Processo nº 00560/2021
Parecer nº508/2021 CEC/RS
O projeto “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer” é recomendado para financiamento pela LIC-RS.
1. O Projeto “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer” foi habilitado pela SEDAC-RS, sendo enquadrado pelo Sistema Pró-Cultura, na Área de Literatura, e remetido ao CEC-RS para a devida análise do seu Mérito Cultural e grau de prioridade.
Identificação do produtor cultural
Produtor Cultural: ODARLAN MAPELLI CEPC: 7159, que responde como responsável legal, também pelas funções de Gestão do projeto, edição do livro, distribuição do livro e edição do vídeo alusivo ao projeto.
Período de Realização:
Evento não vinculado à data fixa;
Área do Projeto: LITERATURA: Impressão de livro, revista e outros;
Local de realização:
Igrejinha, São Francisco de Paula, Rolante, Parobé, Rolante, Sapiranga, Campo Bom e Cotiporã;
Equipe Principal:
Odarlan Mapelli (Láparo Produções);
Função: Gestão do projeto, edição do livro, distribuição do livro;
Nome do Contador: Vítor R. C. Carasai CRC: 79.225
O projeto visa a publicação de um livro de literatura infantil, intitulado como “Tudo aquilo que eu não soube dizer”, de autoria de Pâmela Linéia Correia da Silva Mapelli. Envolve também evento de lançamento do livro, com atividade de contação de história, de forma lúdica, teatral e interativa com o público, seguido de um bate-papo com a escritora. Haverá a distribuição gratuita de 420 exemplares da obra às redes municipais de ensino público de sete municípios do interior do Estado: Igrejinha, São Francisco de Paula, Rolante, Parobé, Sapiranga, Campo Bom e Cotiporã. Obra e atividade de contação de história se destina ao público da educação infantil, crianças de 4 a 8 anos.
É o relatório.
2. Dimensão simbólica
A literatura é uma das manifestações artísticas mais abrangentes e profundas da história da humanidade. A tradição da transmissão oral do imaginário e das cosmogonias dos povos primitivos, data períodos que se perdem nos confins do tempo. Nos dias de hoje, estes relatos ganharam a forma da literatura oral, do texto lido ou falado, através das contações de histórias, que ganham importância considerável no processo de formação - especialmente às crianças da educação infantil, em fase de pré-letramento, que nesta tenra idade iniciam a sua jornada e a sua convivência com os livros e os múltiplos universos culturais que eles contém.
No projeto específico, “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer”, a professora de língua portuguesa e literatura, habilitada para educação infantil e anos iniciais, pós-graduanda em Artes Cênicas, Pâmela Mapelli, propõe além da publicação de um livro, ações de contações de história em 7 cidades do interior. Esta circulação vai mobilizar as comunidades escolares destas cidades, estimulando a convivência dos alunos com o mundo dos livros, e a experiência da leitura como fonte de encantamento e fantasia. A obra e seu desdobramento pelas redes escolares justificam o aspecto simbólico do projeto.
Dimensão econômica
A produção de 3000 (três mil) exemplares da obra “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer”, seu lançamento, e circulação pelas 7 cidades mencionadas, envolverá o trabalho da ilustradora Adriana Titton Balotin, da cenógrafa e figurinista Grasieli Pereira Gomes, da equipe de iluminação e sonorização, e dos serviços gráficos de editoração e impressão, movimentando localmente o setor. A receita prevista com a comercialização da referida obra é de R$38.550,00 (trinta e oito mil quinhentos e cinquenta reais).
Dimensão cidadã
O livro “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer”, trata de temas comuns às crianças das periferias empobrecidas. Conta a história de uma criança negra que passou por grandes dificuldades e pelo abandono paterno. Nas palavras da autora “Relata, sutilmente, a rotina de uma família composta por mulheres e seus esforços para dar conta da demanda da vida”. É uma pena não haver degustação de alguma fração do texto. Independente disto, a temática da narrativa é relevante e vem ao encontro do que pretende a literatura para a infância e juventude que não escamoteia o real, mas o transfigura e apresenta à criança uma versão que respeita a sua subjetividade e a sua inteligência.
O escopo do projeto em tela, que contempla alunos da educação infantil, e prevê contações de histórias nas cidades elencadas, distribuirá gratuitamente às escolas 420 exemplares do obra.
3.Condicionantes
a) Deverão ser observados os artigos 22 e 23 da IN 05/2020, para fins de divulgação e identificação, sobretudo quanto à proporcionalidade no que diz respeito à disposição das marcas de patrocinadores, apoiadores e marcas do sistema pró-cultura.
b) Que o projeto siga rigorosamente as leis vigentes no Estado e no Município, cumprindo integralmente os protocolos de segurança exigidos para o combate da Covid-19.
c) Que seja observada a certificação FSC na produção da obra.
4. Em conclusão, o projeto “Tudo Aquilo que Eu não Soube Dizer” é recomendado para financiamento público, em razão de seu mérito cultural, relevância e oportunidade, podendo captar R$ 53.060,00 (cinquenta e três mil e sessenta reais) junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021.
Alexandre Silva Brito
Conselheiro Relator
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 10h do dia 16 de dezembro de 2021.
Presentes: 24 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Aline Rosa, Cristiano Laerton Goldschmidt, Léo Francisco Ribeiro de Souza, Elma Nunes Sant’Ana, Alice Inês Lorenzi Urbim, Daniela Giovana Corso, Sandra Helena Figueiredo Maciel, Liliana Cardoso Rodrigues dos Santos Duarte, Nicolas Beidacki, José Francisco Alves de Almeida, Lucas Frota Strey, Vitor André Rolim de Mesquita, Rodrigo Adonis Barbieri, Luciano Gomes Peixoto, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Luis Antônio Martins Pereira, Mario Augusto da Rosa Dutra, Vinicius Vieira de Souza, Michele Bicca Rolim, Rafael Pavan dos Passos e José Airton Machado Ortiz.
Ausentes no Momento da Votação: Paulo Leônidas Fernandes de Barros.
O projeto foi considerado prioritário obtendo a nota final de 5,00 pontos.
Benhur Bortolotto
Presidente do CEC/RS
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