Processo n.º 00593/2023
Parecer n.º 525/2023 CEC/RS
Projeto “HENRIQUE LEO FUHRO O BIÓGRAFO DA SOLIDÃO - 1ª EDIÇÃO - 2023”.
O projeto, apresentado como Artes Integradas, consiste na edição de um livro bilíngue (Port/Ing) inventariando a obra do importante artista visual Henrique Fuhro, reconhecidamente um pioneiro da Pop Art no RS. Da xilogravura, até as pinturas, esse artista deixou um legado de grande valor para as Artes em nosso estado. Tendo sua estréia em exposições na década de 50, em um dos Salões da nossa gloriosa (hoje com 85 anos) Associação Chico Lisboa, com exposições em Bienais internacionais de São Paulo, na Bélgica e tendo obras em acervos internacionais, também.
Além do livro, com fotos (Fernando Zago) das obras e textos de nossa maior crítico de arte, vivo, Jacob Klintowitz, o projeto inclui a criação de um site digital (Praetzel Publicidade) para constar obra, textos referenciais e, sobretudo, para marcar a inauguração do Instituto que leva o nome do artista. Também inclui uma exposição individual com obras do artista a ser tentada realizar em equipamento público de extrema importância como o MARGS e com curadoria do reconhecido curador Renato Rosa.
A Dimensão Simbólica nos permite identificar uma importante publicação para nossa História da Arte, sendo inovador ao mesmo tempo em que preserva a memória e divulga uma obra de grande valor simbólico. O projeto preenche todos os quesitos refeferentes a sua metodologia em relação aos objetivos e está perfeitamente em sintonia com nosso Plano Estadual da Cultura por divulgar e permitir a acessibilidade às obras de um autor local com alcance internacional. Tem caráter educativo, pesquisa e desenvoolvimento da linguagem nas Visuais e as ações correspondem às metas.
Na Dimensão Cidadã, há a preocupação em contar com o serviço da eficaz OVNI, empresa especializada em promover acessibilidades a portadores de deficiência, prevendo a utilização de Libras, na Contracapa, audiodescrição no site, enfim, demonstra um cuidado na garantia de acessibilidades universais. A distribuição gratuita dos 1.500 exemplares em Universidades, Galerias, Escolas públicas, instituições afins garantem um retorno e a consecução dos objetivos propostos: preservar e divulgar o acervo do artista.
Na Dimensão Econômica, a editoração bilíngue ajuda a promover nossas artes internacionalmente, apenas apresenta uma planilha de custos totalmente voltada a LIC e com concentrações de renda de até 14% em apenas uma “voz” como é o caso da agência de Publicidade Praetzel, o que não é recomendado para a Economia da Cultura de nosso Estado através da LIC que utiliza verbas públicas. A inclusão de produtos para além da publicação, como o site de fundação do Instituto que leva o nome e acervo de nosso importante artista, coloca o projeto em um valor elevado, considerando a média de custos de projetos apresentados ao nosso Pró Cultura. O projeto conta apenas com o financiamento da LIC e não apresenta nenhuma intenção de patrocínio ou doação, ou comercialização de serviços complementares ao seu financiamento. O que implica em redução na pontuação em relação a sua viabilidade.
Na oportunidade consideramos de extrema importância projetos que documentem e divulguem a História da Arte do RS através de um de seus grandes artistas. Possui logística apropriada aos objetivos e, mesmo sendo o primeiro projeto do proponente, o próprio Instituto que leva o nome do autor e que será viabilizado graças ao próprio projeto, ainda assim merece o crédito da mais ampla nota em oportunidade. Alguém sempre precisa começar.
Na Relevância, consideramos, como dito, de grande relevância, dialogando plenamente dom nosso Plano Estadual da Cultura, embora o fato de não constar nenhuma iniciativa em procurar o Conselho Municipal de Cultura da cidade, onde o artista habitou a maior parte do tempo de sua vida e criou a grande maioria de suas obras. O Conselho Estadual da Cultura, ao recomendar e valorizar a iniciativa de buscar a parceria simbólica do Conselho Municipal, está valorizando um importante instrumento do nosso Plano Estadual da Cultura, os Conselhos, mesmo que em alguns casos não se consiga a carta de apoio, essa deve ser tentada. É uma das características daqueles que não são projetos de gabinetes, mas que vão a campo. O projeto, executado, deixa enorme legado para a Cultura local. Por isso estranhamos não possuir nenhuma carta de apoio da Prefeitura Municipal nem do Conselho Municipal.
Recomenda-se a autorização de captação, observando-se os problemas descritos acima. Acreditamos que mais empresas ou pessoas físicas teriam totais condições de preencher os quesitos concentrados apenas em uma empresa que, se também fizer a captação (o que é muito facilitado na Publicidade) ainda concentrará mais 10% do valor total do orçado nas mãos de apenas um agente.
Em conclusão, o projeto “HENRIQUE LEO FUHRO O BIÓGRAFO DA SOLIDÃO - 1ª EDIÇÃO - 2023” foi recomendado a concorrer aos recursos disponíveis na priorização mensal, de acordo com o valor de R$ 692.823,76 (seiscentos e noventa e dois mil, oitocentos e vinte e três reais e setenta e seis centavos), solicitado pelo proponente junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
Porto Alegre, 17 de agosto de 2023.
Informe:
Sessão realizada dia 17 de agosto de 2023.
A Comissão Especial V de Avaliação de Projetos do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, reuniu-se, com a presença de Anacarla Oliveira Flores, Ben Wilson Conceição Berardi, Loma Berenice Gomes Pereira, Sandro Giordani. A reunião foi coordenada pelo conselheiro Ben Wilson Conceição Berardi e teve, como secretária a conselheira Loma Berenice Gomes Pereira.
O projeto obteve a nota nota final de 4,17 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada por unanimidade, tendo sido submetido à rodada de priorização de projetos no dia 19/10/23. De acordo com sua pontuação e os critérios de desempate, foi considerado não prioritário, retornando para arquivo.
Alessandra Carvalho da Motta
Presidente do CEC/RS
Processo nº 00593/2023
Parecer nº 525/2023 CEC/RS
Projeto “HENRIQUE LEO FUHRO O BIÓGRAFO DA SOLIDÃO - 1ª EDIÇÃO - 2023” .
O projeto apresentado como Artes Integradas, consiste na edição de um livro bilíngue (Port/Ing) inventariando a obra do importante artista visual Henrique Fuhro, reconhecidamente um pioneiro da Pop Art no RS. Da xilogravura, até as pinturas, esse artista deixou um legado de grande valor para as Artes em nosso estado. Tendo sua estréia em exposições na década de 50, em um dos Salões da nossa gloriosa (hoje com 85 anos) Associação Chico Lisboa, com exposições em Bienais internacionais de São Paulo, na Bélgica e tendo obras em acervos internacionais, também.
Além do livro, com fotos ( Fernando Zago) das obras e textos de nossa maior crítico de arte, vivo, Jacob Klintowitz, o projeto inclui a criação de um site digital (Praetzel Publicidade) para constar obra, textos referenciais e, sobretudo, para marcar a inauguração do Instituto que leva o nome do artista. Também inclui uma exposição individual com obras do artista a ser tentada realizar em equipamento público de extrema importância como o MARGS e com curadoria do reconhecido curador Renato Rosa.
Na Dimensão Cidadã, há a preocupação em contar com o serviço da eficaz OVNI, empresa especializada em promover acessibilidades a portadores de deficiência, prevendo a utilização de Libras, na Contracapa, audiodescrição no site, enfim, demonstra um cuidado na garantia de acessibilidades universais. A distribuição gratuíta dos 1.500 exemplares em Universidades, Galerias, Escolas públicas, instituições afins garantem um retorno e a consecução dos objetivos propostos: preservar e divulgar o acervo do artista.
Na Dimensão Econômica, a editoração bilíngue ajuda a promover nossas artes internacionalmente, apenas apresenta uma planilha de custos totalmente voltada a LIC e com concentrações de renda de até 14% em apenas uma “voz” como é o caso da agência de Publicidade Praetzel, o que não é recomendado para a Economia da Cultura de nosso Estado através da LIC que utiliza verbas públicas. A inclusão de produtos para além da publicação, como o site de fundação do Inbstituto que leva o nome e acervo de nosso importante artista, coloca o projeto em um valor elevado, considerando a média de custos de projetos apresentados ao nossso Pró Cultura. O projeto conta apenas com o financiamento da LIC e não apresenta nenhuma intenção de patrocínio ou doação ou comercialização de serviços complementares ao seu financiamento. O que implica em redução na pontuação em relação a sua viabilidade.
Na Relevância, consideramos, como dito, de grande relevância, dialoigando plenamente dom nosso Plano Estadual da Cultura, embra o fato de não constar nenhuma iniciativa em procurar o Conselho Municipal de Cultura da cidade onde o artista habitou a maior parte do tempo de sua vida e criou a grande maioria de suas obras. O Conselho Estadual da Cultura, ao recomendar e valorizar a iniciativa de buscar a parceria simbólica do Conselho Municipal, está valorizando um importante einstrumento do nosso Plano Estadual da Cultura, os Conselhos, mesmo que em alguns casos não se consiga a carta de apoio, essa deve ser tentada. É uma das características daqueles que não são projetos de gabinetes, mas que vão a campo. O projeto, executado, deixa enorme legado para a Cultura local. Por issso estranhamos não possuir nenhuma carta de apoio da Prefeitura municipal nem do Conselho Municipal.
Em conclusão, o projeto “HENRIQUE LEO FUHRO O BIÓGRAFO DA SOLIDÃO - 1ª EDIÇÃO - 2023” foi recomendado a concorrer aos recursos disponíveis na priorização mensal, de acordo com o valor de R$ 692.823,76 (seiscentos e noventa e dois mil, oitocentos e vinte e três reais e setenta e seis centavos) solicitado pelo proponente junto ao Sistema Integrado de Apoio e Fomento à Cultura.
O projeto foi considerado recomendado para concorrer aos recursos disponíveis, obtendo a nota de 4,17 pontos sugerida pelo(a) relator(a) e aprovada por unanimidade. Lembrando que o proponente pode solicitar o pedido de revisão da nota, conforme orientação do Pró-Cultura, ou aguardar que o projeto concorra aos recursos na rodada de priorização mensal.
Consuelo Vallandro
Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul Departamento de Fomento Centro Administrativo do Estado: Av. Borges de Medeiros 1501, 10º andar - PORTO ALEGRE - RS