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Consulta de Projetos Culturais


1º - Bailanta Gaúcha - 2022

Processo: 00659/2021 | Data de entrada: 22/12/2021 | Situação atual: Arquivado - Não Prioritário
Produtor cultural: AÇORIANA - ASSOCIAÇÃO DE CULTURA, EVENTOS E PROMOÇÕES

Área/Segmento cultural: MÚSICA

Local de realização: VIAMÃO


Identificação:

“Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar”. Essa é uma frase clássica de Friederich Nietzsche (1844-1900), presente em seu livro “Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém”. Public Enemy, uma das maiores bandas de rap da história, canta em uma de suas letras “Party for Your Right to Fight” (festeje pelo seu direito de lutar). Na maior parte das tradições religiosas presentes na história da humanidade, a dança é transe e é reza, é elemento fundamental para a conexão com o divino. No livro “Dançando nas ruas - uma história do êxtase coletivo” (Barbara Ehrenreich, 2010, ed. Record), é descrito como diversos povos antigos se organizavam politicamente - e inclusive para guerras - tendo as danças como elemento fundamental para quaisquer que fossem as ações a serem tomadas. Pinturas rupestres pré-históricas localizadas em lugares na África, Índia, Austrália, Itália, Turquia, Israel, Irã e Egito, entre outros, ilustram cenas que o arqueólogo israelense Yosef Garfinkel afirma que se tratam de cenas de dança, “o tema mais frequente, na verdade quase o único, usado para descrever a interação entre as pessoas nos períodos Neolítico e Calcolítico”. Inclusive, vale como curiosidade, muitas das lendas de bruxas e monstros surgem a partir de interpretações destas mesmas pinturas, que retratavam comunidades inteiras usando máscaras em seus rituais. Nos últimos 70 anos, aqui no Rio Grande do Sul, as danças folclóricas e tradicionais se tornaram importante elemento de nossa identidade cultural. Para as sociedades rurais de nosso estado e para os homens e mulheres do campo, do interior, muitas vezes é a dança - e o contexto criado para e a partir de - a única forma de entretenimento e socialização coletiva e comunitária. Nos galpões e salões de CTGs, homens e mulheres, adultos, velhos e crianças, de todas as cores e classes sociais, convivem harmoniosamente em um tempo/espaço próprio, amalgamados pelas danças tradicionais gaúchas. Agora, se é a partir da dança que estes encontros e afetos acontecem, é possível afirmar, sob todas as perspectivas, o quanto estas pessoas estão carentes deste simples ato de encontrar o outro e com ele gerar movimentos. Em meio a pandemia do coronavírus são praticamente dois anos de resiliência, de readaptação, de novas tentativas. Mas para aquilo que é quase uma característica biológica e necessidade física, é mais complicado encontrar algo que a substitua e contemple as emoções que o ato de dançar provoca em nós enquanto seres humanos. Como uma celebração à vida, é proposto este projeto, Bailanta Gaúcha que tem como objeto principal um grande encontro festivo para que o público possa dançar. Partindo da história dos bailes gaúchos, é proposta uma programação musical com 05 shows, sendo eles Elton Saldanha, Jorge Guedes, Leonel Gomez, João Luiz Corrêa e Marcelo e Machado do Tchê. O evento será realizado em dois dias, ambos com entrada franca, e adotará todas as medidas e protocolos sanitários vigentes.

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