Processo nº 00091/2022
Parecer nº 132/2022 CEC/RS
O projeto “COMITIVA FANDANGUEIRA” é recomendado para avaliação coletiva.
1. O projeto “COMITIVA FANDANGUEIRA” foi devidamente habilitado pela SEDAC- RS, sendo enquadrado nos objetivos do Pró- Cultura e enviado ao CEC para análise do Mérito Cultural
O proponente é VETOR 8
CEPC: 5844
Responsável Legal: Jairo André Renz
Função: Coordenação geral.
Município: TRÊS PASSOS
Área do projeto: Música
Equipe principal:
Mayara Boeno Brum. CNPJ 22.519.098/0001-20
Nova Produções. CNPJ 07.211.159/0=001-02
Confraria da Produção. CNPJ 14.909.009/0001-24
Nome do Contador: Organizações Contábeis Alto Uruguai. CRC 60.847
O projeto “COMITIVA FANDANGUEIRA” consiste na realização de uma turnê da Comitiva Fandangueira com JOÃO LUIZ CORREA, artista consagrado do nosso Estado, com shows pelas ruas de Soledade, Nova Alvorada, Benjamin Constant, Paraí, Jóia e Nova Prata em um palco itinerante. Todas as apresentações serão transmitidas ao vivo e online nos canais digitais do proponente e/ou do artista. O projeto não vincula-se a nenhuma data em especial, podendo ser executado em qualquer data e época dos próximos meses, respeitando os protocolos de prevenção à Covid e as liberações dos municípios escolhidos.
O valor do projeto é de R$ 349.980,00 totalmente solicitado via LIC, dos quais R$285.200,00 serão destinados a Produção/Execução. R$ 21.980,00 para Divulgação. R$ 42.400,00 para Administração e R$400,00 para Imp/Taxas/Seguros. Valores alterados: Registro fotográfico: R$ 4.200,00 p/ R$ 2.400,00.
Realizada a análise pela equipe técnica do Pró-Cultura, foi verificada a adequação da proposta ao enquadramento previsto pela Instrução Normativa SEDAC 05/20020 art.3°
É o relatório.
2. Justificativa do projeto:
Em que medida a proposta apresentada é importante para o Estado e que resultados trará para a sociedade?
DIMENSÃO SIMBÓLICA: Linguagens e práticas artísticas, referências estéticas, originalidade, importância simbólica, identitária e de pertencimento para a cultura local.
“A pandemia chegou e é sabido que a classe cultural foi talvez a primeira – e uma das mais a ser afetada. Eventos foram cancelados imediatamente, contratos anulados, adiados, sem previsão de retorno. Em contraponto, nunca se observou tanto o quanto a cultura é essencial para a sanidade: a ordem de ficar em casa fez com que as pessoas escutassem mais música, assistissem mais filmes, lessem mais livros. E assim artistas e produtores foram se reinventando para que pudessem seguir produzindo, se manter em contato com o público. Lives foram talvez, a grande oportunidade para a maior parte dos músicos mas vimos que que a ideia de um palco itinerante em um caminhão, se conseguiria trabalhar com uma equipe reduzida, em local aberto ( nas ruas), sem formar aglomerações – afinal as pessoas podem acompanhar e assistir das portas e janelas de suas casas, alcançando uma boa parte da população da cidade, conseguindo assim contratar artistas, garantir um contrato de mais de uma apresentação com músicos, equipe técnica, prestadores de serviços, equipe de produção. Tudo isto com segurança e mantendo a cultura ativa”.
DIMENSÃO ECONÔMICA: aspectos relacionados à economia da cultura, geração de empregos e renda, fortalecimento da cadeia produtiva, formação de mercado para a cultura.
O projeto passa por seis municípios, fazendo com que a circulação movimente setores como o hoteleiro, o de transporte, o de alimentação, que, nos dias das apresentações, terão a circulação da equipe e artistas que precisarão de alimentos, hospedagem e translado. Desta forma, além de empregos diretos através de contratações de técnicos, artistas e outros profissionais e prestadores de serviços, da circulação de renda girando pelo Estado através da contratação de fornecedores que nem sempre são locais, indiretamente também fortalece a economia de cada município por onde passar, sem ferir os protocolos de segurança e prevenção.
DIMENSÃO CIDADÃ: práticas de democratização do acesso, formação de plateia, medidas de acessibilidade, relação com a comunidade local.
“Alem de todos os benefícios que esta proposta cultural já possui através do cumprimento de suas metas e objetivos, projetos como este se fazem importantes como forma de preservar e cultivar o legado musical da música fandangueira e ressaltar a proximidade dela com as cidades por onde passar. Descentraliza ainda mais quando circula pelas ruas da cidade, chegando as casas dos munícipes, independente do bairro onde moram. Além do seu aspecto gratuito, as apresentações ainda serão transmitidas ao vivo e online para que mais pessoas possam ter acesso a um conteúdo musical diferenciado e de qualidade e ficarão publicados para que possa ser revisto por quem quiser, além de conteúdos digitais possibilitarem a legendagem, também aspecto de acessibilidade de conteúdo.”
3. Em conclusão, o projeto “COMITIVA FANDANGUEIRA” é recomendado para fins de financiamento publico, em razão de seu mérito cultural, relevância e oportunidade, podendo captar R$ 347.580,00 (trezentos e quarenta e sete mil e quinhentos e oitenta reais) junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
Porto Alegre, 06 de abril de 2022.
Elma Nunes Sant’Ana
Conselheira Relatora
Informe:
O prazo para recurso somente começará a fluir após a publicação no Diário Oficial.
O Presidente, nos termos do Regimento Interno, somente votará em caso de empate.
A liberação dos recursos solicitados em incentivos fiscais está condicionada à comprovação junto ao gestor do sistema do rígido cumprimento das normas de prevenção a incêndios no(s) local(is) em que o evento for realizado.
Sessão das 10h do dia 07 de abril de 2022.
Presentes: 24 Conselheiros.
Acompanharam o Relator os Conselheiros: Alexandre Silva Brito, Aline Rosa, Cristiano Laerton Goldschmidt, Léo Francisco Ribeiro de Souza, Alice Inês Lorenzi Urbim, Daniela Giovana Corso, Sandra Helena Figueiredo Maciel, Maria Silveira Marques, Nicolas Beidacki, José Francisco Alves de Almeida, Paulo Leônidas Fernandes de Barros, Lucas Frota Strey, Vitor André Rolim de Mesquita, Luciano Gomes Peixoto, Luiz Carlos Sadowski da Silva, Luis Antônio Martins Pereira, Mario Augusto da Rosa Dutra e Vinicius Vieira de Souza.
Abstenções: Rodrigo Adonis Barbieri, Michele Bicca Rolim, Rafael Pavan dos Passos e Bianka de Freitas Biedrzycka Maduell.
Em razão do Of. Nº 152/2022 da SEDAC, os projetos recomendados por este Conselho foram submetidos à Avaliação Coletiva da Sessão Plenária Ordinária dos dias 12/04/2022, 20/04/22, 05/05/22 e 19/05/22 considerados não prioritários, retornam para arquivo.
Benhur Bortolotto
Presidente do CEC/RS
Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul Departamento de Fomento Centro Administrativo do Estado: Av. Borges de Medeiros 1501, 10º andar - PORTO ALEGRE - RS