Processo nº 2060-11.00/17-1
Parecer nº 355/2017 CEC/RS
O projeto “1º CATAVENTO - 2018” é recomendado para a avaliação coletiva.
1. Este projeto tem como produtor cultural Robinson Padilha Cabral, CEPC: 6198, tendo como locais de realização as cidades de Caxias do Sul/RS, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e Rio De Janeiro/RJ. Seu período de realização está previsto para acontecer de 14 de julho de 2018 a 29 de setembro de 2018. A área do projeto é a de Música.
A equipe de produção é formada por: Robinson Padilha Cabral, que tem as funções de Produtor Cultural e Serviços Contábeis; Luciano Balen, as de Mixagem e Masterização; Jonas Bender Bustince, as de Produção Executiva e Distribuição Digital; Breno Bertoldo Dalla Zen, tendo como função a de Direção de Designer; Francisco Maffei, a de Produção Musical. A banda Catavento, por sua vez, é formada pelos músicos: Leonardo Rech, guitarra/vocal; Leonardo de Frizzo Lucena, guitarra/baixo/vocal; Eduardo Lima Panozzo, baixo/guitarra/vocal; João Guilherme Boaventura, teclados/vocal; Lucas Bustince Bender, bateria; e Francisco Maffei, efeitos/teclados/vocal.
O projeto em tela foi cadastrado em 16 de outubro p.p., permanecendo em análise e diligências, quando foram sanadas algumas dúvidas, até a data de sua habilitação pelo SAT em 13 de novembro. Ele foi enviado posteriormente para avaliação do Conselho Estadual de Cultura – CEC e encaminhado a este conselheiro em 20 de novembro de 2017.
Trata-se de um projeto que, quando cadastrado, já havia sido pré-selecionado no Edital Natura Musical RS, prevendo gravação, produção, distribuição e circulação do terceiro álbum de estúdio do artista Catavento. E que 500 CDS serão prensados, serão ainda produzidos registros audiovisuais, além de três videoclipes e quatro shows de lançamento em Porto Alegre, Caxias do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em suas justificativas, o produtor faz referências ao histórico da banda Catavento, em sua dimensão simbólica, afirmando que os dois álbuns lançados até agora repercutiram a ponto de referenciá-los na “Nova Psicodelia Brasileira”. Há cinco anos, entre lançamentos e shows pelo país e ainda vivendo na fria e industrial Caxias do Sul, a banda, neste terceiro disco proposto, abre-se à inquietação musical recorrente dos seus principais compositores. Sobre a Dimensão econômica, fala que a aprovação do projeto pelo edital Natura proporcionará um impulso nacional para o grupo do interior do Rio Grande do Sul, contribuindo para que o artista e o trabalho de Caxias do Sul, para que seja apreciado em grandes centros urbanos, e fazendo com que o grupo atinja novos públicos Brasil afora. Quanto à Dimensão cidadã, diz:
Todo o álbum será disponibilizado para download gratuito e terá uma versão full no youtube, completamente animada interativa, num trabalho de colagem desenvolvido pelo artista visual Leo Lucena, também membro da Catavento. O grupo desenvolverá uma ação de lançamento do disco para crianças residentes da periferia de Caxias do Sul, no Centro Cultural Beltrão de Queiroz.
Entre seus objetivos, estão: a produção do novo CD do artista Catavento; a distribuição através de disponibilização gratuita na internet; a divulgação através da produção de conteúdo audiovisual; e a realização de apresentações musicais de lançamento do novo álbum. E ainda: aumentar o público do artista Catavento; aumentar a visibilidade de outros músicos e grupos do Rio Grande do Sul; contribuir para o desenvolvimento sociocultural da região; e buscar indicações a importantes prêmios de destaque na música brasileira.
É o relatório.
2. O projeto está adequadamente formatado, instruído com os documentos necessários para a apreciação do seu mérito, podendo desta forma ser considerado oportuno e relevante. Este projeto está claramente elaborado dentro das exigências do Edital Natura Musical RS e direcionado para esse fim.
Semelhante ao projeto “Yangos: Brasil, Sim Senhor! 1ª Edição 2018”, também relatado por este conselheiro e tendo sua recomendação acolhida por unanimidade por este Pleno há poucos dias, os dois destinavam-se a participar do referido edital.
Muito alegra este conselheiro poder inserir neste relato que justamente estes dois projetos estão entre os três do Rio Grande do Sul, classificados entre os vinte e um, de todo o Brasil, que contemplam artistas e bandas. No Natura Musical 2018 tinham 1.618 projetos inscritos. O resultado foi anunciado dia 28 de novembro p.p., com a seleção de vinte e um artistas ou bandas, dez festivais e dois eventos emblemáticos do mercado musical, totalizando trinta e três projetos aprovados. Eleva-se culturalmente a cidade de Caxias do Sul, que, além de suas duas bandas vencedoras, ainda classificou o projeto Música de Rua na categoria Festivais.
Em uma das respostas de diligência do SAT, o produtor emite a seguinte informação:
Sobre o esclarecimento de os músicos não receberem remuneração: Inicialmente o projeto estava orçado em R$ 112.000,00 prevendo o pagamento dos ensaios dos músicos para a produção do álbum, porém como o projeto foi pré-selecionado para o Natura Musical com o valor máximo de R$100.000,00, obrigou a readequação do mesmo. Os integrantes da banda, por já se sentirem contemplados pelo fato de poderem gravar, divulgar e lançar o seu terceiro álbum, abriram mão dessa remuneração para que o orçamento do projeto se encaixasse dentro do valor proposto pela Natura para o patrocínio via LIC.
O projeto inclui em suas metas a produção de dez músicas autorais, prensagem dos 500 CDS, liberação das dez músicas para streaming e para download gratuito, produção de três vídeos e de álbum com registros audiovisuais, e Shows de lançamento em Caxias do Sul/RS, em Porto Alegre/RS, em São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. Nos valores de produção estão incluídas todas as despesas de deslocamento aéreo e terrestre, hospedagem e alimentação de toda a equipe da banda Catavanto, viabilizando assim a realização dos quatro shows de lançamento. Todos os orçamentos estão adequados e dentro dos valores praticados no mercado.
A acessibilidade e a apresentação de PPCI para todos os locais onde acontecerão os espetáculos são condicionantes para a liberação de recursos.
3. Em conclusão, o projeto “1º Catavento - 2018” é recomendado para avaliação coletiva, em razão do seu mérito, relevância e oportunidade, podendo receber incentivos até o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do Sistema Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró Cultura RS.
Porto Alegre, 06 de dezembro de 2017.
Paulo de Campos
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 06 de dezembro de 2017.
Presentes: 20 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Jaime Antônio Cimenti, Ivo Benfatto, Paula Simon Ribeiro, Ruben Francisco Oliveira, Plínio José Borges Mósca, Élvio Pereira Vargas, Gilberto Herschdorfer, Maria Silveira Marques, Liana Yara Richter, Marlise Nedel Machado, Luciano Fernandes, Claudio Trarbach, Dalila Adriana da Costa Lopes e Walter Galvani.
Não Acompanharam o Relator os Conselheiros: Antônio Carlos Côrtes, Rafael Pavan dos Passos e André Venzon.
Abstenções: Luiz Carlos Sadowski da Silva.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 13/12/2017 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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