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Livro do Centenário - 2022

Processo: 0 | Data de entrada: 23/06/2022 | Situação atual: Arquivado - Indeferido
Produtor cultural: SOC. DE EDUCAÇÃO E CULTURA PORTALEGRENSE

Área/Segmento cultural: LITERATURA: Impressão de livro, revista e outros

Local de realização: PORTO ALEGRE


Identificação:

A imigração moderna de judeus para o Brasil começou em 1904, em duas colônias agrícolas no Rio Grande do Sul. Em poucos anos, já haviam judeus morando em Porto Alegre, originários, em sua maioria, da Polônia e da Rússia, onde sofriam com a pobreza e o antissemitismo. Havia também um grupo de judeus da Turquia que saiu de lá após a Primeira Guerra Mundial, com o fim do Império Otomano. Rapidamente, a comunidade judaica se organizou na capital gaúcha e entre locais de culto, centros de acolhida, clubes sociais e uma cooperativa de crédito, criou também uma instituição de ensino, preocupação tradicional dos judeus na diáspora. Trata-se do Colégio Israelita Brasileiro que ocupou inicialmente uma sala no prédio da sinagoga, e que completa cem anos em 2022 como uma das mais bem avaliadas escolas da cidade e do estado. A obra que aqui apresentamos é uma coletânea das memórias afetivas da comunidade judaica: o acervo fotográfico e o legado cultural dessa escola que nasceu no bairro Bom Fim para atender as primeiras gerações de imigrantes judeus, tornou-se aberta para a comunidade ampla e formou gerações de artistas, cientistas, médicos, profissionais liberais e empreendedores que deixaram valiosas contribuições na cultura porto-alegrense. O livro é composto por uma biografia do centenário da escola escrita pelo jornalista e escritor por Leo Gershman. A narrativa resgata uma parte importante da memória de Porto Alegre. Com uma visão antropológica, histórica e social acompanha as mudanças culturais pelas lentes de uma das mais importantes instituições sociais, no ambiente da educação. Além de evidenciar a contribuição da imigração judaica para a cultura e a identidade gaúchas, a obra tematiza as mudanças de comportamento, a sucessão de gerações e as transformações pelas quais passou a classe de profissionais da educação. O texto principal é acompanhado por um trabalho de pesquisa fotográfica e documental que enriquece a obra. Além de contar com crônicas e outros textos de escritores, jornalistas, psicanalistas, entre outros ícones da cultura gaúcha que estudaram na escola. A obra tem um interesse cultural que transcende a escola e a comunidade judaica. Seu viés não é meramente institucional, pois sua intencionalidade está voltada para o resgate de um elemento constitutivo da cultura porto-alegrense, o legado judaico, frequentemente negligenciado. Uma obra essencial para compreender contribuições que vão de Moacyr Scliar a Michel Laub; de Nelson Sirtosky a Flávio Prikladnicki; de Claudio Levitan a Nico Nicolaiewsky; de David Zimmerman a Celso Gutfreind; entre tantas outras.

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