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39º - RODA DE CHIMARRÃO - 2022

Processo: 22/1100-0001865-5 | Data de entrada: 24/05/2022 | Situação atual: Concluído
Produtor cultural: Associação Esportiva e Recreativa SER Randon

Área/Segmento cultural: TRADIÇÃO E FOLCLORE

Local de realização: CAXIAS DO SUL


Identificação:

A presente proposta de Projeto da Associação Esportiva e Recreativa Randon, prevê a realização de programação cultural e infraestrutura da 39ª Roda de Chimarrão, evento proposto para celebrar a Semana Farroupilha, oficializada através da Lei Estadual 4.850, de 11 de dezembro de 1964. Será realizada Sede da Associação, localizada à Travessa Cristal, S/N, Terceira Légua, Bairro de Galópolis, Caxias do Sul – RS, e prevê a promoção de diversas atividades culturais, abertas à comunidade, colaboradores, familiares e amigos, de forma totalmente gratuita, das 8h às 18h de um domingo de setembro/22. Inclusão e Acessibilidade: Visando a acessibilidade e a inclusão, o projeto será realizado em amplo espaço ao ar livre, com adaptações de rampas e tablados visando à acessibilidade para deficientes físicos e intelectuais. Está prevista tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), no palco, durante a abertura / protocolo e outras falas. Sustentabilidade: Está prevista a separação de lixo para reciclagem, além do reaproveitamento de materiais como banners, faixas, cartazes e outros a serem utilizados durante o evento, a fim de minimizar os impactos negativos que possam ocorrer no meio ambiente. Com o propósito de deixar um legado positivo para a comunidade será realizado o ato simbólico de plantio de uma árvore nativa no espaço do evento, chamando a atenção para a importância da preservação da natureza. Isto significa que o evento foi pautado observando-se os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – ODS, quais sejam: tradução simultânea para linguagem de sinais (ODS 5, 8, 10 e 16); facilidade de acesso, sem obstáculos, às pessoas com mobilidade reduzida (ODS 10); promoção da economia local por meio do recrutamento de empresas da região (ODS 8), redução da produção de resíduos (ODS 11 e 13) e gestão adequada dos resíduos. Enfim, a programação cultural acontecerá num domingo, durante todo o dia, das 8h às 18h, ao ar livre, em palco especialmente projetado para a finalidade, localizado em área central do espaço do evento, com 350 cadeiras colocadas em frente ao palco, contando também com outros espaços cobertos com tendas e bancos, localizados em lugares estratégicos, para maior conforto do público, considerando-se o número de horas do evento e as questões climáticas. Para facilitar o deslocamento de forma mais acessível, estão previstos tablados para circulação em determinados espaços irregulares próximos ao palco, haja vista que um grande número de pessoas (familiares, amigos e comunidade) apresentam mobilidade reduzida, conforme verificado em edições anteriores. Os shows acontecerão no palco principal, mas também está prevista música incidental executada em determinados horários e locais, conforme o agrupamento das pessoas, em espaço especialmente dimensionado para receber um público previsto de aproximadamente 5 mil pessoas. Não está proposta transmissão ao vivo, em virtude da localização ser relativamente distante do centro da cidade e não haver a tecnologia necessária a uma transmissão segura. No entanto, os shows serão gravados e disponibilizados nas redes sociais, posteriormente ao evento, para uma maior abrangência da ação. Também estão previstos dois fotógrafos para os registros das atividades, cujas fotos serão postadas nas redes sociais, gerando envolvimento também posteriormente ao evento. O evento será conduzido por Mestre de Cerimônias Os Hinos Nacional e Rio-grandense serão executados em gaita. Espetáculo de danças do primeiro CTG convidado - duração aproximada: 45 minutos Espetáculo de danças do segundo CTG convidado (a definir) – duração aproximada: 45 minutos Os shows de danças dos 2 CTGs convidados, executarão apresentações de danças de suas invernadas mirim, adulta, veterana e individuais, como o Maçanico e o Ponta e Taco, o Duas Damas e o Anú e a Valsa da Mão Trocada e o Balaio, envolvendo em torno de 80 pessoas cada CTG, acompanhados por música ao vivo. Show Musical de Robison Boeira e Grupo, composto por Robison Boeira – Gaita ponto e voz, Jonis Boeira – Violão e voz, Edemur Pereira – Percussão, Rafael de Boni – Acordeon, Silvio Spanholi – Violão e voz, Rodrigo Ziliotto – Contrabaixo. No repertório canções consagradas, tais como: na Baixada do Manduca, Motivos de Campo, Mercedita, Km 11, Chamamecero, Prece, entre outras. O show terá duração de, aproximadamente, 1h30min. Pausa para Almoço Segundo Show Musical, com grupo de projeção, a ser definido posteriormente, dependendo de agenda a ser confirmada, após a captação dos recursos do projeto. O show terá duração de, aproximadamente, 1h30min. Os artistas se apresentarão em palco especialmente montado, com PPCI aprovado, e adequadas estruturas de sonorização e iluminação. Na frente do palco um estrado com 350 cadeiras para maior conforto dos presentes, coberturas para caso de chuva, banheiros químicos femininos masculinos e 1 adaptado para cadeirantes, lavatórios e equipes de organização e logística. A coordenação geral, assim como a Direção Artística e Curadoria do projeto ficarão a cargo de Rubia Frizzo, que possui em seu currículo larga experiência na área cultural, tendo atuado como Secretária da Cultura de Caxias do Sul, diretora de Cultura e Desfiles da Festa da Uva, Desfiles de Carnaval, feiras do livro, entre outros eventos de grande porte. A direção de produção ficará a cargo de Boeira Produções, auxiliado por outras pessoas contratadas. A concepção gráfica a cargo de Ernani Millan Carraro, designer premiado em projetos culturais. A assessoria de comunicação de Carolina F. Palma. Assessoria de marketing de Artéria Presença Digital. Registros fotográficos do projeto de responsabilidade de Miriam Cardoso. Palco, coberturas e tablados e cadeiras de Vibe Locações. Fornecimento da sonorização, iluminação, gerador e captura de imagens da Progressiva Som e Luz. Equipes de recepção e apoio fornecedores com larga experiência em projetos dessa natureza. JUSTIFICATIVA Sabe-se que durante os Festejos Farroupilhas aflora ainda mais o sentimento de orgulho do passado, quando os costumes e as tradições lembram a simplicidade da vida no campo, exaltando a cultura riograndense. Considerando que ´´cultura´, sem qualquer pretensão de aprofundamento nesse conceito plúrimo, não é simplesmente um referente que marca uma hierarquia de ´civilização´, mas a maneira de viver total de um grupo, sociedade, país ou lugar. Ou como explicado pela antropologia social e a sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. A Semana Farroupilha tornou-se um momento de culto às tradições gaúchas, envolvendo não só os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), mas diversas outras instituições e segmentos sociais que participam ativamente das celebrações. Em 2022, os Festejos Farroupilhas, tendo patrono Adair de Freitas, tem como tema “Etnias do Gaúcho: Rio Grande, Terra de Muitas Terras”, e é assim que a Roda de Chimarrão quer celebrar o ano de 2022 após esse grande e doloroso período de isolamento social, com muita alegria, paz, congraçamento, diversidade e inclusão. A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, teve início na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 20 de setembro de 1835, estendendo-se até março de 1845. Esse período de quase uma década é considerado como uma das mais importantes passagens da história do Rio Grande do Sul, um marco na formação social e política do estado. O movimento revolucionário, que tinha como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi a mais longa revolta civil no país e retratou a diversidade das relações sociais e políticas que abalaram o Império brasileiro naquela época. De caráter regional, a Revolução Farroupilha adquiriu também um grande significado na esfera nacional. A data de 20 de setembro assinala o início da Guerra dos Farrapos, quando os farroupilhas venceram o confronto da Ponte da Azenha e entraram na província de Porto Alegre, liderados por Bento Gonçalves. O conflito resultou na declaração de independência do Estado do Rio Grande do Sul e deu origem à República do Piratini, que durou cerca de sete anos. Relembrar essa história e essa memória, faz parte dos objetivos desse evento, que começa muito antes de um domingo de setembro, por meio da preparação para a data, das ações de mobilização, do engajamento das equipes de produção e da sensibilização para a participação. São nessas ocasiões que se cria um ambiente propício para disseminar conhecimento sobre as características da formação cultural do nosso estado, tão rica e diversa, passando pelo índio, africano, mameluco, açoriano, polonês, alemão, italiano, entre outros, cada qual com sua indumentária, culinária, crenças, músicas e danças. E de como eles mesclaram suas culturas, criando algo novo por aqui. E de como o histórico movimento criado por aqueles jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, oriundos de diferentes cidades do Rio Grande do Sul, também foi absorvido por pessoas das mais diferentes origens. Caxias do Sul, Capital da Região Metropolitana da Serra Gaúcha, com população regional estimada em aproximadamente um milhão de pessoas, também foi formada por múltiplas origens. Seja no movimento de imigração iniciado em 1875, ou nas décadas posteriores atraindo milhares de trabalhadores das mais diversas regiões do estado para suas indústrias, colégios, faculdades e universidade, fazendo da cidade uma referência, como a segunda cidade do estado, em termos econômicos. Muitas dessas pessoas por aqui permaneceram, constituíram suas famílias, fizeram novas amizades, criaram um sentimento de irmandade e união. Foi esse mesmo sentimento de orgulho que trouxe o Roda de Chimarrão à sua 39ª edição, iniciada dentro de uma associação, mas aos poucos se expandindo para o envolvimento com a comunidade em geral. Sempre visando celebrar a diversidade, contribuir para eliminação de preconceitos e discriminações que grassam no meio social, tornando-se um reduto de convivência e respeito mútuos. O evento sempre contou com significativo envolvimento da comunidade, e já trouxe expressivos nomes da cultura regional, estadual e nacional em edições anteriores. Seu custeio era bancado por meio de ações realizadas durante todo o ano, como almoços, jantares, saraus, fandangos, entre outros, que permitiam as diversas contratações necessárias à realização das atividades. Em virtude do longo período de distanciamento social provocado pela pandemia, não foi possível realizar essas atividades com a devida antecedência. Por isso e por querer ampliar a abrangência do projeto, envolvendo a comunidade de uma forma mais expressiva, busca-se esses recursos junto à LIC RS, para dar continuidade a tão significativa trajetória. A proposta prevê o financiamento da parte cultural e da infraestrutura necessária à acessibilidade e inclusão, oferecendo o uso dos espaços de churrasqueiras, espaços para pic-nic, além de outras atividades que podem ser desenvolvidas ao ar livre. Tudo para que as famílias e amigos possam desfrutar de um domingo especial, regado a muito chimarrão, com água quente distribuída e atividades sem quaisquer custos para os participantes. Esta edição apresentará uma Roda de Chimarrão diferente, pois trata-se de um retorno após dois anos de pandemia. Mas, mantém vivo o intuito inicial de ampliar o engajamento da comunidade no cultivo à Tradição e à Cultura Gaúchas, através do conhecimento dos usos e costumes do povo sul rio-grandense. Com democratização da cultura por meio do livre acesso, do incentivo ao desenvolvimento de novos talentos, proporcionando ao público espetáculos que valorizam a nossa arte, costumes e tradições, levando os participantes a compreenderem o valor cultural do tradicionalismo e divulgando o verdadeiro sentido da Semana Farroupilha, a 39ª Roda de Chimarrão também será um marco na retomada dos eventos presenciais. Enfim, o evento destina-se a um grande congraçamento e celebração, mas, muito mais do que reunir os amigos, cantar o Hino, vestir uma pilcha, tomar um mate, assistir a belos espetáculos, será um momento para manter viva a chama do tradicionalismo entre os que já são engajados e, despertar o interesse e o amor pelas tradições gaúchas, entre os que ainda não a cultuam, valorizando-a dentro do contexto da cultura brasileira. * Enfatiza-se que em todas as etapas do projeto serão seguidas as recomendações dos protocolos sanitários que estiverem vigentes na ocasião.

  Período de realização: 25/09/2022 a 20/10/2022  
Valor aprovado: R$ 221.427,74  Vigência da captação: 20/10/2022  
Valor readequado: R$ -11.427,74   
Valor captado: R$ 210.000,00   Consultar as Empresas Patrocinadoras
Valor liberado: R$ 210.000,00 Prestação de contas Relatório Físico: 01/04/2023 
Valor autorizado para execução: R$ 210.000,00 Prestação de contas Relatório Financeiro: 01/04/2023 
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