1º - Rua das Artes, Escadaria 14 de Outubro - 2023

Processo: 00170/2023 | Data de entrada: 04/04/2023 | Situação atual: Inabilitado
Produtor cultural: CULTURA & CIDADANIA

Área/Segmento cultural: PATRIMONIO CULTURAL IMATERIAL

Local de realização: GUAÍBA

Identificação:

O presente Projeto busca o segmento das ações de Arquitetura, construção e modernização, para revitalização na Edição I - Rua das Artes, Escadaria 14 de Outubro, apresentando o Layout para intervenção artística, com a execução de obras de restauração através da técnica de mosaico, projeto este que tem como idealizador o Secretário de Turismo e de Cultura de Guaíba, Ivo Schergl Júnior. O projeto consiste no revestimento da camada externa, cobrindo a alvenaria com ladrilhos da Escadaria 14 de Outubro, localizada no coração do Município de Guaíba, em nobre área cultural, cujo nome homenageia sua fundação, datada em 14 de outubro de 1926. Berço da Revolução Farroupilha, a Escadaria 14 de Outubro, encontra-se \"aos pés\" da casa de Gomes Jardim. A antiga sesmaria de Antônio Ferreira Leitão passou, por herança, para sua filha dona Isabel Leonor, casada com José Gomes de Vasconcelos Jardim. Esta fazenda foi escolhida pelos líderes farroupilhas como ponto de encontro para as últimas tratativas referentes à tomada de Porto Alegre, por ser um local estratégico militar. Na casa de Gomes Jardim e sob a sombra do Cipreste Farroupilha foram acertados os planos para a invasão da capital da província, o que ocorreu às 23 horas da noite do dia 19 para 20 de setembro de 1835. Gomes Jardim liderando 60 (sessenta) homens, partiu da conhecida Praia da Alegria para atravessar o Lago Guaíba e unir-se às forças de Onofre Pires que já esperavam na margem esquerda. O título \"Guaíba Berço da Revolução Farroupilha\" surgiu na década de 1960, quando um Centro de Tradições Gaúchas de Porto Alegre chamado Maragato, com sede provisória em Guaíba, em um desfile de cavalarianos no 20 de setembro, carregou uma faixa com estes dizeres, homenageando o município. Deste momento em diante, a população guaibense nunca mais deixou de citar a homenagem recebida. No ano das comemorações do centenário da Revolução Farroupilha, o projeto ressalta sua importância histórica para o Estado do Rio Grande do Sul, retratando-a através as imagens escolhidas para a intervenção. Os ladrilhos apresentam 5 (cinco) imagens do fato histórico ocorrido nas localidades de Guaíba e Porto Alegre, 1 (um) da nossa tradição gaúcha e 1 (um) contemporâneo da Escadaria vista do Lago Guaíba. Os 7 (sete) elementos escolhidos a serem trabalhados em ordem cronológica, no sentido de baixo para cima, ao subir os lances das escadas e a revitalização no topo da escadaria, na parede do belvedere, se dará da seguinte forma: 1º lance, “Escadaria 14 de Outubro Vista do Lago Guaíba” que busca estimular a preservação da memória cultural do ponto turístico observado pela população e seus visitantes/ turistas, tanto ao caminhar pela Rua Quatorze de Outubro e orla da cidade, bem como ao navegar pelo lago; 2º lance, “O Gaúcho” que busca a valorização do seu tipo humano e suas características com sua lida no campo, aspectos tão preservados na nossa cultura do Estado do Rio Grande do Sul; 3º lance, “Marco Farroupilha” que busca promover a preservação histórica do obelisco da cidade de Guaíba, localizado Balneário Alegria, monumento este construído em 1965, que marca o local do início da Revolução Farroupilha, localidade essa, em que zarparam as embarcações em direção à Porto Alegre, que culminou com a sua tomada e início da mais longa Revolta Regencial, com 10 (dez) anos de duração entre os anos de 1835 à 1845; 4º lance, ”Combate da Ponte da Azenha”, busca retratar historicamente a batalha, ocorrida na noite de 19 (dezenove) para 20 (vinte) de setembro de 1835, fato este que deu início a Revolução Farroupilha, com a tomada de Porto Alegre, planejada na localidade do atual Município de Guaíba, berço da revolução; 5º lance, “Travessia dos Barcos Farroupilhas” e as Pedras brancas do Lago Guaíba” que busca retratar o resgate histórico dos mais de 60 (sessenta) homens liderados por José Gomes de Vasconcelos Jardim – ícone para a cidade de Guaíba – que cruzaram as águas do Lago Guaíba, em barcos, dando início à Revolução Farroupilha e a paisagem ao fundo da Ilha das Pedras Brancas, cuja formação rochosa data de aproximadamente 600 (seiscentos) milhões de anos; 6º lance, “A Reunião dos Revolucionários Farroupilhas” que busca valorizar e preservar o local histórico – o Cipreste que fica em frente ao Casarão, patrimônio do Município de Guaíba – com a imagem à sombra do Cipreste Farroupilha, as figuras de Bento Gonçalves da Silva, José Gomes de Vasconcelos Jardim, Onofre Pires da Silveira Canto e outros líderes, que planejaram o ataque à cidade de Porto Alegre, executado em 18 de setembro de 1835; 7º lance, “Casarão da Estância das Pedras Brancas” que busca homenagear o casarão, que faz parte da história do Rio Grande do Sul, especialmente da cidade de Guaíba e que fica a alguns metros do local da intervenção artística - objeto deste projeto - cujo proprietário, à época, era José Gomes de Vasconcelos Jardim, um dos líderes da Revolução Farroupilha e Presidente da República Rio Grandense; 8º “Revitalização da Pintura do Mirante”, que busca renovar a arte na parede do belvedere, no topo da Escadaria 14 de Outubro.