Processo nº 19/1100-0000714-2
Parecer nº 247/2019 CEC/RS
O projeto NAVEGANTES DO FUTURO – 8 MANEIRAS DE MELHORAR O MUNDO – 1ª EDIÇÃO 2019 é recomendado para avaliação coletiva.
1. O projeto cultural Navegantes do futuro – 8 maneiras de melhorar o mundo – 1ª edição 2019 está proposto por CIDA CULTURAL, sua responsável legal é Maria Aparecida Herok, com a função de gestora do projeto, captação de recursos, coordenação geral e direção de produção do projeto, seu período de realização é de 14 de março de 2020 a 30 de abril de 2020.
A área do projeto é Teatro e será realizado em Porto Alegre, no Theatro São Pedro, em Osório, no Auditório da Câmara Municipal e, na Biblioteca Fernandes Bastos, em Santa Cruz do Sul, tanto na forma de espetáculo, como sob a forma de oficina será no Auditório do Colégio Mauá, na cidade de Campo Bom o espetáculo e a Oficina acontecerão no Centro Cultural Marlise Saueressig e, novamente, em Porto Alegre, acontecerá na Associação dos cegos do Rio Grande do Sul. O valor solicitado ao Sistema LIC-RS é R$ 236.697,00 (duzentos e trinta e seis mil e seiscentos e noventa e sete reais). A equipe principal é composta por Mario Hernandez Balentti, com a função de diretor artístico e ator do espetáculo e oficineiro; Marco Afonso Ginar de Araújo, com a função de diretor musical, ator e dramaturgo do texto do espetáculo; Cida Cultural Eireli, com a função de gestora do projeto, captação de recursos, coordenação geral e direção de produção do projeto; e Rinaldo Righi, como contador. O projeto tem como objetivo realizar, gratuitamente, 08 apresentações do espetáculo teatral e musical “Navegantes do futuro – 8 maneiras de melhorar o mundo”, a realização de 3 oficinas com a duração de 4 horas cada uma, com o número máximo de 25 alunos em cada oficina, com público-alvo de professores, contadores de histórias, educadores sociais e voluntários em ações pedagógicas e gratuitas, 2 apresentações especiais e adaptadas para leituras interpretadas com experiência sensorial para deficientes visuais. Dramaturgia e direção musical de Marco Araújo com direção de Mario Balentti, além de ambos também serem atores, o elenco do espetáculo conta ainda com Heloísa Palaoro, Mariana Marmontel e Diego Kurtz. A área teatral específica que será desenvolvida é a da linguagem e a técnica do teatro de animação, através das luvas e das varas de manipulação que compõe a criação das personagens.
A dimensão simbólica (tópico 6.1 do projeto) nos conta dos temas que serão abordados: “fome e miséria; educação para todos; igualdade de gênero e valorização da mulher; mortalidade infantil e saúde das gestantes; aids e doenças sexualmente transmissíveis; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Todos trabalhando para o desenvolvimento e por uma melhor convivência.”
Existe a política de inclusão de todos os segmentos sociais.
A dimensão econômica (6.2) prova que a valorização, através do pagamento de cachês dignos para os artistas e técnicos, envolvidos direta ou indiretamente com o espetáculo, concretiza os direitos profissionais, inclusive será contratado profissionais especializados na mediação para lidar com o público deficiente visual, fará girar a roda da economia do estado do RS através de transporte, alimentação, hospedagem, aluguel de salas de teatro, costureiras, produtos de maquiagem, loja de tecidos, comerciárias dos locais da compra dos materiais necessários etc.
A dimensão cidadã (6.3) está afirmada pela responsabilidade social, certeza da acessibilidade às salas das apresentações, exigências do Alvará do Plano de Proteção Contra Incêndios das salas. Todas as apresentações terão tradução simultânea para LIBRAS, distribuição gratuita de um caderno pedagógico com 12 páginas em quatro cores para o público com as letras das músicas e material informativo da peça teatral e de seus realizadores, além das dez apresentações gratuitas.
Na metodologia (tópico 9), somos informados sobre os quatro meses de ensaios.
É o relatório.
2. No histórico dos projetos do produtor constatamos que estamos lidando com uma profissional que, desde 2010, faz parte do universo da cultura rio-grandense, o projeto cultural que cá na mesa está posto teve realizada a sua análise técnica e foi verificada sua adequação à legislação vigente, estando regularmente habilitado para a avaliação coletiva do egrégio Conselho Estadual de Cultura do RS, nos termos da Lei 13.490 de 2010, no seu artigo 7º, parágrafo 1º.
A qualidade artística do espetáculo proposto como produto de um trabalho lapidado por sábios fazedores das artes cênicas e musicais, a coerência social através da valorização de uma política pública de cultura que inclui dentro de uma plateia os ditos “normais”, os deficientes auditivos e os deficientes visuais. Sentimos-nos no direito de perguntar: não é a inclusão social de plateia um dos ramos dos direitos humanos? Louvamos a proposta destes produtores e destes artistas em sonância com a realidade brasileira.
3. Em conclusão, o projeto Navegantes do Futuro – 8 Maneiras de Melhorar o Mundo – 1ª Edição – 2019 é recomendado para a avaliação coletiva, em razão de seu mérito cultural – relevância e oportunidade – podendo vir a receber incentivos até o valor de R$ 236.697,00 (duzentos e trinta e seis mil e seiscentos e noventa e sete reais) do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais – Pró-Cultura RS.
Porto Alegre, 18 de junho de 2019.
Plínio Mósca
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 13h30min do dia 18 de junho de 2019.
Presentes: 21 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Maria Liege Nardi, Ivo Benfatto, Paula Simon Ribeiro, Gisele Pereira Meyer, José Édil de Lima Alves, Antônio Carlos Côrtes, Sandra Helena Figueiredo Maciel, Paulo Cesar Campos de Campos, Luis Antonio Martins Pereira, Gilberto Herschdorfer, Liana Yara Richter, Jorge Luís Stocker Júnior, Moreno Brasil Barrios, Marlise Nedel Machado, Marcelo Restori da Cunha, Claudio Trarbach, Dalila Adriana da Costa Lopes, Gabriela Kremer da Motta e José Airton Machado Ortiz.
Em razão do Of. Nº 182/2015 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 27/06/2019 e considerados prioritários.
Marco Aurélio Alves
Conselheiro Presidente do CEC/RS
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