Processo n.º 00150/2023
Parecer n.º 293/2023 CEC/RS
Projeto “IALODÊ PELO RS - 1ª EDIÇÃO - 2023”.
Ialodê (em iorubá: Ìyálòdè) é um termo honorífico dado aos orixás femininos nas casas de candomblé. Em Ibadã, na Nigéria, é um título administrativo utilizado exclusivamente por mulheres que detém a posição de representar as mulheres em seus assuntos. Foi introduzido pelo baxorum Oluiolê, do Império de Oió, nos anos 1830 para ser conferido às mulheres de distinção. O projeto Ialodê pelo RS – 2023 é um projeto cercado de simbologias de afirmação, conceituações culturais e artísticas, lamenta-se o falta de cuidado na construção da proposta, ao não levará em conta a construção em relação as conceituações que são avaliadas pelo CEC. Recomendo que o presente projeto, seja revisado e reinscrito para uma nova avaliação, na busca de uma nota possível de priorização, que possibilite este belo projeto sua materialização através de financiamento via lei de incentivo à Cultura Estadual.
Em conclusão, o projeto “IALODÊ PELO RS - 1ª EDIÇÃO - 2023” não foi recomendado a concorrer aos recursos disponíveis na priorização mensal.
Porto Alegre, 06 de abril de 2023.
Análise do Recurso:
A presente não solicita revisão da nota de Conceituação Temática, neste caso, mantêm-se a nota já atribuída. Nota 2
Na solicitação de revisão do quesito Pluralidade, acessibilidade e Inclusão: Nota atribuída 01.
Pela argumentação da proponência de que o projeto trata-se de um show produzido por mulheres negras, entendo um certo rigorismo do relator na questão da pluralidade e inclusão, no entanto, não foram encontrados argumentos para a mudança de avaliação no que diz respeito a acessibilidade, propõe-se a elevação da nota de 1 para 2 pontos.
Equilíbrio orçamentário
Do argumento: Nosso projeto é uma turnê, ou seja, o maior custo de nossa planilha é com artista e equipe técnica que acreditamos ser importante lembrar que ainda sofrem os impactos da pandemia. Escolhemos remunerar bem nossa equipe que conta com todo ecossistema necessário para um projeto de excelência, contadores, produções, designer, assessoria de imprensa e de redes sócias entre outros…
Vale lembrar que este ecossistema se abastece do trabalho dos artistas, sem as cantoras, os músicos este sistema não existe, pagar R$ 800,00 de cachê por show a cada uma das cantoras e colocar em xeque até que ponto estamos preocupados com o produto principal de qualquer projeto, que é o produto cultural e artístico. As cantoras apresentadas como atrações já têm um currículo considerável e eu pergunto qual o currículo da assistência de produção, que está “a definir”, com valor estabelecido em planilha de R$ 5.500,00, valor superior em mais de 30% que os caches pagos as artistas principais. Neste sentido não encontro argumentos que possam alterar a nota atribuída, mantendo desta forma a nota atribuída em 1 ponto.
Investimento Local e Próprio: A nota atribuída vem de encontro ao previsto nos critérios de avaliação, ou seja, estes investimentos precisam estar demonstrados na planilha de custo ou até mensurados, ao não acontecer não resta alternativa a não ser aplicar a nota mínima para este quesito, assim mantêm a nota 1.
As demais notas não trouxeram no pedido de revisão, argumentação de contraposição de forma objetiva e direta e se mantêm nas notas já atribuídas.
Sugerimos um alinhamento com os critérios estabelecidos para avaliações de projetos pelo CEC e a reflexão de que um projeto de excelência deve ter artistas com boa remuneração, pois são elementos fundamentais no fazer cultural.
Nota final, após análise do pedido de revisão, passa de 3,44 para 3,77.
Porto Alegre, 27 de abril de 2023.
Informe:
Sessão realizada dia 27 de abril de 2023.
A Comissão Especial III de Avaliação de Projetos do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, reuniu-se, com a presença de Bruno Rosa do Nascimento, Douglas Barbosa Pinto de Moura, Geziel da Silva de Souza, Neimar Pires Rodrigues, Plínio José Borges Mósca, Renata Gastal Porto, Sandro Giordani. A reunião foi coordenada pelo conselheiro Geziel da Silva de Souza e teve, como secretário Bruno Rosa do Nascimento.
O projeto foi considerado não recomendado para concorrer aos recursos disponíveis, obtendo a nota de 3,77 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada pelos integrantes da comissão com a abstenção do Bruno Rosa do Nascimento.
Consuelo Vallandro
Presidente do CEC/RS
Processo nº 00150/2023
Parecer nº 293/2023 CEC/RS
Projeto “IALODÊ PELO RS - 1ª EDIÇÃO - 2023” .
Ialodê (em iorubá:Ìyálòdè) é um termo honorífico dado aos orixás femininos nas casas de candomblé. Em Ibadã, na Nigéria, é um título administrativo utilizado exclusivamente por mulheres que detém a posição de representar as mulheres em seus assuntos. Foi introduzido pelo baxorum Oluiolê, do Império de Oió, nos anos 1830 para ser conferido às mulheres de distinção. O projeto Ialodê pelo RS – 2023 é um projeto cercado de simbologias de afirmação, conceituações culturais e artísticas, lamenta-se o falta de cuidado na construção da proposta, ao não levara em conta a construção em relação as conceituações que são avaliadas pelo CEC. Recomendo que o presente projeto, seja revisado e reinscrito para uma nova avaliação, na busca de uma nota possível de priorização, que possibilite este belo projeto sua materialização através de financiamento via lei de incentivo à Cultura Estadual.
Sessão realizada dia 13 de abril de 2023.
A Comissão Especial III de Avaliação de Projetos do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, reuniu-se, com a presença de Andrea Peres Barboza, Bruno Rosa do Nascimento, Geziel da Silva de Souza, Neimar Pires Rodrigues, Renata Gastal Porto, Sandro Giordani. A reunião foi coordenada pelo conselheiro Geziel da Silva de Souza e teve, como secretário Bruno Rosa do Nascimento.
O projeto foi considerado não recomendado para concorrer aos recursos disponíveis, obtendo a nota de 3,44 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada por unanimidade. Lembrando que projetos com nota inferior a 4,00 não participam da priorização, podendo o proponente solicitar revisão da nota, conforme orientação do Pró-Cultura.
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