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1º - Há algo que ecoa entre a terra e a língua - exposição Camila Proto - 2021

Processo: 0 | Data de entrada: 23/08/2021 | Situação atual: Arquivado - Indeferido
Produtor cultural: Carolina Bouvie Grippa ltda.

Área/Segmento cultural: ARTES VISUAIS: Artes plásticas

Local de realização: PORTO ALEGRE


Identificação:

Pensar o som é também pensar o mundo? Como enunciar e ouvir um mundo que, ao mesmo tempo em que se destrói, está a todo o momento se (re)inventando? Partindo dessas questões norteadoras, este projeto apresenta desdobramentos da pesquisa poética de Camila Proto: uma exposição individual, a publicação de um livro e de material educativo. A discussão sobre o meio sonoro na produção artística contemporânea tem ganhado importância, assim como as poéticas que são atravessadas por dimensões crítico-sócio-ambientais. Todavia, são escassas as abordagens que se distanciam da representatividade ou do apelo midiático, também são poucos os artistas que tratam do som enquanto estratégia por meio de experimentações interativas e processuais. Nesse sentido, a poética de Proto considera a necessidade de criar dispositivos outros que suscitam a (re)conexão sustentável com o território por meio das potencialidades sonoras. Isto é, a artista aposta na potência do som como meio para a resistência sócio-cultural e ambiental, bem como no seu potencial para a ativação da relação entre o público e as cidades. Com curadoria de Diego Hasse, a exposição está prevista para acontecer no MARGS, no início de 2022, sem data exata definida, tendo em vista as características interativas das instalações e sua viabilidade frente à atual crise sanitária. A mostra ocupará duas salas expositivas e ficará aberta para visitação durante 60 dias. Em cada uma das salas, o visitante terá uma experiência imersiva e tecnológico-interativa, por meio das instalações Ilha sonora (2019) e Microerosões (2020) (descritas em material anexo). Tais instalações instigam o público a pensar outras formas de se relacionar com um mundo em constante transformação. A exposição não visa apenas apresentar uma criação poética isolada, mas aposta em um meio tecnológico e interativo capaz de gerar novas relações do público com a arte e com o meio em que vive. Nesse sentindo, como parte do processo expositivo, os espectadores serão convidados a criar dispositivos (visuais e/ou sonoros), procurando e registrando o que consideram “ilhas sonoras” e “microerosões” em seu dia-a-dia nas cidades. Esses dispositivos serão veiculados ao perfil do instagram do próprio Margs. Como uma plataforma de ampliação da investigação dos ecos que o título do projeto sugere, tal solução intenta estimular a geração de novas experiências que aproximam a arte da vida digital cotidiana e uma (re)conexão do público com a cidade, após o longo período de distanciamento e isolamento social. O projeto também prevê a criação de material educativo a ser enviado gratuitamente para professores da rede básica de ensino, estimulando, assim, a formação de público e a ampliação da conexão entre o espectador e as propostas artísticas que extrapolam as fronteiras do museu. Outro ponto importante do projeto é o desenvolvimento do livro, em parceria com a editora Azulejo Arte Impressa, que tem como diferencial a apresentação textual e esquemática dos processos criativos e curatoriais. Ademais, trará imagens das instalações, uma entrevista com a artista e textos de críticos de diferentes áreas, tendo em vista o foco interdisciplinar da produção de Proto. Lançado ao final da exposição, o livro pretende ser um dispositivo que não fica preso à duração da mostra, incentivando o interesse pela produção e pesquisa em artes visuais e suas aproximações com os meios sonoros, digitais e tecnológicos, além das suas relações crítico-sócio-ambientais. No lançamento, também será realizada uma fala com a artista, o curador e os teóricos convidados. A publicação será distribuída gratuitamente, objetivando alcançar instituições públicas de educação e demais agentes interessados no assunto.

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