Processo nº 00503/2023
Parecer nº 846/2023 CEC/RS
Projeto “QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS ALIMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO AQUECENDO O RS INTEIRO - 1ª EDIÇÃO - 2023” .
QUESITO
NOTA
Dimensão simbólica
4
Conceituação temática
2,5
Originalidade e inovação estética
1,5
Dimensão cidadã
4,5
Pluralidade, acessibilidade e inclusão
Democratização do acesso / gratuidade
2
Dimensão econômica
Distribuição dos valores
3
Investimento local / próprio
1
Relevância
Oportunidade
Viabilidade
Nota de Prioridade
4,03
Titulo do projeto: 1 - QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS ALIMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO AQUECENDO O RS INTEIRO - 2023
Produtor Cultural: Grupo Folclore Fogo de Chão
CEPC: 11251
Local de Realização: IJUÍ
Período de Realização: 00/00/0000 à 00/00/0000
Área do Projeto: TRADIÇÃO E FOLCLORE
Classificação: I - Artes e Economia Criativa
TOTAL DOS CUSTOS
Financiamento Sistema LIC R$ 133.929,00 100%
Sinopse conforme o proponente: o projeto que versa sobre as danças tradicionalistas gaúchas as quais têm o dom de enriquecer todo um contexto cultural de uma sociedade, através do Grupo Folclórico Fogo de Chão, em Ijuí.
O projeto QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS AUMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO, AQUECENDO O RIO GRANDE INTEIRO, com o objetivo primeiro de resgatar o projeto Arte Dança e Show que por 4 anos levou pelo Brasil coreografias criativas contextualizadas em fatos históricos, participar de apresentações, eventos e festivais, e desenvolver, qualificar e ampliar o numero de participantes das invernadas artísticas de danças sem discriminações de qualquer tipo, como raça, gênero, religião e etnia e atender uma parcela da comunidade mais vulnerável socioeconomicamente
Nas invernadas o público alvo que participa são os cidadãos do município, a maioria do entorno do CTG, o que inclui recebermos e acolhermos pessoas em vulnerabilidade sócio econômica, e também damos especial atenção às pessoas consideradas pertencentes a minorias sociais, de maneira inclusiva. As aulas são à noite, levando em consideração que pais e/ou familiares já cumpriram suas lides laborais, podendo acompanhar o público infanto-juvenil. Os ensaios são abertos, e eles podem aguardar no local, assim como a comunidade poderá assistir. Durante os ensaios das invernadas dedicamos muito espaço a origem, história e evolução das danças, abraçando a interpretação de diversos autores, pois as danças possuem origens diversas, principalmente de países do continente europeu devido à colonização no século XIX, para contextualizar e significar como as danças gaúchas, com seus traços camponeses têm características como o sapateado forte e os movimentos velozes
Metas
Ensaios e apresentações com as Invernadas Mirim, Juvenil Veterana durante 12 meses
Aquisição de um espelho.
participação em festivais de danças 4
Realização de evento final do projeto com apresentações e certificações. Evento 1 Apresentações em escolas públicas. Escola 3
Apresentações em eventos municipais ao público. Equipamento municipal 2
Oficinas Culturais abertas ao para educadores, professores de educação física e de danças., horas 12
Apresentação fora do Estado do RS.
Dançar nas invernadas representa o conhecimento histórico, a valorização de nosso território e das nossas gentes, o amor ao próximo, que podemos chamar de fraternidade, a construção de espaços de felicidade, sociabilidades, lazer, desenvolvimento físico, cultural, artístico, espiritual, promoção da cultura da paz, além de inclusão social, em torno da nossa territorialidade. Levar o Grupo a outros Estados da Nação faz parte desta inclusão territorial.
Aduz que a inovação está na criatividade com que são desenvolvidas as coreografias e ensinamentos.
Contudo a criatividade é o próprio insumo da construção coreográfica, quando procuramos inovação esta necessita se apresentar nas formas diversas de ação, o que não fica claro na proposta apresentada.
Sem dúvida o dançar está muito além da estética e técnica apresentadas, correto o dizer de Paixão Cortes citado pelo proponente, “dançar como um exercício físico e mental em que se deseja harmonizar os movimentos corporais ao ritmo da música e cujo tema deve estar em sintonia com o estágio psicossocial e cultural do indivíduo, sem que se perca de vista a estética.”
Dimensão Cidadã
Sustenta o proponente que o projeto contribui para a construção da cidadania. Existe assim a preservação para seus sucessores em formato de memória e identidade histórica, sendo definido como patrimônio social. Concentra-se nas competências e habilidades necessárias à formação humana, no desenvolvimento dos potenciais para viver, conviver, conhecer e produzir na sociedade contemporânea. Nossas práticas de apresentações gratuitas à entidades sociais e educacionais, nossos ensaios abertos ao público, o acolhimento e oferta 5 de 12 de indumentárias a crianças e adolescentes em vulnerabilidade socioeconômica, o acolhimento às minorias sociais, em uma postura inclusiva socialmente, a parceria com outras entidades tradicionalistas, a participação dos eventos do calendário municipal e estadual condizem com as nossas práticas cidadãs, que são humanas, territoriais e sociais
O projeto não noticia sobre a participação de diversidade de gênero e etnia, bem como quanto a inclusão de PCDs, entre os protagonistas das apresentações ou equipes relacionadas.
Há previsão de oficinas e apresentações em escolas públicas e eventos do município.
Os valores preveem o trabalho a ser desenvolvido durante 12 meses do ano.
Democratização do acesso, são inúmeras atividades, não há descrição clara da gratuidade em todas elas, especialmente quanto as apresentações em Festivais.
Não há descrição dos recursos de acessibilidade a serem utilizados.
Dimensão Econômica
É verdade que o tradicionalismo movimenta no Rio Grande do Sul, anualmente, cerca R$ 1 bilhão anualmente. Com a manutenção do Grupo Folclórico, e o desenvolvimento de suas atividades há a incidência de empregos diretos e indiretos, além dispêndio com sonorização, contratação de conjuntos musicais, trabalho e renda em almoços, jantares, cafés de chaleira, bailes, domingueiras, transportes, e outros, sendo que todas estas atividades fomentam o turismo cultural, outro fator de desenvolvimento municipal e estadual.
Não há recursos de prefeituras.
Há equilíbrio e proporcionalidade na planilha de custos.
Relevância, Oportunidade e Viabilidade
Não há carta de intenção de patrocínio.
Não há carta de anuência do Conselho Municipal de Políticas Culturais.
Contempla parcialmente a dimensão Simbólica, Cidadã e Econômica da Cultura.
O projeto é proposto na RF7, quarto lugar em número de projetos já priorizados ao longo do ano vigente.
Conclusões Finais: O projeto merece ser recomendado.
Em conclusão, o projeto “QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS ALIMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO AQUECENDO O RS INTEIRO - 1ª EDIÇÃO - 2023” foi recomendado a concorrer aos recursos disponíveis na priorização mensal, de acordo com o valor de R$ 133.929,00 (cento e trinta e três mil e novecentos e vinte e nove reais) solicitado pelo proponente junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
Porto Alegre, 01 de setembro de 2023.
Informe:
Sessão realizada dia 05 de outubro de 2023.
A Comissão Especial I de Avaliação de Projetos do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, reuniu-se, com a presença de Celso Antonio Oliveira Fortes, Geziel da Silva de Souza, Marcus Vinicius Jesus de Brito, Neimar Rodrigues, Ranieri Zilio Moriggi, Vera Cristina Meneghini. A reunião foi coordenada pelo conselheiro Marcus Vinicius Jesus de Brito e teve, como secretário o conselheiro Geziel da Silva de Souza.
O projeto obteve a nota nota final de 4,03 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada por unanimidade, tendo sido submetido à rodada de priorização de projetos no dia 19/10/23. De acordo com sua pontuação e os critérios de desempate, foi considerado não prioritário, retornando para arquivo.
Alessandra Carvalho da Motta
Presidente do CEC/RS
O projeto foi considerado recomendado para concorrer aos recursos disponíveis, obtendo a nota de 4,03 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada por unanimidade. Lembrando que o proponente pode solicitar o pedido de revisão da nota, conforme orientação do Pró-Cultura, ou aguardar que o projeto concorra aos recursos na rodada de priorização mensal.
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