além disso, o sistema de entrada franca servirá como ferramenta facilitadora para a formação de plateia. Os locais previstos para a realização dos espetáculos preveem as medidas de acessibilidade a todas as pessoas.
É o relatório.
2. A música instrumental está em ascensão no estado do Rio Grande Do Sul. Parte-se da lembrança de nomes com Gessé Silva, Geraldo Flach e Plauto Cruz, e chega-se aos atuais como Renato Borghetti, James Liberato, Bethy Krieger e Luizinho Santos, Arthur de Faria, Pedrinho Figueiredo, Luciano Balen e Beto Scopel do CCOMA, Cristian Sperandir e Samuca do Acordeão que, em vários gêneros e estilos, se empenham em executar, pesquisar, estudar, desenvolver e divulgar a música instrumental do nosso estado. O grupo YANGOS se insere neste contexto, e vem trabalhando a música instrumental desde 2005. Segundo o registrado na enciclopédia livre Wikipédia, O grupo Yangos é composto pelos músicos César Casara, Cristiano Klein, Rafael Scopel e Tomás Savaris, possui forte influência da música latino-americana e regional contemporânea. O quarteto é conhecido por difundir a música regional gaúcha de uma forma contemporânea. Estabelecido em Caxias do Sul no Rio Grande do Sul, levou a música instrumental gaúcha para todo o Brasil e também para a Argentina através de shows ao vivo e programas de TV. Ao lado de músicos de reconhecimento internacional como LúcioYanel e Dante Ramon Ledesma, o quarteto instrumental Yangos apresenta seu trabalho contemplando gêneros musicais de raiz sul-americana como milonga, rasguido-doble, chamamé, tango, zamba gaucha e chacarera. No Brasil, Yangos já lançou três trabalhos em CD e DVD: Tangos y Milongas (2009), Às Pampas (2013), Pampa: Pátria de Todos (2016), gravado em parceria com o cantor argentino Dante Ramon Ledesma. O quarto projeto, intitulado Chamamé (2016), foi lançado na Argentina durante a Fiesta Nacional del Chamamé em Corrientes, com produção do maestro argentino Lucio Yanel e teve lançamento previsto no Brasil em janeiro deste ano. O trabalho realizado com o cantor Dante Ramon Ledesma, foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música. Entre as influências do Quarteto Instrumental Yangos, pode-se citar como principais Astor Piazzolla com o nuevo tango, Richard Galliano mudando a música tradicional francesa para o new musette , Lúcio Yanel que introduziu o chamamé no Rio Grande do Sul, Raul Barboza e Nini Flores que levaram o chamamé para todo o mundo.
Este projeto que tem por objetivo produzir o álbum YANGOS ´Brasil, Sim Senhor!´, com distribuição físico e digital, com shows de lançamento a serem realizados em Caxias do Sul, Porto Alegre, Pato Branco, São Paulo e Belo Horizonte; aumentar seu público de interação; contribuir com a inserção da música feita no Rio Grande do Sul no mapa da música brasileira; e inscrever o álbum a importantes prêmios da música, justifica-se plenamente em seu mérito cultural, sua relevância e oportunidade. Está adequadamente formatado e instruído com os documentos necessários. E, as inconsistências apontadas pelo SAT foram sanadas. Mostra-se enxuto em todos os seus orçamentos com valores compatíveis aos praticados no mercado. Oferece como contrapartida, sem nenhum ônus para o estado, cinco oficinas em Escolas Estaduais de Caxias do Sul. Serão na realidade “Palestras Musicadas”, ministradas pelos próprios integrantes do grupo que, além da formação superior como arte-educadores através de cursos de licenciatura em música de alguns deles, tem larga experiência como professores de música. O objetivo principal a ser galgado nessas palestras é falar sobre a música instrumental e sua forma de comunicação, onde o grupo contribui culturalmente com sua sociedade e permite que todos tenham a mesma oportunidade de conhecimento.
Para a realização dos shows, o grupo apresenta cartas de intenção de recebimento deste espetáculo pelo SESC Palladium BH/MG, SESC-RS, SESI-Curitiba/PR e do Centro Cultural de Música Instrumental Jazz nos fundos de São Paulo.
3. Em conclusão, o projeto “Yangos: Brasil, Sim Senhor! 1ª Edição 2018” é recomendado para a Avaliação Coletiva em razão do seu mérito cultural, relevância e oportunidade, podendo receber incentivos no valor de R$ 114.600,00 (cento e quatorze mil e seiscentos reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento as Atividades Culturais – Pró-Cultura RS.
Porto Alegre, 25 de setembro de 2017.
Paulo de Campos
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 27 de setembro de 2017.
Presentes: 19 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Ivo Benfatto, Paula Simon Ribeiro, Ruben Francisco Oliveira, José Mariano Bersch, Élvio Pereira Vargas, Antônio Carlos Côrtes, Erika Hanssen Madaleno, Gilberto Herschdorfer, Maria Silveira Marques, Liana Yara Richter, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Claudio Trarbach, Dalila Adriana da Costa Lopes e Walter Galvani.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 28/09/2017 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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