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Restauração da Torre Sul da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula - 2021

Processo: 20/1100-0001779-8 | Data de entrada: 03/11/2020 | Situação atual: Concluído
Produtor cultural: Perene Patrimônio Histórico e Restaurações Eireli

Área/Segmento cultural: PATRIMONIO CULTURAL MATERIAL

Local de realização: PELOTAS


Identificação:

O presente projeto contempla a execução de obras de restauração a serem realizadas na parte correspondente à Torre Sul da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula. Todos os serviços propostos nesta etapa estão baseados nas especificações técnicas do projeto de restauração elaborado anteriormente. É fundamental salientar que, devido à relevância e ao reconhecimento do valor artístico, histórico e cultural da Catedral em 31.08.2011, através da Portaria 036/11/SEDAC, a edificação foi inscrita no Livro Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado/IPHAE, o qual informou o Tombamento Estadual do Templo. Ampliando ainda mais este reconhecimento, no ano de 2018 a Catedral foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN, dentro do Conjunto Histórico de Pelotas (RS), o conjunto no Livro Tombo Histórico, no Livro Tombo de Belas e no Livro Tombo Arqueológico, etnográfico e paisagístico. O tombamento federal, tanto do Templo bem como da Praça José Bonifácio onde ele está implantado, consolida a importância e o grande valor deste bem patrimonial para a cidade, o estado e o país. Em seus mais de duzentos anos de existência, nos quais o tempo e a mão humana transformaram a capela em Catedral, em cujo largo as águas escoavam aos olhos dos transeuntes no chafariz importado da França, o legado de seu patrimônio material compreende aquilo de que melhor possuímos no interior do Estado do Rio Grande do Sul em termos de documentação, proteção, conservação, promoção, difusão e – atualmente – de educação patrimonial. Em 1812 foi obtido, pelo Padre Felício Joaquim da Costa, o alvará para a criação da Freguesia de São Francisco de Paula, quando se impôs a necessidade de uma Igreja Matriz. No ano de 1813, devido a uma decisão da freguesia, foi erguida uma Capela, que foi destruída por um raio. Entretanto, em 1826 foi edificado um templo maior, quase todo custeado por Domingos de Castro Antiqueira, o Visconde de Jaguari. A Diocese de Pelotas foi criada pela Bula Papal datada de 15 de agosto de 1910, assinada pelo papa Pio X. Para sediá-la, foi erguida a Casa Episcopal, adjacente à Igreja Matriz. A Igreja então passou a ser Catedral da nova Diocese. Seu primeiro bispo foi Dom Francisco de Campos Barreto. Uma intervenção considerável ocorreu entre os anos 1915 e 1919, consistindo de obras no interior do templo e construção de um anexo, ao fundo. Nesta data, a Catedral São Francisco de Paula conservava o aspecto imponente de seu frontispício, com duas grandes torres sineiras, porém com acanhado e desproporcional corpo principal. O largo fronteiro à igreja também foi remodelado, tendo sido caracterizado por um artístico chafariz removido em 1914, e edificado um pequeno canteiro, com quatro árvores, em 1916. O Centenário da Independência da República foi vividamente festejado, tendo sido implantada a herma a José Bonifácio de Andrada e Silva em frente ao templo, passando tal praça a receber o nome deste vulto patriota. A primeira grande reforma da Catedral São Francisco de Paula ocorreu no início da década de 1930, sob o projeto do frei franciscano Niceto Peters. A intervenção conservou a frontaria, com suas torres, e ajustou a proporção do corpo principal da edificação em relação àquela frontaria, demolindo para tal o antigo corpo e aumentando, assim, sua capacidade. São desta época também os dezesseis vitrais artísticos, distribuídos nas novas fachadas laterais, doações de famílias tradicionais pelotenses. Por iniciativa de Dom Antônio Zattera, terceiro bispo de Pelotas, em agosto de 1946 foi lançada a campanha de continuação das obras da Catedral. Com projeto do arquiteto Vitorino Zani, a construção começou em 1948, consistindo da ampliação do templo, ao fundo do limite existente. Foi realizada a edificação da cúpula-mor, cripta, sacristia, novo presbitério, além de outro volume, atrás do templo para sediar o novo salão paroquial São José. O cimento penteado, textura do acabamento externo, também remonta a esta reforma, inaugurada em março de 1950. No natal do mesmo ano foi inaugurada a decoração interna, com pinturas dos artistas italianos Aldo Locatelli, pintura figurativa, e Emílio Sessa, pintura decorativa, naturais de Bérgamo e contratados pessoalmente por Zattera. Também foi encomendado ao escultor Adolfo Gardoni – conterrâneo dos pintores - um altar-mor, esculpido em quinze tipos de mármore, inaugurado em agosto de 1951. No entanto, este patrimônio artístico-cultural sofreu danos significativos decorrentes da ação do tempo, da típica umidade do ar desta região e de antigos problemas de infiltração provenientes das coberturas e das fundações. Há 11 anos foi aprovado pelos órgãos competentes - Prefeitura Municipal e IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado) - o primeiro projeto de restauração elaborado de forma multidisciplinar, visando a preservação deste patrimônio. Deste então, diversos processos de preservação vêm ocorrendo por meio do investindo em projetos culturais para o reconhecimento e valorização do patrimônio por parte da comunidade. Alguns exemplos são: o projeto “Janelas da Alma”, o qual realizou a restauração das janelas do Salão Paroquial São José no ano de 2016; a limpeza adequada das fachadas de cimento penteado que estavam pichadas, no ano de 2017, processo acompanhado por profissionais para a retirada da tinta sem danificar o revestimento original; o projeto “Portas da História”, o qual visou à restauração das portas da Catedral, entre outros projetos envolvendo a sociedade para a conscientização da preservação de sua identidade. A Catedral consiste num marco essencial para a manutenção da origem cultural e histórica da comunidade da metade sul do Estado. As ações de conservação propostas nesta etapa visam à preservação da autenticidade e originalidade dos materiais e dos processos construtivos. Para isso, as obras e os serviços de restauração serão realizados com base no conhecimento histórico e técnico estabelecido por profissionais especializados e pelas instituições de proteção do patrimônio. Esta fase consiste na restauração de uma das torres frontais da edificação, a Torre Sul. Paralelamente à execução da obra, serão desenvolvidas atividades de Educação Patrimonial de acordo com a Instrução Normativa nº 001 de 2015 do IPHAN e mais recentemente a Portaria do nº 137 de 28 de abril de 2016 do mesmo Instituto, a qual estabelece diretrizes para este tema no âmbito do IPHAN e das Casas do Patrimônio.

  Período de realização: 08/03/2021 a 25/02/2022  
Valor aprovado: R$ 661.244,95  Vigência da captação: 25/02/2022  
Valor readequado: R$ -708,13   
Valor captado: R$ 661.244,95   Consultar as Empresas Patrocinadoras
Valor liberado: R$ 661.244,95 Prestação de contas Relatório Físico: 23/04/2022 
Valor autorizado para execução: R$ 660.536,82 Prestação de contas Relatório Financeiro: 23/04/2022 
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