EXPOSIÇÃO - FESTA INTERNACIONAL DAS ETNIAS - 2022

Processo: 22/1100-0002219-9 | Data de entrada: 11/07/2022 | Situação atual: Concluído
Produtor cultural: UNIÃO DAS ETNIAS DE IJUÍ

Área/Segmento cultural: TRADIÇÃO E FOLCLORE

Local de realização: IJUÍ

Página na Internet: WWW.ETNIASIJUI.COM,BR

Identificação:

O presente projeto prevê a realização da EXPOSIÇÃO FESTA INTERNACIONAL DAS ETNIAS (EXPOFEST IJUÍ), no período de 06 a 16 de outubro do presente ano, no Parque de Exposições Wanderley Agostinho Burmann, na Cidade de Ijuí – RS, “Capital Nacional das Etnias”. O Projeto, existente há 35 anos ininterruptos, assumiu nova nomenclatura neste ano de 2022, após ser realizado em suas 35 edições anteriores sob o nome de FESTA NACIONAL DAS CULTURAS DIVERSIFICADAS (FENADI). A EXPOSIÇÃO FESTA INTERNACIONAL DAS ETNIAS tem como propósito incorporar e ampliar o legado histórico da FENADI, realizada desde 1987. Sua nova nomenclatura foi estudada ao longo dos últimos anos e hoje resume em si sua abrangência internacional, construída ao longo de quase 4 décadas. Se trata de um evento singular, que resgata, revive e preserva costumes, tradições, danças, músicas, arquiteturas, vestimentas, gastronomias, usos e costumes dos colonizadores, em sua maioria imigrantes, que chegaram em Ijuí a partir de 1890, quando iniciou o seu processo de colonização. “Ijuhy” foi a 1ª Colônia Oficial da República no Rio Grande do Sul e é considerada Colônia Multiétnica Pioneira no Brasil. Já na primeira década de colonização, registrou-se a participação de 19 etnias distintas e em toda a formação étnico-cultural do Município registra-se mais de 30 etnias colaboradoras, através de seus descendentes. A FENADI possui 13 grupos étnicos organizados que representam: Afro-descendentes, Alemães, Árabes, Austríacos, Espanhóis, Holandeses, Italianos, Letos, Poloneses, Portugueses, Suecos e Japoneses. Além disso, existe a Associação Tradicionalista Querência Gaúcha que representa a cultura Rio-Grandense. O Projeto EXPOSIÇÃO FESTA INTERNACIONAL DAS ETNIAS, prima pela valorização e propagação da cultura destes 13 Centros Culturais, proporcionando ao visitante uma viagem inesquecível de puro conhecimento cultural, por meio das construções típicas de cada casa e seus respectivos artesanatos, fotografias, peças museológicas, gastronomia, teatro, canto e dança. Destacam-se os mais de 30 grupos artísticos e culturais que se apresentam em suas casas e no renomado Palco das Etnias, diariamente. No Palco das Etnias acontecem diariamente apresentações de todos os grupos participantes do projeto, além de convidados especiais, escolas e grupos culturais de todo o Estado, contatados e cadastrados previamente. Estão previstas aproximadamente 200 apresentações artísticas, somente no Palco das Etnias, durante todos os dias do evento. Para esta edição histórica, a União das Etnias, responsável pelo projeto, com o apoio do Município – Poder Executivo, levará ao público uma grande novidade: O Palco Mundo, um lugar moderno, no coração do Parque, que terá capacidade para 400 pessoas sentadas, além do público circulante, que poderá assistir das imediações. Este palco abrigará inúmeras programações constantes na programação do evento. O evento originou-se nos idos de 1987, quando o município de Ijuí buscou, em suas raízes, valorizar a sua formação cultural diferenciada. Dentro de um projeto de retomada do desenvolvimento (muito parecido ao que estamos vivendo hoje), o Município soube se reinventar, resgatando sua história e valorizando suas potencialidades. De caráter singular, ele resgata, revive e preserva costumes, tradições, danças, músicas, arquiteturas, vestimentas, gastronomias, usos e costumes dos colonizadores, em sua maioria imigrantes, que chegaram a partir de 1890, quando iniciou o seu processo de colonização. “Ijuhy” foi a 1ª Colônia Oficial da República no Rio Grande do Sul e é considerada Colônia Multiétnica Pioneira no Brasil. Já na primeira década de colonização, teve a participação de 19 etnias e em toda a formação étnico-cultural do Município registra a presença de 48 povos (conhecidos até a presente data). Destaca-se ainda que, no últimos três anos, foram “reveladas” a presença de descendentes de Jordanianos, Ingleses, Haitianos, Egípcios, Senegaleses, Cubanos, Chineses, Colombianos, Kuwaitianos, Boémios, Venezuelanos e Escoceses. As 48 etnias são: Guarani (indígena), Kaingang (indígena), Angolanos (afro-descendentes de origem Banta), Congoleses (afro-descendentes de origem Banta), Moçambiquenhos (afro-descendentes de origem Banta), Italianos, Alemães, Poloneses, Russos, Letos, Lituanos, Austríacos, Holandeses, Suecos, Espanhóis, Portugueses, Franceses, Libaneses, Palestinos, Rutenos, Checos, Finlandeses, Gregos, Sírios, Argentinos, Belgas, Japoneses, Judeus, Norte Americanos, Paraguaios, Suíços, Ucranianos, Húngaros, Uruguaios, Dinamarqueses, Jordanianos, Ingleses, Haitianos, Egípcios, Senegaleses, Cubanos, Chineses, Colombianos, Kuwaitianos, Boémios, Venezuelanos, Escoceses e Gaúchos – Brasileiros. Ao longo dos últimos 130 anos, Ijuí foi citada em inúmeros estudos que retratam os idos de 1890 a 1900, como sendo a “Babel do Novo Mundo”. Não é a toa que a comunidade de Ijuí construiu um patrimônio histórico riquíssimo e, através dos centros culturais étnicos, resgatou, preservou e difundiu a cultura das etnias como um bem maior da sociedade. O evento, historicamente, possui um alcance regional reconhecido, levando a cada edição ao “Parque das Etnias”, denominado Wanderley Agostinho Burmann, uma parcela significativa da grande região que circunda Ijuí, além de turistas de todo o Brasil. Ressalta-se que ingressos populares e entradas gratuitas sempre permitiram a democratização de acesso. Inclusão social, através de inúmeras ações, sempre fizeram parte da proposta cultural deste projeto continuado, especialmente nos últimos anos, com a inserção de intérpretes de libras em todas as programações do palco e transmissão pela internet. A EXPOFEST IJUÍ, ganha força ainda maior para sua realização, dada a sua importância para a comunidade para a retomada da economia da cultura, na qual inúmeras empresas e profissionais estão ligados diretamente e, especialmente, para a garantia de continuidade e mobilização dos mais de 1200 jovens e 5000 voluntários que fazem parte dos grupos culturais da UNIÃO DAS ETNIAS. A data do evento segue, historicamente, dentro do mês de aniversário do Município, que é 19 de Outubro. O formato do evento nos dois anos de pandemia, demonstrou sua importância inegável à cultura étnica do país. Foram mais de 20 milhões de pessoas alcançadas pelas redes sociais e mais de 400 mil pessoas que assistiram as produções. Números que alicerçam a escolha para a nova nomenclatura pois houveram participações de mais de 36 países de 4 continentes. A programação financiada com recursos do Pró-Cultura, Lei Rouanet e contrapartida do Município de Ijuí contemplará os seguintes shows: BEM GAÚCHA com Analise Severo, MARIA LUIZA BENITEZ, AS MARAGATAS, ELIS & ELAS, GAÚCHO DA FRONTEIRA, FESTIVAIS DE ROCK COM BANDAS LOCAIS, ESPETACULO INFANTIL TRUPE BARTHOLO, MAGICAL MISTERY – TRIBUTO AOS BEATLES, FESTIVAIS PESQUEIRO DA CANÇÃO E FESTIVAL CANTO DE LUZ, SHOW COM LUIZA BARBOSA, RODRIGO SOLTTON, ESPETÁCULO BIRIBINHA NA CAPITAL NACIONAL DAS ETNIAS, DELCIO TAVARES E TRIO, SHOW INTERNACIONAL COM GRUPO NUESTRO CANTO, ABBA MAJESTAT – TRIBUTO AO ABBA E ESPETÁCULOS INDIGENAS COM GRUPO RÊ JUR -KAINGANG E MBYA -GUARANI. Para a organização do espaço cultural da EXPOFEST IJUÍ, a exemplo das edições passadas, serão investidos recursos originários da comercialização de ingressos do evento. O valor de comercialização é estipulado através de um orçamento prévio, elaborado pela Comissão de Cultura do Evento, de acordo com as necessidades da edição. Para este ano de 2022, o montante necessário para complementar as necessidades é de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Este valor encontra-se apontado em planilha anexa ao projeto. Vale ressaltar que há uma infraestrutura muito grande a ser mantida e construída paralelamente a este MOSAICO CULTURAL dentro do parque de Exposições e que não aparece no projeto, pois faz parte de investimentos oriundos do poder Público Municipal e da União das Etnias, durante todo o ano, como: infraestruturas, pinturas, iluminação, energia elétrica e empresas terceirizadas de manutenção, limpeza e segurança. Vale ressaltar que o evento se consolida a cada ano como uma nobre oportunidade de aproximação da comunidade à cultura, diminuindo a exclusão social, através da participação maciça da comunidade regional a qual tem acesso ao parque a preços populares, além da distribuição de uma parcela vultosa à população. Haverá cobrança de ingressos a preço popular em dias específicos. Dois dias da programação serão inteiramente gratuitos. Para os grupos de terceira idade será cobrado meio-ingresso. Serão destinados ingressos à 36ª CRE, aos Expositores, Organizadores, Grupos e aos Estudantes organizados pelos seus educandários a entrada será franca.----------------------------------------------- Para este ano estamos voltando a trabalhar com a Lei Rouanet, a qual inicia sua tramitação juntamente com a Lei Estadual. Priorizamos os cachês para os grupos étnicos envolvidos, shows culturais e equipes de profissionais, por entendermos o papel fundamental de cada um, no processo de retomada e fortalecimento da economia da cultura local. Vale ressaltar que o evento acontece anualmente, de forma ininterrupta, há 35 anos e, especialmente, nos últimos 20 anos, contou com o financiamento da Lei Estadual de Inventivo à Cultura. ............................................. Neste sentido, é preciso olhar para trás e, depois de tantos anos de sucesso deste grande projeto cultural de Ijuí, lembrar-nos que sua existência não é motivada por um sentimento saudosista ou de um simples rememorar de diversas origens. O sentido da EXPOSIÇÃO FESTA INTERNACIONAL DAS ETNIAS é a celebração de um sucesso. O sucesso daqueles que tiveram a bravura de deixar as dificuldades de seus países de origem para trás, o sucesso de pessoas e famílias que não possuíam nada além de seu desejo de uma vida melhor, mais digna e com mais oportunidades para seus filhos e, com o suor do rosto e a coragem no peito, ajudaram a construir uma nova sociedade que, embora multiétnica, soube preservar as particularidades culturais de cada povo. É portanto, também, o sucesso da tolerância e da cooperação. É somente nesta perspectiva que conseguimos entender porque a união de povos tão diferentes, com culturas tão específicas, conseguiu gerar algo tão maravilhoso como o que vemos em Ijuí. Nosso futuro deve se pautar nesta mesma perspectiva. Como dar continuidade a este projeto com sustentabilidade. Como, a cada ano, criar o novo com base no velho. Como rejuvenescer este velho de modo a que o que sempre permaneça seja o exemplo de sucesso e abnegação de nossos pais e de cada homem e mulher que transformou uma terra inóspita em um lar... Existe uma ponte que transforma mutirões voluntaristas em projetos permanentes. Esta ponte é construída quando uma comunidade percebe que já não pode viver sem aquele projeto e assume sua existência como condição de sua própria identidade. Assim é a EXPOFEST IJUÍ 2022, um desafio enorme para mantermos unida e pulsante a cultura da nossa gente! Este é o desafio que o presente nos coloca. Dar continuidade a este projeto tendo a capacidade de rever permanentemente o passado com os olhos e circunstâncias do presente. É reapresentá-lo a cada ano sob um novo olhar, sob uma nova perspectiva, sob um novo desafio de futuro. Enfim, enquanto sociedade, nosso desafio coletivo é mantermos vivo este evento, não simplesmente por respeito à trajetória de nossos pais, mas pela responsabilidade que temos com o futuro de nossos filhos! ______________________________________________________________________________________________________________ # Para complemento desta apresentação estão anexados documentos diversos, apresentações em vídeo e um histórico ilustrado das últimas três edições do evento. ______________________________________________________________________________________________________________ # Pede-se ao Conselho Estadual de Cultura o máximo de celeridade possível, tendo em vista a relevância deste projeto para a Cultura do Estado e a sua importância para o fortalecimento da Cadeia da Cultura.