RODEIO DE PORTO ALEGRE - PARTE MUSICAL - 2020Processo: 0 | Data de entrada: 28/09/2019 | Situação atual: Arquivado - Indeferido Área/Segmento cultural: MÚSICA Local de realização: PORTO ALEGRE |
Identificação: O Presente Projeto pretende Fomentar, Promover e Estimular a Cultura Gaúcha em conjunto de ações culturais que comporão a Programação Artística e Cultural do Rodeio de Porto Alegre 2020, divulgando a produção musical local, com músicos e grupos locais, bem como estimular o artesanato criando um espaço de referência dentro do espaço do evento. Como sabemos os eventos de Rodeio tem movimentado as cidades por onde se instalam, grandes públicos e acabam se tornando grandes eventos culturais e artísticos, bem como movimentando a economia e o turismo local. Segundo Manoel Tubino, esportes de identidade cultural são aqueles que se originam na própria cultura nacional e regional. Sem dúvida, a cultura gaúcha também é compreendida a partir do esporte laço. O Rio Grande do Sul se destaca por ser um Estado de tradição pecuária, sendo o princípio de sua história vinculado às Missões, já reconhecidas como patrimônio da humanidade e por onde foi introduzido o gado, elemento base da competição. Não por acaso, a Lei 12.992/2008, declara a Estátua do Laçador integrante do patrimônio histórico e cultural e escultura-símbolo do Estado. As lidas campeiras são atividades seculares, sendo os rodeios a sua representação. Assim, as provas de laço são a recriação em forma de esporte de uma das atividades vinculadas à vida do campo que se confunde com a própria história do gaúcho. A primeira competição de laço que se tem conhecimento foi criada pelo Major João Cezimbra Jacques em 1912 estando a ideia registrada no livro Assuntos do Rio Grande do Sul, de autoria do inventor que, é reconhecido como o precursor do tradicionalismo. Já no início do século XX, o escritor reconhecia o laçar e o bolear como exercícios característicos da nossa terra e a prova inventada tinha a finalidade de relembrar as tradições do passado, podendo ser realizada a pé ou a cavalo e tendo sido denominada torneio de laço na caveira. Mais tarde, em 1951, a prática foi recriada com o nome de tiro de laço por Alfredo José dos Santos, no município de Esmeralda. Nesse momento passou-se a utilizar boi e foi está recriação que deu origem aos rodeios. Em 1984, o advogado e pecuarista Atanásio Neto fundou a Federação de Clubes de Laço do Mato Grosso do Sul, passando a promover a competição criada no Rio Grande do Sul como esporte, mas valorizando a tradição, conforme consta no estatuto da entidade. Em 2013 foi fundada a Federação Gaúcha de Laço – FGL, entidade de administração do desporto, tornando finalmente o laço prática desportiva formal no Rio Grande do Sul em conformidade com o que está previsto no § 1o do Art. 2º da Lei 9615/98. A FGL promove o laço como atividade esportiva e cultural, status que o esporte se encontra no momento, em conformidade com o previsto na Constituição Federal. Atualmente, são aproximadamente 100 mil laçadores no Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, o Laço como esporte está difundido em todo o território nacional, o que possibilita elevar a estimativa do número praticantes levando a um número substancial de laçadores. O fato é que em tempos de tantas inovações tecnológicas que levam ao sedentarismo e ao isolamento social, uma prática campeira muito antiga recriada na forma de esporte – o laço - ganha espaço no moderno mundo urbano, proporcionando a interação social e a movimentação física. É uma prática que não se limita ao campo e, o espaço que está sendo conquistado por ela contribui para manutenção da cultura gaúcha. Atualmente a tecnologia toma conta dos lares virtualizando o mundo, logo eliminando o movimento. Paralelamente a essa dinâmica contemporânea, uma atividade que remete o homem ao campo tem despertado a atenção de cidadãos urbanos proporcionando prazer e a retomada da atividade física. Trata-se de um entretenimento tipicamente gaúcho que une o campo e a cidade, sendo atualmente um elo entre a cultura rural e a urbana. Através deste projeto objetivamos ir além da realização de uma disputa do Rodeio de laço, visamos fomentar o gosto pelo laço e o amor a tradição campeira gaúcha, com uma programação musical que possa alegrar, atrair e divertir o público que frequenta o Rodeio de Porto Alegre. O Rodeio de Porto Alegre é Organizado pelo Sindicato Rural de Porto Alegre e a nossa Produtora realizará a Parte Artística e Cultural bem como a Feira de Artesanato, junto a está etapa do Rodeio da Capital. |
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