O projeto “ PAPO 90 – RESGATANDO NOSSA HISTÓRIA 1ª edição 2021” é recomendado para financiamento pela LIC/RS.
1. O projeto Papo 90 – Resgatando nossa história 1ª edição 2021 tem como produtor cultural Lucano Cultura e Marketing Eireli, CEPC 2547, cidade de Santa Rosa, área do audiovisual e não está vinculada a data fixa.
Foi habilitado pelo SAT/SEDAC no valor R$ 110.000.00 (Cento e dez mil reais) solicitado ao Sistema Pró-cultura LIC/RS.
O projeto Papo 90 - Resgatando Nossa História é da área do audiovisual e propõem a realização de uma série documental com 90 entrevistas que serão veiculadas através de mídias digitais. A série irá mostrar a história do município ao longo dos 90 anos de emancipação, representada por 90 pessoas de diversos setores como a cultura, educação, tradição, história, empreendedorismo e questões sociais. Organizada como um documentário, um registro historiográfico das diversas vozes que compõe a realidade de Santa Rosa buscando contemplar a pluralidade daqueles que construíram alicerces sólidos de nosso desenvolvimento através da perseverança, resiliência, audácia e criatividade. São narrativas inéditas com o resgate de histórias pouco conhecidas pela comunidade, mas que foram determinantes para a história de Santa Rosa. O lançamento do evento com palestra e exposição de fotos, aproximando e resgatando os principais acontecimentos e setores que contribuíram para o desenvolvimento do município, ao dar voz e luz a importantes protagonistas de sua trajetória.
O projeto tem como objetivo “a produção de uma série de 90 vídeos contendo entrevistas com 90 pessoas de diversos setores econômicos e culturais do município de Santa Rosa para publicação em meio virtual, e realização de evento de lançamento no dia do aniversário de 90 anos do município”.
É o relatório.
2. São as metas do projeto a gravação das entrevistas que se estima realizar no período mínimo de três meses, as quais serão publicadas gradualmente após edição em domínio de livre acesso na internet. Os vídeos terão uma duração estimada de 15 minutos. No evento de lançamento do projeto, serão realizadas exposições fotográficas, reprodução do vídeo institucional sobre projeto e realização de palestra sobre o material produzido. Todo o material audiovisual do projeto será legendado e possuirá tradução em libras. Para a realização das gravações, o SESC cedeu o Teatro de Santa Rosa, e para a realização do evento de lançamento a prefeitura de Santa Rosa cedeu o Centro Cívico do município, sem custos adicionais para o projeto. A exposição de fotografias será realizada por três dias, incluindo tempo de montagem e desmontagem, no centro cívico de santa rosa, sendo então transferida para o centro cultural de santa rosa para que seja exposta por mais vinte dois dias.
Na dimensão simbólica segundo o proponente “resgatar histórias é fundamental, afinal a memória é um dos alicerces que dá sentido à vida. É possível dizer que não se vive do passado, se vive do presente e do futuro. Porém, para se compreender as transformações pelas quais a cultura de um povo tem passado no decorrer dos tempos, se faz necessário conhecer como era antes no início de sua construção. Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de povo, de nação. Os grandes feitos dos heróis do passado, os imigrantes, são suficientes para assegurar um legado histórico que perdurará gerações e gerações.. Usar do audiovisual para se ter um resguardo histórico e preservar a cultura local é unir duas formas consideradas fundamentais para isso: a imagem (o visual) e o som (a oralidade da história). O documentário histórico também nos faz perceber que pertencemos a algo que foi se moldando até chegarmos ao que somos hoje. Um olhar baseado em histórias orais, documentos e fotografias, onde se busca relatar, o mais fiel possível, a trajetória dos pioneiros e, daqueles “visionários” na área, que acreditaram a cada instante, que o trabalho poderia fazer com que a história da Região, do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Resgatar e respeitar o passado deste importante território e de sua comunidade é também levar em conta a importância do alicerce para a sequência da construção, solidificando decisões e trajetória futuras. Com isso, é possível também compreender de que forma Santa Rosa e seu povo tornaram-se referência para todo o território gaúcho, ao mesmo tempo em que se valoriza as pessoas, as etnias e os setores representativos para seu desenvolvimento”.
No que diz respeito à dimensão econômica “realizar um projeto desse tipo, voltado à comunidade e diferente de outros produtos culturais que as pessoas estejam acostumadas, seria o início de uma cadeia cultural. É possível notar a vontade de se fazer arte. Muitas pessoas querem participar do circuito cultural, mas sentem que talvez isso seja somente para cidades maiores, fazendo com que o que é produzido, e muitas vezes consumido na cultura, seja fruto do trabalho de pessoas ou grupos de outras cidades. Ao produzir uma série, pessoas da comunidade, além da questão de identidade, de se ver representado na tela, estamos influenciando outras pessoas a também produzir cultura. Com esse projeto, estamos buscando mostrar que as pessoas podem ser tanto personagens como produtores de histórias. Lembrando que nunca algo desse tipo foi produzido na cidade de Santa Rosa, não há registro de personalidades da cidade em audiovisual. Outro benefício para a economia cultural é o emprego e formação de mão de obra diferente dos já costumeiros produtores. Estamos envolvendo pessoas que tem sua capacidade técnica comprovada, mas também não recebem oportunidades de explorá-las mais. Nesse processo, estamos integrando-as no circuito. Iniciando esse processo cultural. Estamos integrando toda a sociedade que, por muitas vezes, pode considerar investimento em cultura como despesa desnecessária. Desde a pessoa que por curiosidade irá assistir aos episódios para ver alguém que é conhecido ou saber de alguma história até os empresários que podem colaborar para que a cultura tenha desenvolvimento em Santa Rosa.”
Em sua dimensão cidadã o proponente declara “iremos franquear o documentário para as mídias digitais. Pela nossa proposição de colocar em frente às câmeras pessoas da comunidade, estaremos gerando o interesse de outras pessoas para assisti-las, suscitando, audiência para o projeto. Além disso, nosso propósito é ultrapassar as fronteiras de Santa Rosa e ostentar o produto em outras localidades para entusiasmar que outras cidades façam o mesmo e registrem suas histórias com audiovisuais. Disponibilizaremos no material produzido traduções em legenda e libras, atendendo o público com deficiência auditiva.”
Na equipe do evento participam o mestre de cerimônias Jorge Luiz Viana, entrevistador Jorge Luiz Viana, como palestrante Brígite Hecke, Taura Gráfica e Serigrafia exposição das fotografias, produtora de vídeos Sol Produtora de conteúdo, Reveli produtora de conteúdo e Cine Globo exibições cinematográficas
O setor de análise técnica SAT/SEDAC realizou diligências no projeto tendo todas as alterações realizadas pelo proponente sendo, portanto o projeto habilitado e encaminhado para avaliação do Conselho Estadual de Cultura.
Nos anexos constam as cartas de anuência dos participantes e carta de intenção de patrocínio de duas empresas tendo sua soma o valor total do projeto.
Recomenda-se que o Proponente realize o projeto seguindo os decretos do Município e do Estado em prevenção ao covid-19, que estarão vigentes no período da realização do evento observando os protocolos necessários para evitar a propagação do vírus.
O projeto possui mérito, relevância e oportunidade trazendo elementos para a compreensão da proposta e da metodologia empregada a sua execução além de apresentar uma tabela de custos equilibrada. A preservação da memória, através do audiovisual possibilitará a visualização da história a qualquer tempo. Resgatar e registar as histórias, através do olhar dos protagonistas que viveram nesta cidade é manter a viva a memória de seu povo, é despertar o sentimento de pertencimento a determinada cultura, é deixar um legado para as futuras gerações.
3. Em conclusão, o projeto “PAPO 90 – RESGATANDO NOSSA HISTÓRIA 1ª EDIÇÃO” é recomendado para fins de financiamento público, em razão de seu mérito cultural, relevância e oportunidade, podendo captar R$ 110.000.00 (cento e dez mil reais) junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
Porto Alegre, 15 de março de 2021.
Aline Rosa
Conselheira Relatora
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 10h do dia 16 de março de 2021.
Presentes: 24 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Benhur Bertolotto, Alexandre Silva Brito, Aline Rosa, Cristiano Laerton Goldschmidt, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Léo Francisco Ribeiro de Souza, Elma Nunes Sant’Ana, Alice Inês Lorenzi Urbim, Daniela Giovana Corso, Sandra Helena Figueiredo Maciel, Liliana Cardoso Rodrigues dos Santos Duarte, Nicolas Beidacki, José Francisco Alves de Almeida, Paulo Leônidas Fernandes de Barros, Lucas Frota Strey, Vitor André Rolim de Mesquita, Rodrigo Adonis Barbieri, Luciano Gomes Peixoto, Luis Antônio Martins Pereira, Mario Augusto da Rosa Dutra, Vinicius Vieira de Souza, Michele Bicca Rolim e Rafael Pavan dos Passos.
Não Acompanharam o Relator os Conselheiros:
Abstenções:
Impedimentos:
Ausentes no Momento da Votação:
Em razão do Of. Nº 021/2021 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária do dia 19/03/2021 e considerados prioritários.
Após a avaliação coletiva, que atribui o grau de prioridade aos projetos, o projeto é prioritário obtendo a nota final de 4,13 pontos.
José Airton Machado Ortiz
Presidente do CEC/RS
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