1º - QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS ALIMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO AQUECENDO O RS INTEIRO - 2023Processo: 00503/2023 | Data de entrada: 26/07/2023 | Situação atual: Arquivado - Não Prioritário Área/Segmento cultural: TRADIÇÃO E FOLCLORE Local de realização: IJUÍ |
Identificação: Apresentamos nosso projeto que versa sobre as danças tradicionalistas gaúchas as quais têm o dom de enriquecer todo um contexto cultural de uma sociedade, através do do Grupo Folclórico Fogo de Chão, em Ijuí. Este município é formado pelos grupos étnicos dos povos originários, afro-brasileiros, portugueses, franceses, italianos, alemães, poloneses, austríacos, letos, holandeses, suecos, espanhóis, japoneses, russos, árabes, libaneses, lituanos, ucranianos dentre outros, que têm em comum o respeito e o gradativo amor as tradições gaúchas. O Fogo de Chão adotou o nome de Grupo Folclórico por ser o folclore o termo que reúne questões importantes para o entendimento das práticas artísticas e ideológicas que permeiam a dança no Brasil, como brasilidade, autenticidade, corporalidade e alteridade. Ao mesmo tempo, refere-se a segmentos específicos de produção artística. Fundado há 42 anos, com o Lema “Não temos morada, nossa casa é o Rio Grande”, ora idealizamos o projeto QUEIMANDO TOCO POR TOCO VAMOS AUMENTAR NOSSO BRASEIRO, FOGO DE CHÃO, AQUECENDO O RIO GRANDE INTEIRO, com o objetivo primeiro de resgatar o projeto Arte Dança e Show que por 4 anos levamos pelo Brasil com coreografias criativas contextualizadas em fatos históricos, participar de apresentações, eventos e festivais, e desenvolver, qualificar e ampliar o numero de participantes das invernadas artísticas de danças sem discriminações de qualquer tipo, como raça, gênero, religião e etnia e atender uma parcela da comunidade mais vulnerável socioeconomicamente. Para ilustrar o quanto estamos envolvidos com as danças, relacionamos nossas participações em 2022: 4º Encaf – CTG Clube Farroupilha Ijuí/ RS - Abril/2022 – 1º Lugar Veterano/ Tri Campeão da Chaleirada Artística – Maio 2022/ GF Chaleira Preta – Ijuí/RS/ 3º Lugar Reculuta Farroupilha – Maio 2022 – Passo Fundo/ RS}/ 1 º Lugar Categoria Veterana - Circuito Artístico 9ª RT –Agosto / 2022 - CTG Gaspar Silveira Martins Ajuricaba/RS/ Sede da Inter-regional do Enart Setembro/2022 – Ijuí / RS/ Tri Campeão da Chaleirada Artística – Maio 2022 - GF Chaleira Preta – Ijuí/RS/ 3º Lugar Reculuta Farroupilha – Maio 2022 – Passo Fundo/ RS/ Abertura Semana Farroupilha Setembro 2022/ Guarda da Chama Crioula na Praça Municipal /Apresentações Artísticas Invernada Mirim e juvenil em nosso Galpão – Setembro 2022/ Pré Estreia Invernada Veterana na Semana Farroupilha – Setembro 2022/ Desfile 20 de Setembro / Ensaios semanais de todas as invernadas, na sede/ Participação das invernadas Mirim, Juvenil e Veterana na ExpofestOutubro 2022/ Participações do Chuleador Luís Soares em eventos no ano de 2022 / Encaf – Campeão Juvenil / Chaleirada Artística – Vice-Campeão / Conart – Cruz Alta – 3º lugar adulto / Rodeio Ajuricaba – Vice Campeão Adulto /Cimiart – 3º Lugar Adulto/ Santa Rosa - Vice Campeão Adulto / 3º Lugar Adulto / Expofest / Cimiart São Borja Campeão Adulto / Apresentação na Semana Farroupilha no SENAC Ijuí / Participação no 35º ENART – Novembro 2022. Nas invernadas o público alvo que participa são os cidadãos do município, a maioria do entorno do CTG, o que inclui recebermos e acolhermos pessoas em vulnerabilidade sócio econômica, e também damos especial atenção às pessoas consideradas pertencentes a minorias sociais, de maneira inclusiva. As aulas são à noite, levando em consideração que pais e/ou familiares já cumpriram suas lides laborais, podendo acompanhar o público infanto-juvenil. Os ensaios são abertos, e eles podem aguardar no local, assim como a comunidade poderá assistir. Durante os ensaios das invernadas dedicamos muito espaço a origem, história e evolução das danças, abraçando a interpretação de diversos autores, pois as danças possuem origens diversas, principalmente de países do continente europeu devido à colonização no século XIX, para contextualizar e significar como as danças gaúchas, com seus traços camponeses têm características como o sapateado forte e os movimentos velozes. São danças desafiadoras e contagiantes, sempre valorizando o respeito e a diversidade e são legítimas expressões da alma gauchesca. Segundo Paixão Côrtes (1997), a primeira dança regional gaúcha que colheram em suas pesquisas veio da Vila de Palmares (atual município de Osório-RS). As danças, inicialmente, apenas integravam as festas regionais do Rio Grande do Sul e hoje são divulgadas e praticadas por diversos estados como a mais bela manifestação do folclore gaúcho. São acompanhadas de músicas típicas gaúchas e prepondera o som do acordeom, violão e alguns outros instrumentos de corda e percussão. A riqueza destas danças, através das quais fica-se sabendo um pouco de onde veio a humanidade, sobre os costumes, a maneira de viver e se expressar dos povos, são vivenciadas por 4 invernadas: Invernada Foguinho, Invernada Mirim, Invernada Juvenil e Invernada Veterana, além de Chuleadores. Este projeto está voltado a atender as invernadas, Mirim, Juvenil, Veterana. Nosso intenção, no contexto das invernadas de dança, refere-se a inovação no quanto a criatividade nos permite chegar a resultados que atribuam um novo significado dentro de danças já existentes, sem criar rupturas mas agregando valor, melhorando o fazer artístico. Com a criatividade, por outro lado, procuramos nos diferenciar do trivial, habitual, reprodutor e que adquira valor para os dançarinos e para o contexto social. O resultado criativo surpreende, é novo, original e rompe com o estabelecido, cria um novo contexto, muda a realidade, interfere, transforma. Assim, a experiência da fruição artística à platéia, toma os sentimentos expressos e apresentados em formas artísticas e dialoga com elas, exercitando sua imaginação, quando descompõe, compõe, interpreta, julga, valora e atribui novos significados. Esta interação completa o fazer artístico e reforça sua existência. Almejamos o que nos diz o tradicionalista Paixão Cortes, “dançar como um exercício físico e mental em que se deseja harmonizar os movimentos corporais ao ritmo da música e cujo tema deve estar em sintonia com o estágio psicossocial e cultural do indivíduo, sem que se perca de vista a estética.” Com isto, entendemos que é necessário sentir a dança, viver a dança, transformar em algo muito mais subjetivo do que simplesmente executar passos. É oportuno lembrar que, ao falar sobre determinada dança, o instrutor em nossa entidade, não se limita aos fundamentos coreográficos e musicais, mas, de igual modo, transmite elementos de enriquecimento cultural, mostrando aos participantes que a beleza da dança não está ligada unicamente à exatidão dos passos ou movimentos, ao colorido das vestes, à autenticidade dos trajes, à correção da música etc. Que é preciso entender, perceber a essência, e nela colocar a percepção sensível, a expressividade, executando-a com os sentimentos. Consideramos o fundamento histórico e cultural indispensável para que o grupo das invernadas viva aquele momento, por conhecer tanto a evolução quanto o contexto da dança. A percepção e expressão, aliadas a inovação e a criatividade foram determinantes para nossa participação ao longo do tempo, de vários eventos não só pelo RS, mas em todo o Brasil com o que o grupo tem de mais precioso, a dança, que com este projeto vislumbramos dimensionar. Com este projeto passaremos a dimensionar nosso Grupo de Folclore pela Pais, buscando resgatar os anos em que o mesmo apresentou-se em todo o Pais. |
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